O nosso velho conhecido Nissan Sentra vai ganhar uma reestilização nos mercados asiáticos no próximo ano. Com três temporadas de estrada, a oitava geração do sedã médio, que ainda é esperada no Brasil, teve imagens vazadas após registro de produto na China.
As fotos mostram que o modelo passará por mudanças sutis na dianteira e na traseira. Na frente, a grade ganhará um contorno mais fino e trocará o estilo colmeia por filetes horizontais.
Ainda no para-choque, o três volumes perderá a seção inferior onde ficava o farol auxiliar. Tudo indica que a iluminação será incorporada ao conjunto ótico principal, que não mudou de formato.
Na traseira, o sedã médio trocará pequenos detalhes na parte inferior do para-choque. A mudança de design reposicionará os defletores e o difusor. Já as lanternas permanecerão iguais.
A versão mostrada nos flagras certamente será uma das opções de entrada, visto que tem rodas menores e pneus de perfil alto. O modelo também tem faróis halógenos, o que sugere ser uma versão mais simples.
Não há informações sobre mudanças mecânicas. Por lá, atualmente, o Sentra é vendido com motor 2.0 a gasolina aspirado de 143 cv de potência e 20,1 kgf.m de torque. O propulsor pode ser casado com dois tipos de transmissão: manual de seis marchas ou automático CVT.
O sedã médio não é vendido no Brasil desde abril do ano passado. Nós quatro primeiros meses de 2021, aliás, o modelo emplacou apenas cinco unidades. Um resultado desanimador para um carro que já vinha desatualizado diante dos rivais.
Lançado por aqui em 2004, o Sentra chegou ao nosso mercado em sua quinta geração. A ideia era brigar por clientes de modelos já consolidados como Honda Civic e Toyota Corolla. O sedã, contudo, só conseguiu aparecer no retrovisor dos rivais em 2014, quando emplacou 14 mil unidades. Mas ainda bem longe das mais de 50 mil do Civic e das 60 mil do Corolla.
Apelidado de "carro de tiozão" lá no começo, o Sentra ficou mais bonito e interessante quando mudou, mas continuo bem atrás dos rivais. Algo até injusto, pois sempre foi avaliado como um carro espaçoso, confortável, bem equipado e ótimo se se dirigir - daqueles cujos compradores não se arrependem do negócio.
Talvez a oitava geração possa fazer o modelo trilhar um caminho mais bem-sucedido. O desafio agora, contudo, também vai ser convencer o próprio mercado, cada vez mais interessado em SUVs e menos interessado por sedãs.