Em julho do ano passado, somaram 85.588 emplacamentos e, no mesmo mês deste ano, após a divulgação do decreto, os modelos enquadrados totalizaram 95.305 unidades - crescimento de 11,3%. Os carros especificamente com motor de 1.0 litro tiveram desempenho um pouco melhor: mais 13%.
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Descontos promocionais ajudaram a vender
O resultado também foi influenciado por descontos promocionais agregados pelos fabricantes. Na comparação de julho deste ano, que teve três dias úteis a mais que junho, as vendas totais, incluídos veículos comerciais, deram um salto de 14,2%.No entanto, o volume acumulado, somados todos os segmentos em 2025, de 1,442 milhão de unidades avançou apenas 4,1% em relação aos sete primeiros meses de 2024. Por estes números conclui-se que, sem o programa federal de estímulos, o mercado teria um percentual de avanço bastante modesto.
Especificamente caminhões e ônibus, um dos termômetros da saúde econômica do País, tiveram vendas estagnadas em relação ao ano passado.
De acordo com Arcélio Santos Jr., presidente da Fenabrave, "a nova política de IPI para uma parte importante dos automóveis impactou os preços dos modelos de entrada, o que estimulou a demanda já no mês da sua implementação e deve se refletir nos emplacamentos do restante do ano".
Por este resultado preliminar positivo a entidade manteve a previsão de crescimento de 5% nas vendas de automóveis e veículos comerciais em 2025 sobre 2024.
Elétricos: otimismo é exagerado
Em contraste com a análise corretamente discreta e confiável da associação das concessionárias, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) apresenta seus números com o otimismo exagerado de sempre.Ao considerar apenas os veículos elétricos de verdade em todo o Brasil, a entidade informa que se atingiu "um feito inédito ao registrar 7.010 unidades comercializadas em julho, o maior volume mensal da série histórica. Até então, o recorde havia sido alcançado em maio, com 6.969 unidades".
De fato, passa entusiasmo sem sentido: recorde anterior superado por apenas 0,6%... Forçar uma situação dessa maneira pode sinalizar dificuldade à frente.
A venda de elétricos no Brasil mantém-se naquela fase de comemorar bases comparativas muito baixas e, mesmo assim, o mercado ainda está longe de se firmar. Como todos os modelos são importados e o imposto de importação chegará a 35% já no próximo ano, somente a produção nacional poderá melhorar as vendas de verdade.
Todavia, sem fabricação local de baterias e queda maior dos preços os elétricos, continuarão como mercado de nicho, ao contrário dos híbridos - que crescerão bem mais.
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