A WebMotors separou as principais informações sobre o motor fabricado em São Carlos, no interior de São Paulo:
1 – Potência e torque de 1.8
O motor 1.0 TSI Total Flex explora o conceito de downsizing, ou seja, oferecer alta taxa de potência em um propulsor menor e mais leve. São 105 cv entregues a 5.000 rotações quando o veículo é abastecido por etanol. Com gasolina, são 101 cv. Os números são semelhantes aos de motores 1.8 como, por exemplo, o EconoFlex da Chevrolet, que rende 108 cv (e) no sedã Cobalt.
2 - 0 a 100 km/h em 9,1 segundos
Torque de 16,8 kgf.m presente já aos 1.500 giros e constante até os 4.000 faz com que o propulsor tenha bastante disposição. O bloco é alinhado a uma transmissão manual de cinco velocidades que teve relações alongadas. Os 100 km/h são rompidos em 9,1 segundos quando o veículo parte da inércia e está abastecido de etanol. A velocidade máxima de 184 km/h é alcançada na quarta marcha.
Ajuda nessa performance o baixo peso do up!. São 951 quilos, ou seja, a relação massa/torque é de 56,6 kgf.m.
3 – Mais econômico do Brasil
Ok, o motor é potente. E ainda consegue ser mais econômico do que o bloco MPI da linha convencional do Up!. Na cidade, o consumo de combustível aferido pelo Inmetro é de 13,8 km/l e 9,6 km/l com gasolina e etanol, respectivamente. O índice é de 16,1 km/l e 11,1 km/l na estrada. Tais índices conferem ao novo up! TSI o título de carro mais econômico do Brasil. Obviamente, não são levados em conta os propulsores híbridos utilizados no Ford Fusion Hybrid e Toyota Prius.
Com o tanque de 50 litros cheio, o veículo tem autonomia de 800 quilômetros.
4 – Bloco leve e três cilindros mantidos
Os famigerados três cilindros do motor MPI foram mantidos. Eles têm 74,5 milímetros de diâmetro e 76,4 mm de curso. O objetivo é melhorar o enchimento da câmara de combustão (há 4 válvulas por cilindro, ou seja, 12 no total).
O bloco é feito de alumínio fundido sob pressão e pesa 13,5 quilos. Isso significa que ele é 10 quilos mais leve do que propulsores de quatro cilindros equivalentes.
5 – Sessão oficina: componentes aperfeiçoados
A Volkswagen faz questão de dizer que o motor 1.0 TSI é um projeto especial a fim de refutar comentários de quem possa dizer que ele é apenas um bloco MPI reajustado.
A família de ambos é a de código EA211 e a arquitetura deles é muito semelhante, mas o motor turbinado traz diversos componentes e tecnologias com novos desenhos, tamanhos e melhorias. Segundo a fabricante, 90% das peças são novas.
Exemplos são o coxim do motor (agora, hidráulico) e o virabrequim que agora é forjado e não mais fundido, visando menor nível de vibrações. As bielas estão 5 mm menor, os pistões de alumínio estão maiores, porém, mais leves para suportar esforços maiores. Há mais canais para retorno de óleo do turbocompressor (há radiador de óleo também), os mancais dos eixos estão menores, o bloco possui um ponto adicional de fixação a fim de ser mais robusto e o cabeçote possui tratamento térmico especial.
Outras características estruturais do conjunto são bomba elétrica de combustível de alta pressão, coletor de escape integrado ao cabeçote, intercooler do tipo ar-água integrado ao coletor de admissão e válvula de passagem com comando elétrico.
6 - Turbo, injeção direta, alta compressão e duplo comando
Uma característica básica dos motores TSI é tem duplo comando de válvulas variável (admissão e escape). A intenção é distribuir todo o poderio do torque em baixas rotações, no caso, em 1.500 rpm.
Também é tradicional a adoção de injeção de combustível diretamente na câmara de combustão sob a alta pressão de 250 bar. Tal tipo de injeção permite também uma alta taxa de compressão (10,5:1) a fim de melhorar a mistura da gasolina com o etanol em qualquer proporção.
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