Sem novidades nos conjuntos mecânicos (motor, câmbio e suspensão), e limitando-se somente a dar um 'tapa' no visual e agregar de maneira pontual mais itens de série, o hatch médio da marca italiana tem tudo para continuar vivendo à sombra dos concorrentes.
De acordo com dados da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o Bravo teve 4.436 unidades vendidas em 2014. O Ford Focus, líder do segmento, registrou 21.859 emplacamentos, seguido de Chevrolet Cruze Sport6 (17.049) e Volkswagen Golf (16.118). O Fiat conseguiu ficar atrás ainda de Peugeot 308 e Hyundai i30, sendo apenas o 6º mais vendido.
PREÇOS:
Fiat Bravo Essence – R$ 61.990
Fiat Bravo Sporting – R$ 67.990
Fiat Bravo BlackMotion – R$ 68.990
Fiat Bravo T-Jet – R$ 78.490
AVALIAÇÃO
A convite da Fiat, o WebMotors foi conhecer as novas ‘armas’ do Bravo 2016. Aceleramos a versão BlackMotion. Equipada com o mesmo motor 1.8 16V E.TorQ de até 132 cv e 18,9 kgf.m de torque (etanol), mesma transmissão manual de cinco marchas (existe a opção automatizada Dualogic Plus de cinco velocidades também) e mesmo ajuste da suspensão em relação à linha 2015, podemos dizer que ele continua...o mesmo!
O Bravo chega a ser um carro divertido de dirigir. Entrega parte da esportividade que promete. As acelerações são boas e as retomadas, satisfatórias – motorista não fica não mão em uma ultrapassagem, por exemplo. É um carro que trabalha bem em médias e altas rotações – a força máxima do propulsor está disponível a 4.000 rpm, por exemplo. Fica devendo um pouco mais de desenvoltura em baixas rotações.
Seu comportamento em curvas, mesmo em velocidades mais acentuadas, é digno de elogios. Ponto positivo para o ajuste firme da suspensão, que não chega (nem de perto) provocar desconforto. Já o câmbio merece uma ressalva. O escalonamento das marchas agrada e atendem bem às exigências do motor, mas os engates poderiam ser mais curtinhos e precisos.
Em linhas gerais, o desempenho do Bravo está em sintonia com alguns de seus concorrentes, como o Cruze Sport6, que tem propulsor 1.8 de 144 cv e 18,9 kgf.m de torque. E chega ser superior às configurações de entrada do Focus e do 308, que utilizam motores 1.6 e têm prelos próximos (confira os preços na Tabela Fipe e WebMotors).
Internamente, o Bravo agrada. Os revestimentos são de qualidade e sugerem esportividade acima da média, sem, porém, apelar para os exageros. Destaque para o tom preto e para o plástico em todo painel central que imita fibra de carbono. Os ajustes do banco do motorista e da coluna de direção (altura e profundidade) facilitam encontrar a melhor posição ao volante multifuncional, que entrega bom empunhadura. Ponto positivo para a central de entretenimento Uconnect, que traz tela de 5 polegadas sensível ao toque com diversas opções, inclusive navegação por GPS e monitor para a câmera de ré. O revestimento dos bancos em couro complementa o requinte do BlackMotion.
Os para-choques dianteiro e traseiro trazem novas linhas, com vincos mais marcantes. Os faróis de neblina trazem nova molduras, assim como a grade frontal foi redesenhada. Atrás, o difusor e a saída dupla cromada do escapamento, além das novas molduras das lanternas, garantem as novidades para o Bravo. O ponto positivo são as rodas de liga leve de 17 polegadas que com desenho exclusivo e muito bonito – elas têm a ousadia que ficou faltando para o restante...
CONCLUSÃO
Se o Bravo 2016 é em muita coisa igual ou muito parecido com o anterior, a expectativa é que seu desempenho no mercado seja igual ou muito parecido com os anos anteriores. Esta era uma boa oportunidade para a Fiat ter ousado um pouco mais, promovendo alterações mais significativas e marcantes. Golf e Focus mudaram muito recentemente e ganharam mercado. 308 mudará neste ano, ganhando o jeitão do modelo comercializado na Europa. Em linhas gerais, continua um bom carro, mas a concorrência parece estar sempre um passo à frente.
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