Os carros híbridos plug-in são os modelos mais próximos da proposta de eletrificação total no mercado de automóveis, mas que ainda oferecem o sistema tradicional a combustão. São alternativas àqueles que não se sentem confortáveis em ter um carro 100% elétrico, seja por não confiar ainda na infraestrutura de abastecimento, por buscar autonomia que esses modelos ainda não alcançam ou pelo preço.
Pois é, apesar de ser considerado um degrau entre o carro elétrico e os modelos convencionais, os carros com sistema híbrido plug-in tem preços menos competitivos do que alguns elétricos ou híbridos convencionais (sem o carregamento por tomado) - tanto que não há nenhum modelo com esse sistema entre os cinco eletrificados mais baratos do nosso mercado.
No nosso mercado, por exemplo, até há pouco tempo, apenas marcas premium ofereciam modelos com esse padrão, onde há motor a combustão, elétrico e a possibilidade de recarga das baterias via tomada.
Dada a sua exclusividade, fizemos uma lista com os três modelos mais baratos desse segmento e pontuamos as suas principais características. Um desses modelos chegou a pouco tempo, o Jeep Compass 4Xe, mas vamos começar com a alternativa mais "em conta".
O primeiro da lista, ao preço de R$ 274.990, é o Mini Cooper S Countryman ALL 4, na versão Exclusive. É a alternativa com menor preço dentre os modelos disponíveis e conta com dois motores: um elétrico, de 88 cv de potência e 16,8 kgf.m de torque, instalado na traseira e um a combustão 1.5 turbo, que rende 136 cv e 22,4 kgf.m.
Combinados, os dois motores geram 224 cv e 39,3 kgf.m de torque. O conjunto vai combinado com câmbio automático de seis marchas e a tração é integral. A autonomia das baterias permite ao Mini rodar por até 57 km, apenas com o sistema elétrico. No 0 a 100 km/h, o hatch leva 6,8 s.
Em dimensões, o Countryman híbrido tem espaço interessante com 2,67 metros de entre-eixos e 405 litros de capacidade no porta-malas.
A segunda alternativa plug-in mais em conta no Brasil é o Jeep Compass S 4xe. Lançado no início de abril, o SUV tem preço definido em R$ 360.887. A motorização é formada pelo 1.3 turbo GSE T270 a gasolina, que rende 180 cv e 27,5 kgf.m e por mais dois motores elétricos.
A dupla tem divisão de tarefas: o primeiro, instalado no eixo dianteiro, responsável por dar suporte ao motor a combustão, e o segundo que gera potência montado no eixo traseiro. Esse último tem potência de 60 cv e torque de 25,5 kgf.m. Combinados, os dois entregam 240 cv e 47,9 kgf.m de força para as quatro rodas, com sistema de tração integral.
Assim como no Mini, o sistema de transmissão do Jeep também é de seis marchas, do tipo conversor de torque. Sua autonomia no sistema elétrico, contudo, é inferior e o permite rodar por apenas 44 km sem consumo de combustível.
O tempo de recarga do sistema na tomada é de 1h40 em uma wallbox ou em 4h, quando plugado a uma tomada convencional (220V). O consumo do Jeep Compass híbrido é de 25,4 km/l na cidade e 24,2 km/l no perímetro rodoviário. O tamanho do Compass é o mesmo das demais versões. Tem entre-eixos de 2,64 metros e seu porta-malas leva até 420 litros.
A lista termina com o sedan BMW 330e M Sport, que custa R$ 374.950. O modelo plug-in com pegada esportiva traz motor 2.0 turbo a gasolina, de 184 cv de potência e torque de 30,6 kgf.m, além de outro elétrico, que rende mais 113 cv e 27 kgf.m. Juntos, eles entregam 292 cv e 42,8 kgf.m.
O 0 a 100 km/h do BMW é feito em impressionantes 5,8 segundos, tempo menor até se comparado ao da versão a combustão 320i (7,1 s). O desempenho é obtido com ajuda do sistema de transmissão automático de oito marchas e a força jogada na traseira.
A autonomia das baterias do sistema elétrico permite ao bávaro rodar até 66 km, a uma velocidade de até 140 km/h. Graças ao conjunto, o consumo de combustível do sedan chega a 23,8 km/l na cidade e vão aos 26,8 km/l na estrada.
Para acomodar bem os passageiros, o BMW entrega entre-eixos de 2,85 metros, mas o porta-malas não é dos maiores, são apenas 385 litros.