Usado Novo: 2ª geração do Tracker ainda é atraente
Reestilizado em 2017, o SUV da Chevrolet é encontrado por até R$ 40 mil abaixo do cobrado por um modelo da linha atual
O Chevrolet Tracker de terceira geração vem fazendo sucesso no mercado brasileiro. No ano passado, o SUV emplacou mais de 70 mil unidades e ficou acima de todos os rivais. Os números impressionam e em nada lembram os registrados pela geração anterior.
A segunda linhagem do SUV, lançada em 2013 e reestilizada em 2017, nunca teve números tão positivos de vendas. Sempre aparecia em posições modestas nos rankings de emplacamentos. Não era a preferida dos interessados em utilitários, embora oferecesse bons atributos.
Segunda geração ponto dois
O visual tinha sido rejuvenescido, o que deixava o Tracker bastante atual para a época. O modelo tinha faróis afilados, capô inclinado e grade ampla. As mudanças deixaram o modelo mais imponente. As proporções eram basicamente as mesmas, com uma pequena ampliação no caimento da dianteira.
Assim como o visual, o conjunto mecânico era bem acertado no SUV compacto. O motor era o quatro cilindros turbo 1.4 Ecotec, que rendia ao Tracker interessantes 153 cv de potência e bons 24,5 kgf.m de torque a 2.000 rpm, combinado a uma transmissão automática de seis marchas.
Bom desempenho
Foi o mesmo conjunto para todas as versões a partir de 2017. Nessa linha, o modelo era vendido nas configurações LT e LTZ, mas depois surgiram a Premier e a Midnight, com visual escurecido.
Com esse conjunto, o Tracker acelerava de zero aos 100 km/h em 9,4 segundos. Já a máxima era de 198 km/h, o que não era nada mal para um modelo com quase 1.4 00 quilos.
Bem equipado
A lista de equipamentos também era caprichada no SUV. Desde a versão LT, já na linha 2017, o modelo tinha central multimídia MyLink, volante multifuncional, direção elétrica, faróis de neblina, roda de liga leve, start/stop e piloto automático.
Nas versões mais caras, o Tracker de 2ª geração adicionava itens de segurança, como airbags laterais e de cortina, e alerta de ponto-cego. A partir da linha 2018, a Chevrolet incrementou a lista de equipamentos com os controles de tração e estabilidade, inexistente nos modelos no ano anterior.
De certa forma, a lista era bem interessante e mais completa em relação às oferecidas pelos rivais do Tracker à época, como o Jeep Renegade e Honda HR-V. O preço também era melhor do que o pedido nos concorrentes - a versão LT custava R$ 79.990.
Espaço curto
O preço era bom, o visual agradava e o desempenho também, mas o tamanho atrapalhava. O Tracker tinha até um bom entre-eixos com seus 2,55 metros. Então acomodava bem quatro pessoas e, de maneira mais justa, cinco ocupantes adultos. O que atrapalhava na avaliação era o porta-malas, de enxutos 306 litros.
Não era algo que tornasse o carro uma opção ruim, mas era preciso considerar isso na compra. O espaço era o suficiente apenas para o dia a dia na cidade, em tarefas como ir ao mercado, mas limitado para situações de viagem em família.
Menos de R$ 100 mil
Apesar disso, o modelo mostrava bons atributos para ser um concorrente forte. E atualmente é uma boa opção para quem quer ter um SUV eficiente sem gastar uma pequena fortuna.
Atualmente, o utilitário esportivo compacto mais barato do Brasil beira os R$ 100 mil. Já a terceira e atual geração do Tracker tem preços que partem dos R$ 119 mil. Enquanto isso, unidades em bom estado de conservação de modelos da 2ª geração do Tracker podem ser encontrados com preços perto dos R$ 70 mil.
Fizemos uma lista com três modelos que podem ser encontrados no estoque da Webmotors com baixa quilometragem e preço inferior aos da tabela Fipe.
O primeiro da lista é de um proprietário de Natal (RN), na versão LT, ano 2017. Anunciado por R$ 76.900, o modelo tem 49 mil quilômetros registrados no hodômetro e passou por todas as revisões em concessionária. A unidade tem bancos de couro e sensor de ré. O preço pedido pelo dono é cerca de R$ 8 mil abaixo da Fipe.
A outra unidade que encontramos também é da versão LT, mas do ano de 2019. Nessa linha, o modelo já tinha controles de estabilidade e tração de série. O SUV tem apenas 27 mil quilômetros rodados e é anunciado por um proprietário do Rio de Janeiro (RJ). O preço pedido é de R$ 84 mil (cerca de R$ 5 mil abaixo da Fipe). Em boas condições, a unidade tem bancos em tecido.
Uma unidade da versão Premier, ano 2018, com pouco mais de 42 mil, é anunciada por um proprietário de Barreiras (BA) por R$ 87.900. Na cor preta, o modelo tem boas condições de conservação por fora e por dentro. Os bancos são de couro. A pedida do proprietário também está cerca de R$ 5 mil abaixo da Tabela Fipe.