O governador de São Paulo, João Doria, tomou a frente das negociações para o fechamento da fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo. Segundo ele, há três empresas interessadas, sendo duas multinacionais e uma brasileira. As empresas estrangeiras seriam a holandesa DAF e a chinesa Foton.
As informações do jornal O Estado de S. Paulo, que apurou ainda que a companhia brasileira seria a Caoa. Em nota, a empresa declarou ter uma parceria forte com a Ford há quatro décadas. Hoje, a empresa é a maior distribuidora de veículos da marca norte-americana na América Latina. "Dessa forma, é natural que a Caoa e a Ford conversem sobre futuras negócios, assim como ocorre com outras empresas sempre que há uma boa oportunidade", diz o comunicado.
No entanto, a Caoa fez questão de lembrar que "até o momento não há nenhuma definição ou compromisso para a aquisição da planta".
Vale lembrar que a Caoa não é só uma rede de concessionárias. A empresa também fabrica veículos em Anápolis, no interior de Goiás, onde é responsável pela operação dos modelos Hyundai Tucson e ix35, além do Tiggo 7, recém lançado após compra de 50% da operação da chinesa Chery no Brasil. Após comprar a operação, o grupo Caoa lançou quatro veículos (Tiggo 2, Arrizo 5, Tiggo 5X e Tiggo 7) e se tornou responsável pela planta de Jacareí, no interior de São Paulo.
A fábrica da Ford no ABC é responsável pela produção de todos os caminhões da marca e pelo Fiesta, que também sairá de linha. A decisão de encerrar a fábrica custará em torno de US$ 460 milhões, valor que ultrapassa a casa de R$ 1,7 bilhões na conversão direta, entre indenizações de funcionários, concessionários e fornecedores, além da depreciação de ativos.