O cenário automotivo europeu está prestes a receber uma novidade significativa da Fiat: a introdução de uma versão híbrida do icônico Fiat 500, que desde 2021 é só elétrico.
O lançamento representa uma mudança estratégica da marca, que busca oferecer uma alternativa mais acessível e de volume em comparação com a versão a bateria que, apesar de inovadora, tem custo mais elevado para o consumidor.

A decisão de reintroduzir um motor a combustão, aliado a um sistema híbrido-leve, visa atender às demandas do mercado por veículos mais econômicos e com menor impacto ambiental, mas mantendo a praticidade e o design característicos do 500 - que, na versão elétrica, não emplacou como a Fiat gostaria.
A grande surpresa para o mercado brasileiro é a escolha do motor 1.0 Firefly para equipar o novo Fiat 500 híbrido.
Este motor, conhecido e amplamente utilizado em modelos como o Mobi e o Argo no Brasil, demonstra a versatilidade e a confiabilidade da engenharia da Stellantis.
No 500 híbrido, ele terá 70 cv de potência e será acoplado a um câmbio manual de seis marchas. O sistema híbrido-leve de 12 Volts, similar ao encontrado nos SUVs Pulse e Fastback, vai atuar como suporte em situações específicas, contribuindo para a eficiência do combustível e a redução de emissões, mas sem ser capaz de mover o veículo de forma autônoma ou tracionar as rodas.
A nova encarnação do Fiat 500, embora tecnologicamente avançada, tornou-se um produto de nicho devido ao seu preço.
Com a versão híbrida, a Fiat almeja retomar o volume de vendas, preenchendo a lacuna deixada pelo fim da produção do Punto, lá em 2018.
A meta ambiciosa é fabricar cerca de 5 mil unidades até o final do ano na fábrica de Mirafiori, na Itália, com planos de expandir para 100 mil carros por ano quando a produção estiver em pleno vapor.
Este investimento também justificará a manutenção da fábrica, que atualmente produz só carros de nicho da Maserati e o próprio 500e.
Ao menos lá fora, o novo Fiat 500 híbrido será oferecido em três carrocerias distintas: a tradicional; a 3+1 (com uma porta adicional no lado do passageiro e de abertura inversa) e a Cabrio. O lançamento está previsto para novembro e terá uma série especial, a Torino, uma homenagem à cidade natal do carrinho, que nasceu em 1957.
Em tecnologia e segurança, o veículo deverá ser equipado com instrumentação digital em uma tela de sete polegadas e com sistema multimídia Uconnect 5, com tela de 10,25 polegadas.
A segurança continuará sendo um de seus pontos fortes, com seis airbags e sistema ADAS com frenagem automática de emergência, assistente de manutenção de faixa e reconhecimento de placas de trânsito.
Um dos maiores atrativos do Fiat 500 híbrido será o preço significativamente menor em comparação com o da versão elétrica - que hoje no Brasil, ainda na linha 2022 e na versão Icon, custa R$ 214.990.
Com valor inicial de aproximadamente 17 mil euros (cerca de R$ 109 mil), o 500 híbrido custará praticamente a metade dos 29.950 euros (aproximadamente R$ 191.618) pedidos pelo 500e de entrada.
Embora não haja confirmação sobre a comercialização do modelo em outras regiões além da Europa, a combinação do motor 1.0 Firefly com o sistema híbrido-leve de 12 Volts pode ser um indicativo do que a Fiat planeja para futuros compactos, como o substituto do Argo - que deve se basear na nova geração do Grande Panda.



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