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Suzuki lança novo Jimny no Brasil com câmbio A/T

Nova geração do SUV compacto tem tração 4x4 e vai conviver com a atual, que é feita no país; veja preços e como ela anda

por André Deliberato

A Suzuki finalmente lança em nosso país a quarta e nova geração do Jimny, tradicional modelo compacto japonês lançado pela primeira vez no mundo em 1970. Com design parecido com o de um Mercedes Classe G (só que em dimensões supercompactas), o novo Jimny já havia sido visto por aqui: sua primeira apresentação aconteceu no ano passado, durante o Salão do Automóvel de 2018.
Conectada ao sobrenome "Sierra", a nova geração já começou a ser importada do Japão, chega às lojas em meados de novembro e vai conviver com a atual, que segue com o nome Jimny - produzida em Catalão (GO), na sede da HPE, empresa responsável pelas vendas de Suzuki e Mitsubishi no Brasil.
Todas as configurações serão equipadas com um motor a gasolina em alumínio de 1,5 litro de 16V, 108 cavalos e 14, 1 kgf.m de torque. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de quatro, enquanto a tração é sempre 4x4 com opção de caixa reduzida, como um legítimo SUV raiz.
Ele é ligeiramente maior e mais espaçoso que o Jimny atual. Tome note das dimensões: 3,64 m de comprimento, 1,65 m de largura, 1,73 m de altura e 2,25 m de distância entre eixos, com 113 litros de porta-malas na posição 4 assentos (mais de 800 litros com os bancos traseiros rebatidos), tanque de combustível com 40 litros e suspensão do tipo eixo rígido com molas helicoidais na frente e atrás.

Confira preços e versões: Vem de série com direção elétrica; ar-condicionado; central multimídia com tela tátil de sete polegadas com conexão para CarPlay e Android Auto e comandos de voz; entrada USB e tomada 12V no console central; câmera-de-ré; volante multifuncional com controles de áudio e de voz; coluna de direção com ajuste de altura (sem profundidade); chave keyless para entrada (abertura das portas sem necessidade de comando); retrovisor externo com regulagem elétrica; faróis e lanterna de neblina; bancos em tecido e assentos traseiros bipartidos (50/50); travamento elétrico das portas; vidros elétricos com botões de comando no console central e rodas de liga leve de 15 polegadas pintadas em tom grafite.
No quesito segurança, vem com airbag duplo, freios ABS com EBD (distribuidor da força de frenagem); assistente de partida em rampa; sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis; controle de estabilidade e freio a disco nas quatro rodas (ventilados na dianteira, sólidos na traseira). A versão intermediária tem o mesmo pacote da anterior, mas ganha o esperado câmbio automático (de quatro marchas). Ela mantém os mesmos itens da 4You M/T, como a manopla seletora de tração, entre a alavanca de câmbio e do freio de estacionamento, mas por conta da caixa automática, ela fica 25 quilos mais pesada (de 1.090 kg para 1.115 kg). Já a versão de topo tem tudo que já mencionamos e adiciona faróis de LED dianteiros com projetor, nivelamento de altura e lavador do facho; sensor crepuscular (faróis com acendimento automático); retrovisores externos pintados de preto; ar-condicionado com função automática e display digital; controlador automático de velocidade com comandos no volante; vidro elétrico do motorista com subida automática e volante revestido em couro. O peso também é maior, chegando a 1.135 kg.

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QUE BICA!

Achou caro? A Suzuki justifica o preço alegando taxas referentes às importação e obviamente ao incremento da (boa) quantidade de equipamentos inseridos nos pacotes. E, cá entre nós, ele deixaria de ter sentido se tivesse valores próximos aos do Jimny atual, que custa de R$ 74.490 a R$ 92.990, né?
A Suzuki acredita que irá vender todas as unidades que importar. A meta para 2020 é de trazer 250 carros/mês, mas importação anda fraca, com média de 100 a 120 unidades. O motivo da demora sobre seu lançamento, de acordo com a própria marca, estava na espera da adaptação do carro ao combustível brasileiro e ao seu sucesso mundial - que surpreendeu a Suzuki japonesa a ponto de fazer a matriz aumentar sua capacidade produtiva. Os planos da filial brasileira ainda incluem uma produção nacional, mas algo que só pode acontecer em 2021.

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IMPRESSÕES

Mas como ele anda? Esta deve ser a principal pergunta do fã de Jimny que ficou empolgado ao ver o carro no Salão do ano passado e ao mesmo tempo dos produtores rurais que precisam de um jipinho valente e conhecem a capacidade histórica do carro.
Pois para este pessoal mais ligado ao mundo off-road a notícia é boa: ele continua sendo extremamente competente para o uso no fora-de-estrada, seja em trilhas, lamaçal ou mesmo em estradinhas de terra mais pacatas.
Seja com tração 4x2 traseira, 4x4 ou 4x4 com reduzida, o Jimny faz coisas que muito carro maior com motor a diesel e tração integral não consegue fazer. Os ângulos de entrada e saída são extremamente poderosos, bem como a distribuição da força às rodas em determinadas situações graças ao sistema LSD da tração All Grip Pro, capaz de facilitar a passagem do suvinho por grandes obstáculos.
A suspensão é o maior destaque: torce para um lado, para outro, às vezes uma para cada lado, como um bom carro para trilha deve fazer. Em curvas, veja só, a carroceria não rola tanto como seu antecessor graças a uma estrutura reforçada e até 30% mais rígida.
Sobre motor, as mudanças são perceptíveis principalmente por causa do torque que saltou dos 11,2 kgf.m do antigo 1.3 para os atuais 14, 1 kgf.m do novo motor de 1,5 litro.
Na estrada, onde sabemos que não é seu habitat, o Jimny roda a 120 km/h com o motor a 3.500 giros, volume relativamente alto. Com média (em ciclo urbano e rodoviário) de 10,3 km/l, a autonomia total poderia encostar nos 400 quilômetros com o tanque de 40 litros. Depois dos exercícios em trilhas e estradas de terra, o display no painel do carro testado pelo WM1 não passou de 7 km/l.

E NA CIDADE?

Por fim, na cidade o carro se comporta como um bom aventureiro: é compacto, fácil de manobrar, esperto e não gasta tanto combustível. E ainda ficou mais confortável por agora oferecer câmbio automático, mesmo que de apenas quatro marchas.
Além disso, a central multimídia é bem moderna, fácil de mexer e conectar e ainda oferece conexão via CarPlay e Android Auto. A única coisa chata que exige um tempo para se acostumar é a nova posição dos botões dos vidros elétricos, que ficam no console. E bem que a Suzuki poderia ter colocado a função "um toque" no vidro do passageiro, afinal pelo preço do carro isso deveria ser obrigatório...
Mas enfim, para solteiros ou casais (nada de famílias!) que buscam um SUV raiz com capacidades extremas no off-road, pronto para encarar trilhas das mais ou pequenas aventuras em estradas de terra, o Sierra chega para ser uma opção mais luxuosa e moderna que o Jimny atual.

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