Em tempos de crise, a Renault preferiu o ataque à defesa. Aproveitando a visita ao Brasil do presidente mundial da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, a marca francesa apresentou nesta terça-feira em São José dos Pinhais, no Paraná, os três próximos modelos que irá comercializar no Brasil a partir de 2017: Kwid, Captur e Koleos – este último o WM1 teve a oportunidade de acelerar em Paris, na França, durante seu lançamento mundial.
De acordo com Ghosn, Kwid e Captur serão produzidos em solo brasileiro e apenas o Koleos será importado da Coreia do Sul, onde é produzido para todos os mercados do mundo – exceto China. Com estes três utilitários esportivos mais a linha atual de produtos – Sandero, Logan, Duster, Duster Oroch e Fluence -, o executivo projeta que a Renault passe a ter 10% de market share. "Nosso objetivo é chegar a 8% de market share nos próximos dois anos, hoje estamos em 7,4%. Mas num futuro próximo sabemos que temos potencial para alcançar os 10%", disse o executivo.
Com este número, a marca francesa passaria a ocupar – teoricamente – a quarta posição entre as marcas mais vendidas, ficando atrás de Chevrolet (1ª colocada), Fiat (2ª) e Volkswagen (3ª), segundo números dos sete primeiros meses de 2016 da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos). Hoje, a Hyundai vem na sequência em quarto, seguida por Toyota e Ford. A Renault aparece apenas na sétima posição.
"O investimento representa o compromisso da Renault com o mercado brasileiro. Acreditamos no potencial brasileiro, que atingiu 3,6 milhões de unidades há uns anos. O índice no País é de 200 carros para cada 1.000 habitantes, o que é bastante baixo se comparado a outros países", analisou Ghosn.
SUVs da Renault
Ghosn ressaltou que o mercado de SUVs é o que mais cresce. Segundo ele, somente nos últimos dois anos o segmento dobrou no Brasil, mas ainda está cerca de 15% do total de vendas. Em outros mercados, como o europeu, os utilitários esportivos já chegam a 25%.
A grande aposta para gerar volume é o Kwid. O desenvolvimento do projeto contou com a participação da Renault Tecnologia America e do Centro de Design da Renault América do Sul. A plataforma do 'suvizinho' é nova no mundo e teve forte desenvolvimento local no conteúdo final. "O Kwid vai ficar muito competitivo, primeiro em termo de preço, mas também em valor de entrega. O objetivo não é ter o carro mais barato do Brasil, mas oferecer ao consumidor o máximo como valor de compra. Com custo-beneficio e preço", prometeu.
Com relação à chegada do novo SUV Renault Captur, modelo que há anos é comentado em solo brasileiro, Ghosn afirmou que o modelo não irá canibalizar as vendas do Duster, pois, segundo ele, os dois veículos convivem em outros mercados e não há este tipo de competição.
Veja o vídeo dos SUVs do Salão de São Paulo:
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