Stellantis quer discutir retorno do carro popular

Antonio Filosa, presidente do grupo, fala sobre projeto conjunto de médio a longo prazo para a categoria

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André Deliberato
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Presidente do grupo Stellantis para a América do Sul, o italiano Antonio Filosa quer discutir o retorno do carro popular ao mercado brasileiro.

Em entrevista ao portal Autodata, o executivo falou sobre o atual momento do mercado automotivo nacional e sobre a realidade dos preços praticados - hoje, o modelo mais barato do Brasil é o Renault Kwid, que parte de R$ 68.190.

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Chefe de marcas como Fiat, Peugeot e Citroën - além de outras, premium, como Jeep, RAM e Abarth -, Filosa reconhece o tíquete médio elevado dos produtos nao contexto das atuais condições econômicas da maioria dos consumidores.

Por conta disso, defende a união do setor para que se crie um projeto de médio a longo prazo para o retorno de carros considerados realmente populares.

A ideia de Filosa é incluir Anfavea, governo, sindicato de autopeças e Fenabrave, além de fabricantes no debate dessa proposta. Ele chamou o projeto "sistema de soluções articuladas".

Antônio Filosa, presidente da Stellantis, tem projeto para o retorno de carros populares
Crédito: Divulgação
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"A demanda por mobilidade no Brasil não vai mudar por questões demográficas. Hoje ela é distribuída em transporte público, carros novos e usados, motos e serviços de mobilidade, como Uber", explica Filosa.

"Se conseguirmos emplacar um projeto de carro popular ou de baixo custo, haveria uma migração dos usuários de motocicletas ou de quem tem carro usado. Isso beneficiaria indústria e consumidores", acrescenta o executivo.

O presidente da Stellantis, contudo, reforça a necessidade de vários setores debaterem juntos a questão: "Isso é um projeto estratégico para a indústria e deve ter a participação igual de cada um dos interlocutores", reforça.

Filosa acredita que a Anfavea deveria ter papel fundamental na questão de eficiência energética. Já o governo entraria com medidas de redução fiscal e soluções para acesso ao crédito, enquanto o Sindipeças e a Fenabrave agiriam no desenvolvimento de empregos.

"Para fazer isto seria preciso surpreender o mercado com novas tecnologias e soluções. Por exemplo, com a descarbonização. E trabalhar isso com concessionários e fornecedores", detalhou o executivo durante a entrevista.

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