Farol aceso durante o dia pode ajudar a reduzir

Medida obriga o uso dos faróis em rodovias mesmo com claridade
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Lukas Kenji
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Especialistas ouvidos pela Webmotors concordam que a obrigatoriedade do acionamento do farol durante o dia nas rodovias pode reduzir o número de acidentes. Para eles, a medida aprovada na semana passada pelo Senado Fcaptional e que aguarda sanção da presidente Dilma Rousseff deveria ser estendida para vias urbanas.

As luzes acesas ajudam motoristas, pedestres e ciclistas a identificarem quando um veículo está em movimento, o que aumenta a segurança de todos, segundo Alessandro Rubio, membro da Comissão Técnica de Segurança Veicular da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade). “O farol facilita a visualização a longa distância e também em situações de baixa visibilidade como chuva e neblina”, explicou.

O projeto de lei 156 apresentado pelo deputado fcaptional Rubens Bueno (PPS-PR) altera o artigo 40 do Código de Trânsito Brasileiro, que determinara o uso do farol durante o dia somente dentro de túneis.

Uma curiosidade é que o artigo indica que deve ser aceso o “farol baixo”. O termo está errado, segundo Gerson Burin, coordenador técnico do CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária). “Existem três fases de iluminação: lanterna, farol e farol alto”, apontou o especialista.

A norma que foi elaborada em fevereiro de 2015 define ainda que o seu não-cumprimento significa infração média, passível de multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira de habilitação.

De acordo com Rubio, toda ação que prevê multa precisa de uma recomendação prévia tanto para os motoristas como para os órgãos fiscalizadores. “Existem carros que já vêm com LEDs de uso diurno que já auxiliam na visibilidade. Então os fiscais devem ficar atentos para não multar os motoristas desses veículos”, recomendou.

EXEMPLO ESTRANGEIRO

Normas semelhantes são adotadas em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, houve redução de 5% nas colisões entre carros e de 12% em acidentes envolvendo pedestres e ciclistas. Os dados são da NHTSA, associação norte-americana de segurança viária.

“Para a realidade brasileira é difícil dizer com precisão em quanto esta ação poderá ajudar na redução de acidentes”, segundo o técnico do CESVI. No entanto, ele considerou que a prática deve trazer benefícios mesmo que em baixa escala.

Já o especialista da SAE considerou ainda que a medida não onera o consumidor. “O único prejuízo seria uma troca antecipada dos faróis, uma vez que eles não foram projetados para ficar tanto tempo acesos, com exceção daqueles em LED”, explicou Rubio. No entanto, ele considerou que o gasto antecipado do consumidor é pequeno se comparado ao benefício que a norma deve trazer. “Se o número de acidentes for reduzido em 1%, já teremos diminuição de 500 colisões em um ano”, concluiu.

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