5 carros dos anos 1990 preguiçosos no 0 a 100 km/h

Confira alguns automóveis recheados de qualidades, mas que não se destacam pelo desempenho empolgante nas acelerações

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Evandro Enoshita
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Desde 2010, é celebrado sempre no terceiro sábado de outubro o Dia Internacional do Bicho-Preguiça, uma data criada para despertar a conscientização sobre esse animal. Mas como os carros são o assunto aqui no WM1, não demorou para que fizéssemos a ligação entre o bicho, conhecido pelos seus movimentos lentos, e os automóveis mais preguiçosos na hora de acelerar. Afinal, quais são os verdadeiros "bichos-preguiça" do mundo do automóvel?

Começando o nosso passeio pelos anos 1990, já adianto que os modelos mais preguiçosos pertencem ao segmento dos carros populares. Surgido naquela década, inovou com modelos equipados com motores com até 1.000 cm³, mas que eram vendidos a preços mais baixos que o dos automóveis "comuns".

Os carros de passeio mais "preguiçosos" para acelerar de zero a 100 km/h nos anos 1990:

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O minicarro BR-800 foi o primeiro automóvel desenvolvido completamente do zero pela Gurgel
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Carros "preguiçosos" - Gurgel BR-800

Produzido entre 1988 e 1991, o Gurgel BR-800 foi o primeiro carro desenvolvido do zero pelo então importante fabricante brasileiro, mais conhecido pelos seus automóveis feitos com mecânica Volkswagen.

Com pegada urbana e carroceria de fibra de vidro, o BR-800 tinha 3,20 m de comprimento. Era 60 cm mais curto que um Gol 1000. Mas era capaz de levar até quatro ocupantes, e cabia em qualquer vaga.

O motor era um 0.8 boxer de dois cilindros e 36 cv, posicionado na dianteira e que tracionava as rodas traseiras. Mesmo pesando apenas 650 quilos, a agilidade não era um dos pontos fortes do modelo, que levava 34,4 segundos para atingir os 100 km/h.

Quer um carro exótico e que é parte importante da história da indústria automobilística nacional? Então corra que ainda é possível achar algumas raras unidades impecáveis por preços relativamente baixos.

O Chevrolet Chevette Junior foi o primeiro modelo da marca americana feito para o segmento dos carros populares
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Chevrolet Chevette Junior

Fabricante de modelos de prestígio como Monza e Opala, em 1992 a Chevrolet tinha como única opção de modelo de entrada o sedã Chevette, que acabou escolhido para ganhar uma versão mais pelada e botar a marca no segmento dos populares.

O resultado foi o Chevette Junior, que conservou a tração traseira e o bom porta-malas de 323 litros das versões mais caras. Mas era produzido com um propulsor 1.0 de apenas 50 cv, criado a partir do 1.6 das configurações "não populares".

Maior e mais pesado que os concorrentes, o Chevette Junior era também mais lento: acelerava de zero a 100 km/h em longos 22 segundos.

Projeto já em fim de carreira, o Chevette Junior acabou não decolando nas vendas e foi substituído já em 1993 pelo "L", que se diferenciava por ter o mesmo motor do restante da linha. Com produção restrita, hoje o 1.0 tem status de raridade.

O Volkswagen Gol 1000 era produzido com uma variação 1.0 do motor Ford CHT
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Volkswagen Gol 1000

Na mesma linha do Chevette, o Gol "quadrado" já estava em seus últimos suspiros no mercado quando, em 1993, a Volkswagen resolveu lançar a versão 1000 do modelo.

Partindo do já espartano Gol CL 1.6 da época, a marca alemã criou um carro ainda mais simples e minimalista. Sob o capô, o modelo tinha uma versão 1.0 de 50 cv do motor Ford CHT, usado também pela Volkswagen naqueles tempos de Autolatina.

Em sua variação 1.6, o CHT já se destacava mais pelo baixo consumo do que pelo desempenho. O mesmo acontecia com o Gol 1000, que apesar do peso de apenas 890 quilos, levava 20 segundos para atingir os 100 km/h.

Usados e abusados quando novos, os exemplares restantes do Gol 1000 em estado original são bem valorizados no mercado.

Considerado um compacto premium, o Ford Escort perdeu equipamentos para se tornar um popular
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Ford Escort Hobby

O mais próximo de um compacto premium no mercado brasileiro dos anos 1980, o Ford Escort acabou servindo de base também para um popular. Com uma nova geração já no mercado em 1993, a marca do oval aproveitou a carroceria antiga para lançar a versão Hobby.

Com o mesmo interior usado no restante da linha até 1992, o Hobby tinha cara de modelo mais caro, embora com algumas simplificações em acabamento e equipamentos. Mas o porta-malas, de 305 litros, era um dos maiores entre os populares.

O motor era o mesmo 1.0 CHT carburado usado no Gol, mas em uma variação com 52 cv que permitia ao Escort Hobby ser mais ágil (mas não muito) do que o irmão popular da Autolatina: zero a 100 km/h em 19,9 segundos.

Apesar da preguiça ao acelerar, o Hobby entregava um consumo de gasolina baixo para aquela primeira metade dos anos 1990: 10,7 km/l (cidade) e 14 km/l (estrada).

Projeto atualíssimo na época, o Ford Fiesta uma agradava pelo baixo consumo
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Ford Fiesta 1.0

O Ford Fiesta de quarta geração foi lançado no Brasil em 1996, menos de um ano depois de revelado na Europa. Foi o primeiro produto da marca americana após o fim da Autolatina.

Além da versão topo de linha CLX, equipada com o moderno motor Zetec 1.4 16V, a linha Fiesta tinha também como uma das opções da gama a configuração popular 1.0, que chegava para substituir o Escort Hobby na posição de carro mais acessível da marca.

Apesar do projeto atualíssimo para a época, o motor 1.0 Endura injetado, de 53 cv, não conseguia fazer milagre: com ele, o hatch acelerava de zero a 100 km/h em 19,8 segundos. Por outro lado, a carroceria aerodinâmica fazia com que o Fiesta fosse ainda mais econômico que o Escort Hobby: 11 km/l (cidade) e 14,1 km/l (estrada).

Atualmente, é uma tarefa dificílima encontrar um exemplar original do modelo, que é uma opção interessante para quem está em busca de um primeiro carro acessível. Ou quer começar aquela coleção de veículos dos anos 1990 sem gastar muito.

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