Dieselgate: clientes reclamam de perda de potência

O escândalo de manipulação de testes de emissões em motores diesel da Volkswagen, que veio a público em setembro de 2015, afetou mais de 11 milhões de veículos em diferentes países – no Brasil,  a fabricante já admitiu a presença do software fraudulento, que informa emissão de gases poluentes menor que a real, em pouco mais de 17 mil unidades da picape Amarok.

Além do prejuízo à imagem e dos bilhões de dólares perdidos com multas e acordos com órgãos governamentais – aqui, a montadora foi multada em R$ 50 milhões pelo Ibama -, a Volks também se comprometeu a comprar de volta ou reparar os veículos fraudados.

Aqui, como no Reino Unido, a solução será o conserto, via recall – mas esse reparo está sob suspeita, com na Grã-Bretanha de que a intervenção reduziu a potência e aumentou o consumo do motor, também mais propenso a panes e quebras. No Reino Unido, o recall envolve 1,2 milhão de veículos.

Um fórum criado na internet com proprietários de veículos diesel afetados pelo software irregular reuniu supostas evidências dos problemas acima relatados em seus carros, logo após a realização do reparo pela Volkswagen, e elas foram encaminhadas para análise das autoridades britânicas. O conserto consiste em uma atualização de software.

Antes do recall, a VW afirmou que os reparos não iriam afetar a performance do motor e salientou também, diante do Comitê de Transportes local, que apenas 0,75% dos proprietários dos carros convocados e reparados apresentaram alguma queixa após a intervenção, o que representaria um volume de apenas 3,5 mil unidades.

O fórum de clientes solicita a interrupção do recall atá a companhia apresentar outra solução, além de ampliação do prazo de garantia.  Em novembro, a Volkswagen foi multada pelo governo britânico em 1,1 milhão de libras somente para cobrir os custos dos novos testes de homologação dos automóveis equipados com o software fraudulento, após receberem a nova programação.