Quem acompanha os lançamentos de automóveis no Brasil sabe que modelos vendidos em mercados como o europeu geralmente passam por adaptações para aguentar os buracos e as más condições das vias brasileiras. Foi assim com o novo Polo, produzido no Brasil, cujas suspensões foram elevadas em 2 cm e receberam barra estabilizadora na dianteira - de acordo com a Volkswagen, justamente para proporcionar mais conforto e maior robustez.
Buracos, valetas e lombadas, dependendo da velocidade em que você passa com o veículo por eles, podem trazer danos não apenas às suspensões, como também aos pneus e às rodas, podendo resultar em um prejuízo dos grandes com oficina. Quem saca um pouco de mecânica e física ou simplesmente gosta do assunto vai curtir o vídeo que o pessoal do site norte-americano "Warped Perception" ("Percepção Distorcida" ou WP) preparou para demonstrar como as suspensões de um automóvel podem sofrer com piso em más condições.
A publicação divulgou um vídeo no seu canal oficial no Youtube testando um Mercedes-Benz E320 antigo, cedido por uma concessionária da marca alemã na cidade norte-americana de Chicago. O sedã executivo de luxo, que já ia ser levado para um ferro-velho, estava funcionando adequadamente para a realização do teste.
A equipe do WP apenas trocou os amortecedores e removeu todos os painéis externos do veículo, inclusive os para-lamas e as portas, com o intuito de mostrar como as suspensões reagem quando são exigidas em condições extremas. O sedã foi acelerado em uma via como a nossa, que existe em um país rico como os Estados Unidos: sem alfalto e com muitos e grandes buracos na via.
Tudo foi registrado em vídeo com qualidade 4K e em câmera lenta (veja acima), o que permitiu observar como rodas, molas, amortecedores e outros componentes se movimentam quando o automóvel passa pelas "crateras". Em uma das passagens, o condutor acelera a aproximadamente 40 km/h sobre um buracão com cerca de 20 cm de profundidade sem dó - a roda dianteira chega a encostar na caixa de roda do veículo, indicando fim de curso, enquanto parte da dianteira chega a torcionar, tamanho foi o tamanho da porrada.
Em outro trecho, o motorista passa por uma espécie de rampa formada pela irregularidade do piso e chega a colocar o Classe E com as rodas no ar. Findo o teste, que, convenhamos, não tem nada de científico, a conclusão é que o Classe E avaliado conseguiu aguentar o tranco, apesar de danos na parte inferior do radiador, que não chegou a vazar, e também no subchassi dianteiro. Mas nada que impedisse o sedã de seguir rodando.
O WP promete lançar em breve mais episódios com o E320, que deverá ser submetido a condições de uso ainda mais agressivas para avaliar até onde o carro aguenta. Vamos acompanhar e te contamos aqui.