O Volkswagen Gol GT Concept roubou a cena no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo. No entanto, outros veículos de série modificados estão fazendo sucesso. Separamos cinco destes ‘diferentes’ e gostaríamos de saber: qual destes mais te agradou?
No colorido estande da Renault, o Sandero R.S. Grand Prix Concept acaba por ser o mais discreto – porém não menos interessante. Preto com detalhes em dourado na grade dianteira inferior, nos retrovisores externos, rodas e no próprio logo ‘R.S.’ que remetem ao Lotus JPS pilotado por Ayrton Senna na Fórmula 1, o hatch, como não poderia ser diferente, é nostálgico – e de muito bom gosto, como eram os ‘bólidos’ projetados pelo ‘mago’ Colin Chapman.
No rodapé das portas estão adesivos em dourado também com o nome ‘Renault Sport’ e o número ‘12’, o mesmo utilizado por Senna na temporada de 1985. O ‘12’ também está, de maneira bem mais destacada, na traseira, que, aliás, traz amplo difusor e saída de escape com ponteira dupla. O design se completa com rodas de liga leve de 17 polegadas e pneus Continental 205/45 R17.
O interior tem bancos e volante revestidos em couro com costuras douradas. A sigla ‘R.S.’ Também está o encosto de cabeça dos assentos dianteiros.
O conjunto mecânico é o mesmo do R.S. convencional: motor 2.0 16V Flex aspirado que desenvolve até 150 cv de potência máxima a 5.750 rpm e torque de 20,9 kgf.m a 4.000 giros. A transmissão é manual de seis velocidades. De acordo com a Renault, o hot hatch acelera de 0 a 100 km/h em 8 segundos e a velocidade máxima é de 202 km/h. O Sandero R.S. ‘comum’ parte de R$ 62.500.
Se o dourado está em detalhes do Sander R.S. Grand Prix Concept, no Hyundai D Spec Concept está por toda a parte. Todo é hatch da marca sul-coreana é em dourado fosco e detalhes pontuais, como saias laterais, em preto brilhante. Aliás, este preto brilhante está também no acabamento interno dos faróis dianteiros.
A dianteira é marcante pela grade frontal ampla, que remete ao R Spec, versão esportiva que é comercializada e custa R$ 55.850. A traseira, assim como a frente, segue um padrão inspirado no R Spec. O para-choque tem saídas de ar marcantes e o logo ‘D Spec’ na tampa do porta-malas. Destaque para o spoiler acima do vidro traseiro. Completando o visual externo, as rodas de liga leve de 17 polegadas são da marca japonesa Rays e os pneus são Continental 215/45 ZR 17.
A mecânica não impressiona, pois é exatamente a mesma do R Spec – um dos pontos críticos desta versão esportiva, que acaba por entregar apenas um visual apimentado, e não um comportamento ácido, também. Estamos falando de um motor 1.6 16V bicombustível de até 128 cv de potência a elevados 6.500 giros e torque de 16,5 kgf.m a 4.500 rotações, quando abastecido com etanol. O câmbio, assim como o Sandero, é manual de seis marchas. De acordo com a Hyundai, o 0 a 100 km/h demora 9,3 segundos e o top speed é de R$ 189 km/h.
Ao contrário dos outros modelos, o Nissan March 1.6 SL Xtronic não tem um nome especial, muito menos a nomenclatura ‘concept’. Trata-se apenas de uma nova visão dos designers brasileiros sobre o hatch da fabricante japonesa.
O March é dividido em duas duas cores. Abaixo da linha de cintura um vermelho escuro domina, enquanto acima é o preto quem dita o tom. Detalhes – pequenas bolas pretas – estão espalhadas por toda a carroceria. Elas estão na base da coluna ‘A’, na coluna ‘B’ inteira, no para-choque dianteiro e na discreta saia lateral. Uma linha preta também chama a atenção, nascendo dos faróis dianteiros e cortando a lateral até as lanternas traseiras. Os espelhos retrovisores externos também são pretos.
As ‘bolinhas’ espalhadas pela carroceria também estão no revestimento em tecido dos bancos dianteiros e traseiros.
As rodas de liga leve de 17 polegadas são em preto brilhante, e ‘calçam’ pneus Yokohama 195/45 R17.
O motor deste March é o 1.6 16V Flex de modestos 111 cv de potência máxima a 5.600 giros e torque de 15,1 kgf.m a 4.000 rpm. A transmissão, como denuncia o logo na tampa do porta-malas, é a automática CVT (continuamente variável) Xtronic, denunciando a falta de esportividade comportamental para esta ‘joaninha’. A velocidade máxima é de 191 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h demora 9,5 segundos para acontecer. O Nissan March 1.6 SL Xtronic custa R$ 59.290.
No estande da Fiat, entre alguns veículos modificados, está um Mobi fantasiado com adereços da Mopar, linha de produtos de preparação e customização da FCA (Fiat Chrysler Automobiles). E assim como o March, o brasileirinho com sotaque italiano é dividido em duas cores: da linha de cintura para baixo o branco domina, enquanto para cima o preto se faz presente, inclusive no capô. E esta divisão é feita por uma discreta linha azul.
Azul este que também marca as pinças dos freios dianteiros. As rodas do ‘MM’ (Mobi Mopar) são de 17 polegadas também, têm uma tonalidade diferente puxada para o cobre, porém mais escura, e que utilizam pneus Hankook 205/40 ZR17.
Para assegurar que é um legítimo Mopar, o Mobi ostenta um logo da marca na base da coluna ‘A’.
Até antes do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, o subcompacto da Fiat era equipado apenas com motor 1.0 8V de quatro cilindros bicombustível de 75 cv a 6.250 rotações e 9,9 mkg.f de força a 3.850 rpm. O câmbio é manual de cinco marchas, o 0 a 100 km/h é em 13,4 segundos e a velocidade de 154 km/h. No entanto, durante coletiva de imprensa, a marca anunciou a adoção do motor 1.0 6V flex de três cilindros chamada Firefly, mesmo lançado com a recente repaginada do Uno, que equipará apenas a recém-lançada versão Drive, que não teve preço anunciado.
O Mobi parte de R$ 32.380 na configuração Easy. Já a topo de linha, desconsiderando a opção Way, custa R$ 42.930 (opção Like On).
Deixamos para o fim aquele que possivelmente mais chamará sua atenção. Trata-se do Peugeot 208 Pyrit. Baseado no divertido 208 GT (R$ ) de motor 1.6 16V THP (Turbo High Pessure) Flex ce 173 cv a 6.000 giros e 24,5 kgf.m a partir de 1.400 rotações, e transmissão manual de seis marchas, o Pyrit chama atenção pela mescla de diversos tons de dourado – do brilhante ao fosco. Vai ter quem goste desta mistura, mas, convenhamos, é esquisito, no mínimo.
As rodas de liga leve são em preto fosco e, assim como os demais integrantes desta matéria, de 17 polegadas. Os pneus são Michelin 205/45 ZR17.
A título de curiosidade, o nome Pyrit é inspirado na Pirita, um mineral de ferro amarelo e dourado – assim como a combinação das cores do 208. Já Pirita é derivada do grego Pyr, que significa fogo.
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