Você já deve ter ouvido falar ou lido em sites de notícias automotivas o termo "plataforma modular". Mas você sabe o que isso significa? Tecnicamente, a resposta é simples: uma solução de engenharia encontrada pelas montadoras para produzir vários carros em conjunto e economizarem custos. E só.
Mas para quem quiser se aprofundar no assunto, poderíamos falar sobre o assunto por dias. Em termos técnicos -e simplificados-, uma plataforma modular é uma linha de produção que usa a mesma base para construir vários e diferentes tipos de automóveis, com a flexibilidade de poder ser alterada em pontos específicos de dimensões e no incremento de equipamentos.
Talvez a mais conhecida do mundo, por ser uma das mais antigas (nasceu em 2012), é a plataforma modular que hoje faz diversos carros da empresa Volkswagen, como Polo, Virtus, Nivus, T-Cross, Jetta, Taos e Tiguan, entre outros. Por pertencer ao Grupo VW, também constrói alguns modelos de outras marcas do conglomerado, como Audi, Seat e Skoda, por exemplo.
Sua construção é tão avançada que, hoje, se divide em ramificações, conhecidas como: MQB A0 - a mais comum, para modelos como Polo e Virtus; MQB IN, ainda mais simplificada, para automóveis de mercados emergentes; e MQB A1, para veículos mais sofisticados (como Jetta, Taos e Tiguan).
O carro mais vendido do Brasil de 2015 a 2020 trocou de plataforma, embora não tenha mudado tanto de visual. Sim, o Onix - que perdeu a liderança em 2021 para a picape Strada - passou a ser feito em 2019 sobre uma plataforma chamada GEM (de Global Emerging Markets), feita pela GM em parceria com a chinesa SAIC para construir veículos de baixo custo. Onix Plus e Tracker também saem dela.
Esta é de 2015. A TNGA é a plataforma que hoje faz modelos da Toyota e também da Lexus. Embora seja modular, tem diversas ramificações (B, C, F, K e L), que variam de acordo com o porte do veículo. Portanto, a menor é a TNGA-B (que faz o Yaris, por exemplo) e a maior é a TNGA-L, responsável pelos carros de luxo do conglomerado japonês. Nosso Corolla brasileiro é feito sobre a TNGA-C.
O nome desta não é tão conhecido como as duas já citadas, mas esta é a plataforma da Fiat Toro e dos Jeep Renegade, Compass e Commander - portanto uma das bases que produz alguns dos carros mais emplacados do país. Essa base também era responsável pela produção de Punto e Linea, que saíram de linha. As plataformas de Argo, Cronos, Strada e Pulse são outras.
Aqui falamos de duas plataformas distintas, mas achamos que deveríamos citá-las pela quantidade grande de carros que é feita sobre ambas. Criada ainda na era da PSA em parceria com a chinesa Dongfeng - portanto sem as mãos da Stellantis -, a EMP1 (também chamada de CMP) faz o novo Peugeot 208 e até o Opel Corsa, além dos SUVs 2008 e Mokka e diversos outros compactos.
Já a EMP2 foi criada com a mesma concepção, mas para modelos maiores - a diferença técnica principal está na possibilidade de poder equipar carros com suspensão traseira independente. Como exemplo, falamos de Citroën C4 Picasso, Peugeot 3008, Opel Astra e até de modelos como as vans Expert e Jumpy.