Lembramos que o principal objetivo do Audi Q5 - desde o ano passado, quando reformulou sua proposta para o mercado brasileiro - é ser o SUV mais vendido da Audi no país e no mundo, apesar de ser mais caro que o Q3. Na linha 2022, são três versões com carroceria SUV e duas configurações com o estilo Sportback. Os preços também aumentaram, mas vamos focar no que interessa: a tecnologia a bordo.
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Antes, falemos sobre o design do Audi Q5
Este é o primeiro facelift dado ao Q5 de segunda geração, lançado ao mundo e no Brasil em 2017. E a mudança estética foi muito boa a meu ver, pois deu ao SUV um desenho mais moderno, futurista e agressivo.Em resumo, a frente ficou mais invocada e recebeu uma série de incrementos tecnológicos. Nos faróis, por exemplo, há LED desde a versão de entrada, que evolui de acordo com as configurações. Nas mais caras, são full-LED. E na topo de linha, como essa que testamos, há tecnologia matricial. Lá atrás as lanternas também são diferentes e têm OLED, mas já já a gente chega na traseira.
Na lateral do carro, note pelas fotos, o grande destaque é o shape de cupê. Aquela tendência que começou a conquistar o público com a primeira geração do BMW X6 agora se faz presente em diversos utilitários, até do segmento de compactos, como por exemplo o VW Nivus. No Q5 é a mesma coisa: carro grande, linha de cintura alta e caimento de teto fluido, bem esportivo.
Já as belas rodas de 20 polegadas são só dessa versão e opcionais - de série são aro 19".
Na traseira, como descrevemos, o grande destaque, além do formato da carroceria mais acentuado, são as lanternas de OLED, que têm desenhos diferentes – e nesse caso, o cliente pode escolher qual é a holografia da sua lanterna na hora de fechar a compra do Q5 na concessionária. Também gostei do para-choques bem alto e dessa linda cor azul. Curtiu o visual? Então agora vamos lá para dentro.
No interior
A sensação de luxo ao entrar na cabine do Q5 aumentou quando comparamos esse modelo ao anterior - e isso é ainda mais sentido nessa versão topo de gama, chamada Black, que tem o pacote de acabamento S Line de série. Repare que todo o formato do painel foi pensado na maior comodidade do motorista, que tem tudo à mão.Dá para ajustar altura do banco por comandos elétricos e também a posição do volante em altura e profundidade, o que é ótimo para quem gosta de dirigir em uma posição mais altinha. Assim como no Q3 que testei no final do ano passado, essa configuração é pensada para oferecer o nível máximo de conforto e tecnologia ao comprador de um SUV dessa categoria.
Lista de equipamentos
Começa até a ficar repetitivo listar tudo que um carro desse porte e dessa significância financeira tem como conteúdo, mas não podemos deixar de falar sobre a extensa lista de equipamentos do Q5, que faz dele um dos modelos mais tecnológicos do seu segmento.Desde a versão de entrada, o carro vem de série com ar-condicionado de três zonas; carregador de celular por indução; retrovisor anti-ofuscante; sistema de áudio com oito alto-falantes de 80W; a central multimídia MMI Touch; piloto automático; painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas; bancos dianteiros com ajustes elétrico; chave presencial; start-stop; volante multifuncional; sensor de estacionamento na frente e atrás com câmera de ré e os faróis e lanternas em LED.
Na versão do meio, o carro ganha o kit visual de incrementos da linha S Line; sistema de navegação (GPS); som com 10 alto-falantes e 180W; controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e sistema de aviso para saídas de faixa; bancos dianteiros esportivos; bancos traseiros rebatíveis com ajuste longitudinal e de inclinação; rodas exclusivas; os faróis Full-LED com função matrix e teto solar panorâmico.
Nessa configuração mais completa do teste, o Q5 tem tudo isso e ainda traz os equipamentos de auxílio à condução, como o sistema que corrige o volante em escapadas de faixa (chamado de Audi Side Assist com "Exit Warning") e o de alerta de colisão traseira com assistente de tráfego reverso, além do revestimento do teto preto; do memorizador de posição para o banco do motorista e volante com base aplanada.
Fora isso, o carro tem uma série de opcionais como as rodas de 20 polegadas que já comentamos, lanternas de OLED que também já mencionamos e ainda um sistema de som premium da grife Bang&Olufsen, do head-up display e uma série de outros detalhes. Muita coisa né? Agora bora acelerar e falar do que a gente mais gosta.
Como anda
O carro é bem esperto viu? Culpa do turbo. O Audi Q5 e o Q5 Sportback são movidos pelo motor 2.0 turbo da família TFSI de 249 cv e 37,7 kgf.m de torque, que recebe comandos de uma caixa de câmbio automatizada de dupla embreagem com sete marchas, que é banhada no óleo.Para dar mais segurança e oferecer ainda mais conforto, a Audi o equipou com o sistema de tração integral quattro. Resumo da brincadeira: o SUV consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos, praticamente o mesmo que um Golf GTi, e atingir 237 km/h de velocidade máxima.
Fora isso, o Audi Q5 é um carro realmente gostoso de tocar. Sabe fazer curva, freia muito e principalmente arranca como se não fosse um utilitário de 1.930 kg, e sim um hatch na flor da idade com vontade de engolir o asfalto. É fato, a combinação do motor turbo com esse câmbio bem acertado é um tesão.
Ah, mas e o consumo? Bom, aqui entra outra discussão a respeito do tema. Muitos de vocês podem me falar: ah, mas a pessoa que paga R$ 450 mil num carro não precisa e na maioria das vezes nem quer saber de consumo! E eu concordo, mas para quem tem interesse no tema, vale dizer que os dados são bem interessantes: 7,8 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, sempre com gasolina.
Cabe uma família?
O espaço traseiro não é ruim pois falamos de um carro médio com entre-eixos de 2,82 m, o mesmo do sedã Audi A4. Dei carona para três adultos e ninguém reclamou do aperto. Mas para uma viagem grande, duas pessoas certamente terão muito mais tranquilidade do que três. Quem senta lá atrás também tem saídas exclusivas de ar e entrada USB para o carregamento de celulares ou tablets.O porta-malas é menor no Q5 Sportback do que na versão SUV. São 510 litros no Q5 cupê contra 520 litros na configuração tradicional. É muito pouco, praticamente um porta-luvas de diferença, então quase não dá para dizer que se bagageiro for sua prioridade, o Q5 SUV é a escolha mais racional, afinal o Sportback também tem um belo espaço para guardar as coisas.
Conclusão
Resumo da ópera: o Q5 era o último carro dessa leva de modelos tradicionais da Audi, sem ser elétrico, que precisava de retoques para seguir firme com seus objetivos aqui no Brasil. Vale lembrar que, apesar disso, o carro já tem um sistema de bateria maior, que podemos chamar de híbrido leve, para ajudar no quesito de emissões, mas apostamos que sua próxima geração deva ser bem diferente.E isso explica o motivo de do modelo continuar um excelente carro, gostoso de dirigir, confortável e tecnológico. Dentro dessa nova realidade financeira que vivemos, esse SUV acupezado disputa clientes com quem tem praticamente R$ 500 mil. Portanto se um SUV médio premium estiver nos seus planos, vale dar uma olhada nesse camarada, que concorre com BMW X4 e Mercedes GLC Coupé.
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