Os veículos utilitários esportivos - ou sport-utility vehicles (SUVs) - se tornaram mania nacional no Brasil. Já respondem por mais de 50% das vendas de veículos zero-quilômetro, e deixam para trás hatches, sedãs, minivans, picapes e qualquer outro tipo de configuração/categoria.
Os SUVs ganharam essa preferência porque o consumidor brasileiro passou a valorizar a aparência robusta, a posição de dirigir mais alta que nos outros tipos de veículos e até mesmo o design - quase sempre mais parrudo.

Ficaram para trás os anos no quais o mercado brasileiro valorizava, prioritariamente, o espaço dos sedãs, os porta-malas das station wagons e a praticidade das minivans. E até os tempos em que preferia os modelos de duas portas, preferência depois mudada para as quatro portas - alguém aí lembra disso? Apenas os hatches foram sobrevivendo, muito mais por questões de preços mais baixos do que por qualquer outro motivo. Hoje, nem estes, mais.
A curtição dos SUVs começou com o lançamento do primeiro Ford EcoSport, em 2003 (já como modelo 2004). E foi uma "descoberta" tardia, pois nos Estados Unidos esse tipo de veículo já era sucesso há muitos anos. Pois o Eco, apesar de suas limitações, foi um tremendo sucesso - e levou a concorrência a se mexer.
O Ecosport tinha mais cara de "jipinho" do que de SUV, mas acabou sendo classificado como utilitário esportivo. E o mesmo aconteceu com a "maré de SUVs" que veio depois, do Chevrolet Tracker a VW Nivus, do Jeep Renegade ao... Renault Kwid! Sim, até mesmo o pequeno Kwid é anunciado como SUV - no caso, "o SUV dos compactos".
Enquanto isso, modelos que são ou eram SUVs autênticos, como a primeira geração do próprio Chevrolet Tracker, o irmão gêmeo da época Suzuki Vitara e o Mitsubishi Pajero TR4 - todos quadrados, robustos e com tração 4x4 - foram relegados a segundo plano. Afinal de contas, daquele momento em diante o importante era "parecer" um SUV, e não necessariamente "ser".
Para que um carro seja considerado SUV no Brasil, precisa atender a critérios técnicos estabelecidos pelo Inmetro - como altura livre do solo e ângulos de ataque, saída e transposição de rampa. Além disso, deve ter carroceria fechada e ser destinado ao transporte de passageiros.
Mas, como Brasil é Brasil, vale ressaltar que, apesar de existir uma definição oficial, o termo "SUV" pode ser usado de forma mais abrangente pelo mercado - mesmo para carros que não atendem a todos os critérios técnicos acima. Basta que sejam "percebidos" pelo público como utilitários esportivos. Curioso, não?
E no finas das contas o que temos hoje é uma "maré de SUVs" que, dependendo do segmento em que estão posicionados, muitas vezes são mais hatches bombados do que propriamente utilitários esportivos de verdade.
Você, que está pensando em comprar um carro novo, pretende levar o que para casa? Um SUV de verdade ou um carro compacto, médio ou grande que parece um SUV, tem tamanho de SUV, desfila como SUV, mas que não é um SUV, mesmo?
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