O canal de notícias da Webmotors

Audi Q5 PHEV: híbrido, ele consegue fazer 35 km/l

Imagine ter um SUV de luxo extremamente poderoso, de até 367 cv, que ainda pode rodar até 40 km sem gastar combustível

por André Deliberato

Rodar com um SUV de luxo é algo para poucos, especialmente quando falamos de um médio e híbrido do tipo plug-in, como o Audi Q5 PHEV, que vem com a sigla "TFSIe" - o "e" indica a eletrificação.
O modelo custa atualmente R$ 517.990. É caro, sabemos. Mas realmente entrega o que promete. Além do ótimo nível de luxo e do bom espaço de SUV médio, ainda pode ser extremamente poderoso e ao mesmo tempo econômico.
Duvida? Então siga com a gente nessa avaliação para entender como o carro consegue fazer isso. Você também pode clicar aqui e conferir minha avaliação com a versão S-Line Black, com motor térmico.
Oferta Relacionada: Marca:AUDI Modelo:Q5

Como é o Audi Q5 PHEV

Rival de BMW X3, Mercedes-Benz GLC, Volvo XC60, Porsche Macan e outros SUVs e modelos de luxo da faixa de R$ 400 mil a R$ 600 mil, o Q5 está em sua segunda geração - que foi reestilizada no Brasil em 2021, quando a Audi também decidiu trazer a carroceria "acupezada", chamada de Sportback.

Hoje importado do México, tem quatro versões de acabamento e duas de carroceria, sendo que a variante com caimento de cupê só chega nas versões mais caras, chamadas de Performance.

Confira os valores atualizados da linha 2023/2024:

Vice-líder do segmento de SUVs médios de luxo - atrás somente do Volvo XC60, o mais vendido de 2023, com 4.335 unidades -, o Q5 também foi o carro mais emplacado da Audi no ano passado, com 2.175 unidades. O Porsche Macan completou esse pódio, com 1.308 registros na temporada.
Sucesso absoluto na visão da empresa, que já mirava nesse objetivo em 2022.
O carro, a meu ver, encanta por três grandes motivos: pelo bom espaço interno; pelo desempenho excepcional combinado a um consumo surpreendente; e pelos ótimos níveis de luxo e de segurança. Vamos falar sobre esses aspectos, um a um.

Espaço de sobra

O SUV é realmente espaçoso. São 4,66 m de comprimento, 1,89 m de largura, 1,66 m de altura e 2,82 m de entre-eixos, com porta-malas de 550 litros para o Q5 SUV e 510 litros para o Sportback.
Quem vai atrás parece sentar em uma sala de estar. E o caimento mais acentuado do teto não afeta em nada o espaço para a cabeça, já que os bancos têm inclinação mais "deitada", justamente para o conforto dos ocupantes.
É por isso que o sacrificado nessa história é o porta-malas, que tem 40 litros a menos na configuração Sportback.
Oferta Relacionada: Marca:AUDI Modelo:Q3

Motor poderoso

Em suas versões convencionais, o Audi Q5 vem com o motor 2.0 turbo da família TFSI, de 249 cv e 37,7 kgf.m de torque. Já o híbrido plug-in combina dois motores: um 2.0 TSFI reajustado, de 252 cv e 37 kgf.m de torque, e um elétrico síncrono de imãs, que rende 143 cv e 35 kgf.m de torque.
Em conjunto, os dois rendem 367 cv e 50,9 kgf.m, sempre acoplados ao câmbio automatizado S-Tronic de sete marchas e dupla embreagem, e ao sistema de tração integral.
Com esse conjunto, o carro acelera de zero a 100 km/h em 5,3 segundos e chega à velocidade máxima de 210 km/h no modo mais agressivo. Exatamente: cinco segundos para um SUV híbrido com proposta familiar!

Duelo: HR-V ou Compass?


Na função puramente elétrica, a velocidade máxima é de 135 km/h e a autonomia máxima varia de 56 a 62 quilômetros, no ciclo WLTP - pouco mais de 30 quilômetros de acordo com o padrão do Inmetro.
Isso significa que você pode ir ao trabalho e voltar para casa, se a distância entre um e outro for menor que 20 quilômetros, sem quase gastar gasolina.
Por ser plug-in, você também pode "espetar" o carro em um dos dois (ou nos dois) pontos de parada - para facilitar a recarga, a Audi ainda oferece um sistema compacto de carregamento de garagem.
Calma: o modelo também pode ser recarregado em tomadas residenciais, desde que sejam adequadas ao padrão usado pela Audi - o ​​TIPO 2 (IEC 62196).

Segurança, luxo e tecnologia


Agora vamos às impressões: a sensação de luxo ao entrar na cabine do Q5 é ainda mais sentida nas versões mais caras. Repare que o formato do painel foi pensado na maior comodidade do motorista, que tem tudo à mão.

Dá para ajustar a altura do banco por comandos elétricos e o volante em altura e profundidade, o que é ótimo para quem gosta de dirigir em uma posição mais altinha. Assim como no Q3, as versões mais caras do Q5 procuram oferecer muito conforto e tecnologia.

Desde a versão de entrada, o carro vem de série com ar-condicionado de três zonas, carregador de celular por indução, retrovisor anti-ofuscante, sistema de áudio com oito alto-falantes de 80W, a central multimídia MMI Touch, piloto automático, painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, bancos dianteiros com ajustes elétrico, chave presencial, start-stop, volante multifuncional, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros - atrás com câmera de ré - e faróis e lanternas em LED.

Como anda o Mercedes-Benz EQS 450?


Com o aumento de preço e a evolução das versões, o Q5 passou a oferecer o kit visual de incrementos da linha S Line, sistema de navegação (GPS), som com 10 alto-falantes e 180W, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e sistema de aviso para saídas de faixa, bancos dianteiros esportivos e traseiros rebatíveis, rodas exclusivas, faróis full-LED com função matricial e teto solar panorâmico.
Nas configurações mais caras, como essa testada, tem equipamentos de auxílio à condução como o sistema que corrige o volante em escapadas de faixa (chamado de Audi Side Assist com "Exit Warning") e o de alerta de colisão traseira com assistente de tráfego reverso, além de revestimento do teto preto e memorizador de posição para o banco do motorista e do volante, que tem base plana.
Mas é claro que há opcionais: rodas de 20 polegadas, lanternas de OLED, sistema de som premium da Bang&Olufsen e o head-up display são alguns deles.

E como anda?


O carro é bem esperto por culpa do turbo. É realmente gostoso de tocar: sabe fazer curva, freia muito e principalmente arranca como se não fosse um utilitário de mais de duas toneladas, e sim um hatch na flor da idade com vontade de engolir o asfalto.

A combinação dos motores poderosos com o câmbio bem acertado é um tesão.

E o consumo? Acredite: com o modo AutoHybrid (função automática que privilegia o motor elétrico), chegamos a fazer medições que encostaram nos 35 km/l. Média. Na cidade.
Notou que escrevi "média"? Isso significa que, em alguns trechos, o número foi até maior, batendo até em um pico de 72 km/l durante mais de dois minutos. Imagine...
Com a bateria descarregada, portanto somente com o motor 2.0 turbo, nosso número caiu para 8,6 km/l em regiões urbanas e para 11,4 km/l na estrada. Números até que razoáveis para o peso do SUV.

Conclusão

Resumo da ópera: o Q5 conquistou o que queria por mérito próprio. É o Audi mais vendido do Brasil, é gostoso de dirigir, confortável, esportivo, econômico e tecnológico.
É caro? Sim. Mas não se for comparado aos valores dos principais concorrentes, como Volvo XC60 (R$ 449.950), BMW X3 (R$ 433.950), Porsche Macan (R$ 475 mil) e Mercedes-Benz GLC (R$ 459.900), por exemplo.
Portanto, se um SUV médio premium estiver nos seus planos, vale dar uma olhada nesse camarada.

Comentários

Carregar mais

Notícias Relacionadas