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S10 mostra como os carros cresceram em 30 anos

A caminhonete média da Chevrolet é uma mostra clara de como os automóveis mudaram - muito - nas últimas décadas

por Evandro Enoshita

Parece que foi ontem, mas sabe um carro que completou 30 anos de mercado brasileiro em 2025? É a Chevrolet S10, modelo que inovou como a primeira caminhonete de porte médio feita Brasil. Com 4,78 metros de comprimento, capacidade de carga de 795 quilos e apenas a opção de cabine simples, a S10 pioneira não chegava a ser tão menor que os modelos full-size Chevrolet D20 e Ford F-1000.
Por outro lado, se diferenciava desses modelos tradicionais por dois fatores: um deles era o motor. No lugar do propulsor diesel, um 2.2 a gasolina, de 106 cv de potência. O outro, o fato de dispensar a CNH categoria "C".

A S10 e o crescimento dos carros

Porém, eu não estou aqui para falar especificamente da trajetória da S10, mas de como as exigências do mercado fizeram os carros mudarem bastante nessas últimas décadas.
Hoje, essa S10 de 1995 estaria mais próxima - em potência, capacidade e porte - das caminhonetes compactas, já que é consideravelmente menor que modelos como Fiat Toro, que apesar da plataforma monobloco mede 4,95 metros de comprimento, tem capacidade de carga de 1.010 quilos e é equipada com um motor 2.2 turbodiesel de 200 cv.
Uma típica caminhonete média atual, a S10 cabine simples tem 5,38 metros de comprimento, capacidade de carga de 1.220 quilos e é equipada com um motor turbodiesel de 207 cv de potência.

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Compactos com porte de médio

Afinal, você compraria hoje uma caminhonete média com menos de 5 metros de comprimento e equipada com um motor de pouco mais de 100 cv de potência? Nem você e nem ninguém.
Esse não é um fenômeno exclusivo das picapes. É claro que a demanda por automóveis mais seguros contribuiu para esse crescimento no porte dos automóveis. Mas a razão principal é que todo mundo só quer saber de mais espaço interno e mais potência a cada lançamento.
Por isso mesmo, de geração em geração os carros de passeio também estão cada vez maiores do que em décadas passadas. Mesmo os compactos, que ainda dominam as ruas e estradas brasileiras, já não são tão pequenos assim.
Um exemplo é o Volkswagen Virtus. Um sedã que é herdeiro do legado do Voyage dos anos 1990. Com 4,56 metros de comprimento, é apenas um centímetro mais curto que um Santana - que, à sua época, estava um segmento acima do ocupado pelo Voyage.
Modelo de porte médio que era sinônimo de sofisticação e era o mais caro da gama da Volkswagen na primeira metade dos anos 1990. Enquanto isso, o Virtus é a opção mais acessível de sedã na gama atual da marca alemã.

Isso não vai parar nunca?

Os carros cresceram muito, mas a infraestrutura das cidades - obviamente - não cresceu da mesma maneira que os automóveis. Basta ver como as vagas de estacionamento parecem cada vez menores. Mas será que isso não vai parar nunca?
Embora os automóveis compactos ainda estejam crescendo "para fora", em modelos maiores já é possível notar uma desaceleração nesse ritmo, com os fabricantes mexendo mais no entre-eixos do que na área total ocupada pelo automóvel.
E um exemplo disso pode ser visto - mais uma vez - nas picapes. Basta comparar os números da Ford Ranger anterior para a geração atual. A Ranger "antiga" tinha 5,35 metros de comprimento e 3,22 metros de espaço entre-eixos. Já na geração mais recente, são 5,37 metros de comprimento e 3,27 metros de entre-eixos.
E para você? Já chegamos a um tamanho ideal ou os carros devem continuar crescendo?
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