BMW 325i Touring

Perua sangue-quente oferece espaço com desempenho esportivo


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Luís Figueiredo
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- Se você tem a conta bancária recheada e precisa de um carro “com mais espaço”, sem deixar de lado o prazer de dirigir, não tenha dúvidas: escolha um BMW 325i Touring. Mas é bom que sua conta seja mesmo robusta. O modelo é vendido no Brasil, em versão única, por R$ 244.000,00, com pintura em cor sólida. Adicione R$ 1.500,00 para cores metálicas, como o Prata Titanium do carro avaliado.

O carro entrega muito pelo que se paga por ele. Não à toa é definido pela fábrica alemã como Sport Wagon. Trata-se de um modelo à parte, tendo sido desenvolvido em separado da Série 3 – não é apenas uma versão do sedã. Seu chassi foi aprimorado no circuito de Nürburgring, na Alemanha, e segundo a fábrica seu tempo na lendária pista foi 9 segundos melhor do que a versão anterior. Com isso, a BMW garantiu ao modelo performance de esportivo, fazendo dela a perua dos sonhos de quem aprecia ou precisa desse tipo de carroceria. E, claro, pode pagar por ela.

Fabricado em Munique, tem motor de 6 cilindros em linha, a configuração clássica da BMW, 2,5 litros de cilindrada e 4 válvulas por cilindro. É um motor que gira alto, mas que oferece muita força já em baixas rotações – e que tem um ronco vigoroso quando trabalhando em regimes acima de 4.000 rpm. A potência máxima é de 218 cv a 6.500 rpm, com torque máximo de 25,5 kgfm disponível já a partir de 2.750 rpm até 4.250 rpm.

Parte dessa característica é tributada ao sistema Valvetronic, que pela primeira vez passa a equipar os 6-cilindros BMW. É um sistema que atua servindo ao mesmo tempo como borboleta de aceleração, que deixa de existir, e variando de maneira infinita o levantamento das válvulas de admissão, otimizando a entrada de ar nos cilindros segundo as necessidades do motor. Essa avaliação é feita eletronicamente, por meio de módulo próprio para o Valvetronic. Em baixos regimes de aceleração, o levantamento das válvulas é pequeno; em altos regimes, a abertura é maior. De acordo com a fábrica, o Valvetronic também proporciona economia de 10% no consumo de combustível.

O Valvetronic trabalha em conjunto com o sistema duplo Vanos, que atua nas árvores de comando de válvulas de admissão e escapamento, de acordo com o regime de rotação do motor e a posição do pedal do acelerador. Esse sistema retarda ou adianta a abertura das válvulas, alterando, assim, a entrada de ar nos cilindros e a saída dos gases queimados Vanos é sigla de Variable Nockenwellen Steuerung, controle variável da árvore de comando de válvulas em alemão.

O que tudo isso significa, além da mencionada economia de combustível: o 325i Touring acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e atinge 243 km/h de velocidade máxima, de acordo com a BMW. Ainda segundo a fábrica, a perua leva apenas 7,9 segundos para retomar de 80 km/h para 120 km/h.

Na estrada, rodando a 120 km/h, o conta-giros repousa abaixo de 2.500 rpm. Nessa condição, o consumo aferido pelo computador de bordo é de 10 km/l. Multiplicando-se pela capacidade do tanque de combustível, de 60 litros, tem-se 600 km de autonomia. Rodando acima dessa velocidade, cai para algo em torno de 9 km/l, ou 540 km.

O nível de ruído interno é baixíssimo, permitindo viajar com muito conforto – para o que colabora o sofisticado sistema de som Hi-Fi Logic 7, oferecido de série na versão vendida no Brasil. O toca-CD lê arquivos tipo MP3 e WAV e ainda há disqueteira com capacidade para 6 discos no porta-malas. Por meio de conexão sem-fio Bluetooth, pode-se controlar o telefone celular pelo sistema de som, ou efetuar ligações e atendê-las utilizando o microfone e os alto-falantes do carro.

A versão comercializada no Brasil é oferecida penas com caixa de câmbio automática de 6 marchas e sistema Steptronic, que permite trocas manuais. Em relação à caixa anterior 5 marchas, essa nova tem relações mais baixas entre as marchas, porém com espaço mais amplo entre a primeira e a 6ª. Há três modos de operação: “D”, convencional, em que as marchas são trocadas visando economia; “S”, o esportivo, que passa a operar em regimes mais altos, garantindo respostas mais ágeis; e “M”, manual. Nesta condição o câmbio dispõe de controles eletrônicos para impedir que se selecione a marcha inapropriada para a situação – tanto em reduções quanto em aceleração, nos regimes próximos ao corte de injeção 7.000 rpm, quando efetua a troca automaticamente. Garante, no entanto, alguma liberdade ao motorista, permitindo que se retome velocidade sem trocar marcha. Pisando-se no acelerador até o final de curso, mesmo que no modo manual, o câmbio reduz até a marcha adequada para acelerar com vigor.Com 1.545 quilos de peso, distribuído próximo do ideal de 50% à frente e 50% na traseira vazio, fica em torno de 53/47, para que carregado não haja desequilíbrio, seu desempenho é irrepreensível. A performance do 325i Touring em curvas é perfeita, graças à combinação do ótimo acerto da suspensão dianteira do tipo McPherson, montada em subchassi, com braços de alumínio e barra estabilizadora; traseira do tipo multibraço, também de alumínio e com barra estabilizadora com a carroceria 25% mais rígida em comparação ao modelo anterior e aos pneus 225/45 com rodas aro 17 pol.

Sua direção é rápida, respondendo precisamente e com a assistência adequada. O volante tem empunhadura perfeita e concentra os comandos de telefone e volume do rádio. Revés: o carro é muito baixo para os “padrões brasileiro” e sofre nas lombadas; os pneus padecem do mesmo mal e qualquer buraco é uma tortura para o BMW. Os pneus são do tipo run-flat, que dispensam o estepe por serem capazes de rodar por quilômetros, a até 80 km/h, mesmo furados.

Ainda que se cometa algum abuso, entram em operação os sistemas eletrônicos de segurança: controles de tração DTC, que pode ser desativado por meio de botão no painel, estabilidade e de frenagem em curvas. O carro é equipado com sistema antitravamento dos freios ABS e tem airbags para motorista, passageiro, laterais e de cabeça dianteiros.

O visual do 325i Touring é imponente e muito bem resolvido – principalmente sua traseira. É belíssimo o conjunto ótico dianteiro, em que as luzes de estacionamento têm o formato de auréolas – daí surgiu a “praga” tuning denominada angel eyes sic. Os faróis possuem lâmpadas de xenônio no facho baixo, que podem ser adaptativos, único opcional oferecido no Brasil; no facho alto as lâmpadas são convencionais.

A perua tem 2,76 metros de distância entre eixos. Seu porta-malas tem capacidade para 460 litros, ampliáveis para 1.385 litros com os bancos rebatidos. O acesso ao compartimento pode ser feito não apenas pela tampa do porta-malas, mas também se abrindo o vidro traseiro. São vários os porta-trecos no habitáculo, que comporta muito bem quatro adultos, com espaço bom para cabeça e tronco, razoável para pernas. Mas três pessoas no banco traseiro viajam apertadas. O ar-condicionado digital possui duas zonas de resfriamento, com saída para o banco traseiro.

É também belíssimo o teto-solar, que ocupa quase toda a parte superior do carro e é dividido em duas seções. Ambas se levantam, mas só a primeira abre por completo. Seu computador de bordo dispõe de apenas três funções, sendo que o consumo instantâneo é exibido abaixo do conta-giros, em litros por 100 km.

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