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Avaliação: Fiat Bravo BlackMotion

Com visual mais arrojado, versão com motor 1.8 entrega esportividade razoável

por Marcelo Monegato

(Atibaia, São Paulo) Em um mundo cada vez mais competitivo, no qual evoluções significativas e constantes são necessárias para a conquista de novos objetivos e reconhecimento perante à concorrência, muitos limitam-se a sucumbir diante da mesmice, felizes por serem apenas mais um no mercado. Este parece ser o caso do novo Fiat Bravo 2016, que chega às concessionárias com preço inicial de R$ 61.990.

Sem novidades nos conjuntos mecânicos (motor, câmbio e suspensão), e limitando-se somente a dar um 'tapa' no visual e agregar de maneira pontual mais itens de série, o hatch médio da marca italiana tem tudo para continuar vivendo à sombra dos concorrentes.

De acordo com dados da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o Bravo teve 4.436 unidades vendidas em 2014. O Ford Focus, líder do segmento, registrou 21.859 emplacamentos, seguido de Chevrolet Cruze Sport6 (17.049) e Volkswagen Golf (16.118). O Fiat conseguiu ficar atrás ainda de Peugeot 308 e Hyundai i30, sendo apenas o 6º mais vendido.

PREÇOS:
Fiat Bravo Essence – R$ 61.990
Fiat Bravo Sporting – R$ 67.990
Fiat Bravo BlackMotion – R$ 68.990
Fiat Bravo T-Jet – R$ 78.490

AVALIAÇÃO
A convite da Fiat, o WebMotors foi conhecer as novas ‘armas’ do Bravo 2016. Aceleramos a versão BlackMotion. Equipada com o mesmo motor 1.8 16V E.TorQ de até 132 cv e 18,9 kgf.m de torque (etanol), mesma transmissão manual de cinco marchas (existe a opção automatizada Dualogic Plus de cinco velocidades também) e mesmo ajuste da suspensão em relação à linha 2015, podemos dizer que ele continua...o mesmo!

O Bravo chega a ser um carro divertido de dirigir. Entrega parte da esportividade que promete. As acelerações são boas e as retomadas, satisfatórias – motorista não fica não mão em uma ultrapassagem, por exemplo. É um carro que trabalha bem em médias e altas rotações – a força máxima do propulsor está disponível a 4.000 rpm, por exemplo. Fica devendo um pouco mais de desenvoltura em baixas rotações.

Seu comportamento em curvas, mesmo em velocidades mais acentuadas, é digno de elogios. Ponto positivo para o ajuste firme da suspensão, que não chega (nem de perto) provocar desconforto. Já o câmbio merece uma ressalva. O escalonamento das marchas agrada e atendem bem às exigências do motor, mas os engates poderiam ser mais curtinhos e precisos.

Em linhas gerais, o desempenho do Bravo está em sintonia com alguns de seus concorrentes, como o Cruze Sport6, que tem propulsor 1.8 de 144 cv e 18,9 kgf.m de torque. E chega ser superior às configurações de entrada do Focus e do 308, que utilizam motores 1.6 e têm prelos próximos (confira os preços na Tabela Fipe e WebMotors).

Internamente, o Bravo agrada. Os revestimentos são de qualidade e sugerem esportividade acima da média, sem, porém, apelar para os exageros. Destaque para o tom preto e para o plástico em todo painel central que imita fibra de carbono. Os ajustes do banco do motorista e da coluna de direção (altura e profundidade) facilitam encontrar a melhor posição ao volante multifuncional, que entrega bom empunhadura. Ponto positivo para a central de entretenimento Uconnect, que traz tela de 5 polegadas sensível ao toque com diversas opções, inclusive navegação por GPS e monitor para a câmera de ré. O revestimento dos bancos em couro complementa o requinte do BlackMotion.

Os para-choques dianteiro e traseiro trazem novas linhas, com vincos mais marcantes. Os faróis de neblina trazem nova molduras, assim como a grade frontal foi redesenhada. Atrás, o difusor e a saída dupla cromada do escapamento, além das novas molduras das lanternas, garantem as novidades para o Bravo. O ponto positivo são as rodas de liga leve de 17 polegadas que com desenho exclusivo e muito bonito – elas têm a ousadia que ficou faltando para o restante...

CONCLUSÃO
Se o Bravo 2016 é em muita coisa igual ou muito parecido com o anterior, a expectativa é que seu desempenho no mercado seja igual ou muito parecido com os anos anteriores. Esta era uma boa oportunidade para a Fiat ter ousado um pouco mais, promovendo alterações mais significativas e marcantes. Golf e Focus mudaram muito recentemente e ganharam mercado. 308 mudará neste ano, ganhando o jeitão do modelo comercializado na Europa. Em linhas gerais, continua um bom carro, mas a concorrência parece estar sempre um passo à frente.


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