Sistema de sincronização: corrente ou correia?

Saiba qual a função e quais as diferenças entre essas duas peças fundamentais para o perfeito funcionamento do motor

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Lucas Cardoso
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Assim como um relógio, onde os ponteiros têm de estar sempre regulados para que a hora correta seja marcada, o motor do carro depende do ajuste preciso de diversas peças para dar sua melhor performance. O sistema de sincronismo, seja ele por correia dentada ou por corrente, é parte fundamental nessa conta. Mas você sabe a diferença entre os dois?

Antes mesmo de falar sobre a diferença, vamos detalhar aqui o que o sistema de sincronismo faz. Na prática, é responsável por manter alinhado os movimentos do virabrequim e do eixo-comando de válvulas.

Isso significa que é responsabilidade dele regular o movimento dos pistões nos cilindros, além das tarefas de abrir e fechar as válvulas na ordem correta. Sendo assim, podemos dizer que a correia ou a corrente são o canal de comunicação entre quem gera e quem entrega a potência.

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Correia Dentada
A correia dentada é feita de borracha e exige troca em intervalos regulares - que variam de acordo com o veículo
Crédito: Reprodução da internet
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As diferenças entre correia e corrente

Agora que já explicamos isso, vamos explicar as principais diferenças entre os dois sistemas. Algumas delas são meio óbvias, é claro. A começar pelo fato das correntes serem de metal e as correias serem de borracha.

A questão do material é importante porque também interfere em uma das principais diferenças entre os dois tipos: a durabilidade. Enquanto as correias dentadas costumam ter vida útil limitada, geralmente na casa dos 30 mil a 60 mil quilômetros, as correntes vão mais longe e sua troca é necessária lá pelos 150 mil quilômetros, em média.

A durabilidade, contudo, cobra um preço do sistema de corrente, cuja troca costuma ser mais cara e mais trabalhosa. Por outro lado, a troca da correia dentada costuma ser mais barata e fácil.

Outra questão, mais de curiosidade, está relacionada ao nível de ruído dos dois sistemas. Na década de 70, os motores com corrente eram conhecidos por ter um barulho intenso, o que, inclusive, ajudou a motivar a movimentação da indústria para a popularização das correias de borracha.

As peças de borracha são mais silenciosas e baratas, e por isso passaram a ser implementadas em larga escala. Mas, de lá para cá, o sistema de correntes passou por avanços, reduzindo essa diferença na geração de ruído.

Correntecomando
A corrente de comando é feita de metal. A durabilidade é superior à da correia, mas sua troca é mais cara
Crédito: Reprodução da internet
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Hora de trocar

A troca da correia dentada é feita sempre seguindo a orientação do fabricante, mas se o seu carro é zero-quilômetro, isso certamente fará parte da lista de itens checados nas revisões.

Fora da garantia, o motorista deve dar uma olhada na peça a cada 10 mil quilômetros rodados. Em uma avaliação visual, deve buscar rachaduras, sinais de ressecamento ou desgaste em algum dos dentes.

O sistema de corrente segue a mesma regra e deve ser acompanhado com base no que indica o manual. Em geral, o sistema pode apresentar problemas de perda de tensão provocada por folgas ou elos amassados. Mesmo nessas condições, dificilmente o motor irá parar de rodar como acontece com o rompimento da correia.

Caso haja sinais de desgaste acentuado na correia ou na corrente, a hora de trocar chegou. Aí, basta procurar a oficina de confiança e/ou um profissional capacitado. Se isso não for feito, a peça pode arrebentar e não só o carro vai parar como o prejuízo pode ser grande: sem a corrente ou correia, as peças móveis do carro funcionarão sem sincronismo e há grandes chances de empenos e quebras.

Vale destacar que quem circula muito por estradas de terra, com o carro em constante contato com poeira e barro deve, deve vistoriar a correia ou corrente - e provavelmente precisará trocar a peça também - em intervalos de quilometragem menores.

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