BYD Dolphin Mini é o carro elétrico mais vendido do Brasil em 2025

BYD Dolphin Mini 2026: por que vende tão bem?

O subcompacto da marca chinesa é o elétrico mais vendido do Brasil e ganha atualizações na linha 2026. Confira o teste

    • Desempenho
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    • N/A
    • Consumo Gasolina
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    • Cidade: 58,6 km/litro
      Estrada: 41,9 km/litro
    • Consumo Álcool
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    • Cidade: N/A
      Estrada: N/A
    • Porta Malas
    • Porta Malas
    • 230 litros
    • Câmbio
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    • N/A
8.5

Overview

Com bom espaço interno, bela lista de equipamentos e baixo custo para rodar, o Dolphin Mini é uma bela opção de automóvel de uso urbano


  • + Espaço interno
  • + Equipamentos
  • + Autonomia
  • - Porta-malas
  • - Desempenho na estrada
  • - Falta de um pacote ADAS
 
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O BYD Dolphin Mini é um fenômeno. Muita gente ainda acha que carro elétrico é um bicho de sete cabeças. E, mesmo assim, a marca chinesa conseguiu emplacar o subcompacto entre os 30 automóveis mais vendidos do mercado brasileiro em 2025.

Foram quase 23 mil licenciamentos de janeiro a setembro. Número impressionante e que bota o elétrico urbano da BYD como o automóvel elétrico mais emplacado do Brasil. E eu vou aproveitar o teste com um exemplar da linha 2026 do modelo para responder à seguinte pergunta: afinal, por que o Dolphin Mini vende tão bem?

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O BYD Dolphin Mini ganhou a nova opção de cor azul na linha 2026
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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Teste: BYD Dolphin Mini 2026

O que mudou no Dolphin Mini 2026?

Visualmente, quase nada. A única novidade - oficial - do BYD Dolphin Mini 2026 (R$ 119.990) foi a opção de cor Azul. Oficialmente chamada de Glacier Blue, é, junto das tonalidades Apricity White (branco), Polar Night Black (preto) e Sprout Green (verde "marca-texto") uma das quatro opções de cores do Dolphin Mini aqui no Brasil.

Mas eu que testei o carro lá no lançamento do modelo - no início de 2024 - também notei outra diferença que a BYD não fez questão de divulgar: a suspensão traseira recalibrada. Enfim, o Dolphin Mini tem um conjunto mais firme e adequado às condições brasileiras. Acabou aquela história de traseira saltitante e com a sensação de amortecedores cansados.

A suspensão traseira está mais firme e mais adequada ao perfil do motorista brasileiro
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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Pequeno por fora e grande por dentro

Já que a lista de novidades da linha 2026 foi bem enxuta, então bora partir para os finalmentes. E o primeiro forte argumento de vendas do modelo é o espaço interno.

O BYD Dolphin Mini é um típico subcompacto. Mede 3,78 m de comprimento, 1,72 m de largura, 1,58 m de altura e tem entre-eixos de 2,50 m. É maior que um Fiat Mobi e ocupa praticamente o mesmo espaço no estacionamento que um Renault Kwid.

Mesmo assim, é impressionante o trabalho que a BYD fez de aproveitamento de espaço. A cabine do Dolphin Mini é surpreendentemente ampla para um automóvel tão compacto. Com o piso plano e um console vazado, a área disponível para as pernas no banco traseiro é melhor que a de alguns carros maiores.

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    O BYD Dolphin Mini surpreende com o bom espaço para as pernas no banco traseiro
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Em resumo: é possível levar quatro adultos com relativo conforto no Dolphin Mini. Principalmente se essas pessoas tiverem menos de 1,70 m de altura. Aliás, diferentemente do carro lá do lançamento, o banco traseiro agora tem cintos de segurança para levar três pessoas. No aperto, por conta da carroceria estreita. Mas caber, cabem.

    Mas é a tal da história do cobertor curto. Se o espaço para os passageiros é bem amplo, o porta-malas tinha que ser pequeno. No Dolphin Mini, o bagageiro tem capacidade de apenas 230 litros. Maior que o de um Mobi. Mas ainda menor que o dos hatches compactos.

    Mais por menos

    Além do espaço interno, outro ponto que em que o BYD Dolphin Mini impressiona é no clima da cabine, que está bem longe da monotonia e simplicidade esperados em um subcompacto.

    As linhas ousadas, os bancos dianteiros com desenho esportivo e os apliques de material macio ao toque no painel, nas laterais das portas e até no console central fazem com que o subcompacto da marca chinesa pareça mais caro do que realmente é, e fique um nível acima de boa parte dos modelos na faixa até R$ 120 mil.

    Além disso, o Dolphin Mini é silencioso e tem um sistema de ar-condicionado extremamente eficiente. Tão potente que você acha que um pinguim vai brotar do porta-luvas e acenar com as nadadeiras, já que consegue ser gelado em boa parte da escala de temperaturas.

    A lista de equipamentos também é bem completa. De série, além do ar-condicionado, o Dolphin Mini tem seis airbags, chave presencial, bancos de couro com ajustes elétricos para o motorista, faróis de LED com acionamento automático, painel digital configurável, multimídia com tela de 10,1 polegadas, câmera 360°, sensor de estacionamento traseiro e seletor de modos de condução.

    Só senti falta de um pacote ADAS com frenagem autônoma e controlador de velocidade adaptativo. Mas essa é uma ausência até que perdoável. Pelo menos o controlador automático de velocidade de cruzeiro está presente.

    Um urbanóide por natureza

    Equipado com um motor de 75 cv de potência e 13,8 kgfm de torque, o BYD Dolphin Mini acelera de zero a 100 km/h em 14,9 segundos e chega a 130 km/h de velocidade máxima. Não é um foguete, mas consegue enfrentar uma viagem rodoviária com certa tranquilidade.

    O problema é que o Dolphin Mini se sente um estranho no ninho em altas velocidades. A combinação da carroceria alta e estreita com os pneus relativamente finos - na medida 175/55 R16 - fazem com que o carro balance de um lado para o outro naquelas típicas manobras rápidas para desviar de um objeto na pista.

    A cabine agrada pelo visual arrojado e pelo acabamento acima da média
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Esse comportamento ficou menos evidente com a suspensão recalibrada na traseira e está longe de oferecer perigo aos ocupantes. Mas não e algo que se vê em outros compactos mais baixinhos.

    E outro ponto é o consumo de energia. Com uma bateria de 38 kWh, a autonomia divulgada pelo Inmetro para o Dolphin Mini é de 280 quilômetros. O problema é que - diferentemente dos carros a combustão -, é na estrada que um elétrico consome mais. E aí, você percebe que a carga está acabando mais rápido que deveria.

    A coisa muda de figura na cidade. O Dolphin Mini agrada pela boa agilidade nas saídas de semáforo - principalmente com o modo de condução Sport acionado - e é surpreendente como o raio de giro do subcompacto da BYD é pequeno. O que facilita bastante as manobras em espaços mais apertados.

    O porta-malas, para 230 litros, é bem menor que o dos hatches compactos
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Apesar da suspensão traseira recalibrada ter deixado o Dolphin Mini bem mais firme, o carrinho da BYD ainda é confortável mesmo naquelas ruas com pavimento no padrão Brasil. Você sabe muito bem do que eu estou falando.

    E como os freios regenerativos atuam frequentemente no anda e para das cidades, o consumo de eletricidade cai e você consegue tranquilamente rodar mais de 300 quilômetros sem parar para recarregar.

    Quanto custa recarregar o BYD Dolphin Mini?

    Aproveitei que precisava fazer uma parada para recarregar o BYD Dolphin Mini e resolvi fazer um teste na prática: quanto custa e quanto tempo leva para recarregar a bateria de 20% a 100% em um eletroposto.

    Estacionei o carro numa estação de recarga da Tupi em Santo André, no ABC paulista, com 21% de carga e autonomia restante de 81 quilômetros no painel.

    Para quem não sabe, os carregadores rápidos nos eletropostos são a forma mais rápida de carregar a bateria de uma automóvel elétrico. Mas também a mais cara.

    O Dolphin Mini é compatível com carregadores rápidos
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    A carga completa da bateria levou uma hora. Achou muito? Pois eu não. Ainda mais considerando que o carregador reduz a potência de carga a partir dos 80% justamente para reduzir as chances de danos na bateria.

    Com a bateria "cheia", o indicador de autonomia passou a acusar 380 quilômetros. Valor bem maior que o alcance oficial. Mas que é explicado justamente pelo fato de o padrão de medição do Inmetro ser bem conservador. Na prática, é possível rodar tudo isso, sim. Desde que você não bote o carro na estrada.

    Com bateria completa, o indicador de autonomia mostra um alcance bem maior que o oficial
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Divagações sobre a autonomia à parte, o mais bacana foi o valor que eu paguei por esses 300 quilômetros de alcance: mesmo estando plugado em um eletroposto, gastei exatos R$ 77,52. E você? Quanto precisa desembolsar para rodar tudo isso com o seu automóvel a combustão?

    Antes que o leitor me responda, resolvi fazer uma conta de padaria aqui. Um dos carros flex mais econômicos do Brasil, o Chevrolet Onix Plus 1.0 aspirado, registra média de consumo urbano de 13,9 km/l e é equipado com um tanque de 44 litros.

    Considerando que o preço médio da gasolina comum - medido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) - na cidade de São Paulo é de R$ 6,16, eu teria que desembolsar R$ 132,94 para rodar os mesmos 300 quilômetros.

    O baixo custo de rodagem é um dos atrativos do subcompacto da BYD
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Barato de rodar

    E isso nos leva a outro ponto que explica o sucesso do Dolphin Mini no Brasil. O fato de ser um carro barato para rodar. Além de cobrar pouco na recarga mesmo em um caro eletroposto, o subcompacto da BYD também tem um baixo custo de manutenção.

    A BYD prevê revisões a cada 20 mil quilômetros ou 12 meses. Para fazer as manutenções obrigatórias até os 60 mil quilômetros - ou três anos de uso -, o proprietário terá que desembolsar R$ 1.760.

    Só para comparar: o custo das três primeiras revisões em um Mobi Like - um dos carros mais baratos do Brasil - é de R$ 2.077. Mas aqui vale um adendo: o plano de manutenção do subcompacto da Fiat prevê checagens obrigatórias a cada 10.000 quilômetros. Logo...

    E o seguro? Fiz a cotação no Auto Compara e o valor da cobertura completa oscilou entre R$ 2.243,30 e R$ 5.979,11. Mais uma vez, valores compatíveis com o preço de mercado desse carro aqui. Lembrando que a cotação foi feita no perfil de um homem, de 38 anos, casado e morador da cidade de São Paulo. E sem descontos ou bônus que ajudariam a baixar o preço.

    A garantia do Dolphin Mini é de 6 anos sem limite de quilometragem (uso particular) ou 2 anos ou 100.000 quilômetros (uso comercial). Já a cobertura para a bateria motriz é de oito anos.

    O Dolphin Mini é uma bela opção de compra para quem precisa de um automóvel urbano
    Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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    Quando vale a pena comprar um Dolphin Mini?

    Respondendo à pergunta do título deste texto, o bom espaço interno, a cabine confortável, a boa lista de equipamentos e, principalmente, o baixo custo de rodagem, ajudam a explicar como o BYD Dolphin Mini está se saindo tão bem no mercado brasileiro.

    Mas esse é um carro que serve para qualquer um? Obviamente que não. Diria que essa é uma compra interessante para quem está em busca de um segundo carro ou que não se importa de levar um automóvel que entrega o seu melhor apenas na cidade.

    Ah, e o mais importante de tudo: você precisa ter um carregador do tipo Wallbox em casa. Fundamental para não ficar 100% dependente dos eletropostos. Afinal, a meta e rodar gastando quase nada, não é mesmo?

    Ancora: Conclusão Score

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      Ficha Técnica

      BYD - DOLPHIN MINI - 2025
      38 KW ELÉTRICO 5L
      R$ 122800

      Motor / Desempenho / Consumo +

      • Combustível (comercial)
      • Elétrico
      • Potência Motor Elétrico (cv)
      • 75
      • Torque Motor Elétrico (kgfm)
      • 13,76
      • Velocidade máxima (km/hora)
      • 135
      • Aceleração 0-100 km/h (segundos)
      • 14,9
      • Consumo cidade (km/litro) - Combustível 1
      • 58,6
      • Consumo estrada (km/litro) - Combustível 1
      • 41,9
      • Fonte consumo
      • INMETRO
      • Autonomia (km)
      • 340
      • Autonomia secundária (km)
      • 280

      Transmissão +

      • Transmissão
      • Automática
      • Número de marchas
      • 1
      • Localização do câmbio
      • Console
      • Tração
      • Dianteira

      Freios / Suspensão / Direção +

      • Freios dianteiros
      • Disco ventilado
      • Freios traseiros
      • Disco sólido
      • Freio de estacionamento
      • Eletrônico
      • Freios regenerativos
      • Sim
      • Suspensão - Dianteira
      • McPherson
      • Suspensão - Molas dianteiras
      • Helicoidal
      • Suspensão - Traseira
      • Eixo de torção
      • Suspensão - Molas traseiras
      • Helicoidal
      • Direção - Assistência
      • Elétrica
      • Direção - Ajustes
      • Altura e profundidade

      Dimensões e Capacidades +

      • Comprimento (mm)
      • 3780
      • Largura (mm)
      • 1715
      • Altura (mm)
      • 1580
      • Entre-eixos (mm)
      • 2500
      • Altura em relação ao solo (mm)
      • 110
      • Diâmetro de giro (mm)
      • 4950
      • Capacidade da bateria (KWh)
      • 38
      • Capacidade do porta-malas (litros)
      • 230
      • Peso bruto (kg)
      • 1568
      • Peso líquido em ordem de marcha (kg)
      • 1239

      Tecnologia / Conectividade +

      • Sistema de áudio - Tipo
      • Multifunções
      • Sistema de áudio - Nomenclatura (comercial)
      • ICS (Intelligent Cockpit System)
      • Bluetooth
      • Função Streaming
      • Comando de voz
      • Sim
      • Wi-Fi
      • Sim
      • Carregador de smartphone por indução
      • Sim
      • Tela de entretenimento - Tamanho da tela (pol.)
      • 10,1
      • Tela de entretenimento - Espelhamento com smartphone
      • Apple CarPlay + Google Android Auto
      • Tela de entretenimento - Navegação (GPS)
      • Via espelhamento (smartphone)
      • Controle de áudio
      • No volante
      • Alto-falantes - Quantidade
      • 4

      Rodas e Pneus +

      • Tipo de roda - Tipo de roda
      • Liga leve
      • Tipo de roda - Design/cor
      • Customizada
      • Dianteira - Aro (pol.)
      • 16
      • Dianteira - Pneus (largura/perfil/aro)
      • 195/60
      • Traseira - Aro (pol.)
      • 16
      • Traseira - Pneus (largura/perfil)
      • 195/60
      • Estepe
      • Convencional

      Garantia +

      • Garantia total do veículo - Duração (meses)
      • 72
      • Garantia da bateria - Garantia da bateria - Duração (meses)
      • 96
      • No Bolso8.9
      • Tecnologia8.8
      • Vida a bordo8.3
      • Desempenho8.0
      • Opinião do repórter8.7
      • + Espaço interno
      • + Equipamentos
      • + Autonomia
      • - Porta-malas
      • - Desempenho na estrada
      • - Falta de um pacote ADAS
       
      8.5

      • Evandro Enoshita
      • Com 38 anos e apaixonado por carros desde sempre, atuo há mais de dez anos no segmento automotivo. Além da Webmotors, já passei por publicações como a revista Motor Show e o portal iG.
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      Tags:BYD
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