O levantamento feito pela consultoria japonesa MarkLines, que tem parceria com a revista Autoesporte no Brasil, é considerado um dos mais confiáveis em termos de registros oficiais de vendas mundiais de veículos.
A empresa fundada em 2001, sediada em Tóquio, tem subsidiárias nos EUA, China, Tailândia, Alemanha, Índia e México. No começo deste mês listou os maiores grupos produtores de veículos leves, ao redor do mundo, em 2024.
Reproduzo os que venderam mais de 1 milhão de veículos, com base na informação dos fabricantes (números em milhões de unidades):
As vendas, suponho, devem ter incluído automóveis e comerciais leves. Ou seja, somadas as picapes pelos números de GM, Stellantis e Ford, por exemplo. Contudo, talvez não considerem furgões de carga. Um exemplo: a Mercedes indicou oficialmente as vendas de 1,983 milhão de unidades de automóveis e 406 mil furgões, o que a colocaria à frente da BMW, embora esta não
fabrique furgões.
No entanto, o site jornalístico americano especializado em notícias de veículos elétricos e energia limpa, Clean Technica, possivelmente deu um jeitinho para que a BYD - com forte posição em elétricos e híbridos (não produz mais veículos apenas com motores a combustão) - subisse na classificação de sétimo para terceiro no mundo.
O critério não está claro, pois os números divergem. Talvez nem mesmo consolidados. Certamente desconsiderou conglomerados de marcas. Referência também em milhões de unidades.
Era fácil de prever. Seres confirmou saída e Neta oficialmente afirma que não vai se despedir do Brasil, embora a situação da matriz na China seja periclitante, conforme noticiário internacional.
No caso da primeira, os lançamentos, ou meras apresentações, foram fracos, o plano de negócios foi inconsistente, faltou capital e empenho e, acima de tudo, planejamento e visão do País. A Neta só tem uma concessionária, no Rio de Janeiro (RJ) e afirma que nomeará outras em breve - sendo a próxima em Brasília (DF). Sabe-se que pontos de vendas em shopping centers não se sustentam. Apenas 19 carros da Neta foram emplacados até agora.
Outras chinesas, ao contrário, adquiriram instalações industriais em Iracemápolis (SP) e Camaçari (BA): GWM e BYD, respectivamente. Há uma terceira, a GAC, que está animada. Continua interessada na fábrica da Toyota, em Indaiatuba (SP), em processo de desativação. Sem unidade fabril no País e com o imposto de importação subindo para 35% em 2026, ficará bastante difícil qualquer marca de volume competir no Brasil.
Já o grupo Chery foi o primeiro a construir uma fábrica aqui, em Jacareí (SP). A unidade fechou em 2022 depois que a empresa chinesa praticamente já tinha doado as instalações para a atual Caoa Chery. Há poucos dias, a Caoa retribuiu ao ceder parte do terreno para que o grupo chinês volte a tentar se firmar industrialmente aqui, desta vez com a divisão Omoda & Jaecoo. Por enquanto, são dois modelos importados: o SUV cupê elétrico Omoda 5, agora, e o SUV híbrido plugável Jaecoo 7, mais adiante.
O novo X3 M50 XDrive, na quarta geração, evoluiu bastante. O estilo se mantém fiel à marca, inclusive as quatros saídas de escapamento funcionais. O SUV médio-grande tem 2,86 m (mais 1 cm) de entre-eixos, 4,75 m de comprimento (mais 3,4 cm), 1,92 m de largura (mais 2,9 cm), 1,66 m de altura (2,5 cm a menos), peso em ordem de marcha de 2.057 quilos e ótimo porta-malas para 570 litros.
A BMW optou por um sistema híbrido básico, com 48 Volts, 18 cv e 20,4 kgf.m. O pequeno alternador-motor, associado ao clássico e potente seis cilindros em linha de 3.0 litros e turbinado, entrega o total de 398 cv de potência e 59,1 kgf.m de torque. Há ainda o modo boost, muito útil em ultrapassagens. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em convincentes 4,6 segundos.
As suspensões são adaptativas, as rodas têm 21 polegadas e os freios são bem dimensionados para a proposta de um SUV desse porte e desempenho, em viagem de primeira avaliação. Precisão do volante igualmente de alto nível, assim como as respostas do câmbio automático epicíclico de oito marchas. Nos modos Sport e Sport Plus não faz troca automática no limite de rotações do motor, mantendo a marcha, o que demonstra o caráter "M" do modelo.
A navegação com realidade aumentada é bastante interessante, com ajuda de câmeras. A centralização de faixa de rolagem é boa e precisa. Preço: R$ 624.950.
O Mini Aceman, um elétrico totalmente novo e de estilo atraente, oferece duas opções de motorização: uma com 184 cv de potência e 29,6 kgf.m de torque (R$ 254.990) e outra com 218 cv e 33,6 kgf.m (R$ 304.990).
Apresenta dimensões compactas: comprimento, 4,07 m; largura, 1,75 m; altura, 1,50 m; entre-eixos, 2,60 m (portanto, pouco espaçoso) e porta-malas para apenas 300 litros.
O peso das baterias limita seu desempenho, especialmente em rodovias. A aceleração de zero a 100 km é feita em 7,6 segundos e 7,1 segundos, respectivamente. Os alcances médios, padrão Inmetro, de 253 quilômetros e 270 quilômetros, impõem limites às viagens.
Internamente, o mostrador único central tem seu charme, mas é pouco prático. A navegação de realidade aumentada impressiona e as suspensões bem calibradas destacam-se.
Em substituição ao anterior turbodiesel de 2.0 litros, o novo 2.2 litros igual ao da Rampage e do Commander atende aos novos limites de emissões em vigor desde janeiro. Agora entrega 200 cv de potência e 45,9 kgf. de torque, contra 170 cv e 35,7 kgf.m de antes.
Não houve nenhuma mudança visual em relação ao modelo 2024. Com essa atualização, a picape se tornou mais ágil e eficiente, para uma condução mais vigorosa e prazerosa. A primeira avaliação foi no Circuito Panamericano (pista de testes da Pirelli), em Elias Fausto (SP), a 111 quilômetros da capital paulista.
No asfalto, a Toro mostrou a resposta ao acelerador mais imediata, o que torna ultrapassagens e retomadas mais seguras e ágeis. Com a nova motorização, passou a acelerar de zero a 100 km/h em apenas 9,6 segundos na versão Volcano e em 9,8 segundos na Ranch - avanço considerável em relação aos 11,6 segundos de antes.
A evolução deve-se, principalmente ao turbocompressor com turbina de geometria variável. Além, claro, de 10% de aumento da cilindrada. A velocidade máxima passou de 190 km/h para 201 km/h.
O câmbio automático de nove marchas da Toro também recebeu novo conversor de torque e teve a relação de diferencial alongada em 14%. Isso resultou em trocas mais suaves. A suspensão traseira foi ajustada com molas de pré-carga diferente, o que melhorou o comportamento em piso irregular. Os discos de freio passaram a ter diâmetros de 330 mm, contra 305 mm de antes.
Na avaliação off-road, o novo motor tornou a picape mais previsível, principalmente em saídas de curvas. O ganho de potência contribui significativamente para melhor controle de trajetória, em especial quando e frente da picape tende a sair. Neste caso, o ganho de torque faz diferença. O consumo de combustível declarado, referência Inmetro, é de 10,5 km/l na cidade e de 13,6 km/l na estrada. Preços: R$ 206.990 a R$ 224.990.



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