O Civic G10, de décima geração, ainda é um dos carros mais buscados pelos brasileiros que querem um carro confiável, espaçoso e que entrega uma excelente experiência ao volante. E a procura se tornou ainda maior a partir da chegada da nova geração do sedã da Honda, que agora é híbrida, tem design menos arrojado, é importada da Tailândia, e custa R$ 265 mil.
Hoje, na Webmotors, o maior ecossistema automotivo do Brasil, é possível encontrar Civic G10 em um range grande preços. Algumas unidades mais antigas e de configurações de entrada aparecem por cerca de R$ 80 mil, mas também há unidades mais novas e topo de linha por aproximadamente R$ 180 mil.
O visual ainda é marcante por se distanciar bastante do visto na nona geração. As lanternas com assinatura em LED nas extremidades, o capô inclinado e o caimento do teto na coluna "C", que deixam o sedã com um ar de cupê, fazem do Civic G10 um carro "jovem".
É um toque de esportividade para um modelo até então mais racional. Mas não se resume ao visual - outros elementos fazem do Civic de décima geração mais interessante que seu antecessor.
O motor 1.5 turbo, de 173 cv e 22,4 kgfm de torque, é um desses exemplos. O propulsor é usado apenas na versão topo, a Touring. A transmissão nesse conjunto é automática CVT de sete velocidades. Com esse casamento que ousa tocar a perfeição, o Civic consegue acelerar de zero a 100 km/h em apenas 8,6 segundos. Já a velocidade máxima é de 208 km/h.
São números bem superiores e mais empolgantes que os 10,9 segundos das versões mais potentes da geração anterior, que usavam o 2.0 aspirado, de 155 cv e 19,5 kgfm. Este motor é mantido na décima geração para as demais versões: Sport AT e manual, EXL e EX.
Em 2020, a décima geração trouxe mais alegria aos amantes da velocidade com a volta da versão esportiva SI. O cupê apimentado usa uma versão aprimorada do motor 1.5 turbo, que, nele, rende 208 cv de potência e 26,5 kgfm de torque.
Nessa configuração, o motor é associado a um câmbio manual de seis marchas. Com o conjunto, o zero a 100 km/h é feito em 7,2 segundos e a máxima é de 238 km/h. Um esportivo de verdade!
O espaço interno, que antes já era bom, melhorou na décima geração. O sedã é 3,2 cm maior no entre-eixos, passando a 2,70 m, além de ter dado um salto considerável no tamanho do porta-malas, que cresceu de 449 litros para 519 litros.
A lista de equipamentos e o acabamento interno também ficaram melhores na virada de geração - de G9 para G10. De série, o "Civic 10" tem seis airbags (frontais, laterais e cortina), ar-condicionado digital automático, faróis de neblina, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, rodas de liga e piloto automático.
O acabamento tem volante em couro com costuras e soft touch em diversos pontos do painel e console, mesmo na versão de entrada. O que muda é o revestimento dos bancos, que na versão Sport é em tecido, mas passa a ser de couro nas mais caras.
De forma geral, o Civic de 10ª geração representou um salto para o sedã da Honda e trouxe boa parte dos clientes de volta para a marca. Seu design, aliás, mesmo após sua aposentadoria, segue atual. E acreditamos estar longe de parecer defasado.
O desempenho é outro fator que faz do modelo uma opção interessante no mercado dos usados, especialmente para quem busca um carro espaçoso e divertido de dirigir. Dá para levar a família em uma viagem e ainda se divertir ao volante.
Soma-se a isso a fama de ser um carro que dá poucos problemas mecânicos.
Por tudo isso, podemos cravar que o Civic de 10ª geração é uma ótima opção atualmente. Com o curto tempo desde o fim da produção, em dezembro de 2021, ainda encontramos unidades em ótimo estado de conservação no mercado. Algumas, inclusive, com baixa quilometragem.