Camaro abandona teto e fica mais chamativo

Chevrolet mantém motor V8 de 406 cv e desempenho a partir de R$ 239.900


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Ricardo Sant'Anna
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Desde que chegou ao Brasil há três anos, o Camaro se tornou sonho nas mais variadas faixas etárias. De crianças que o viram pela primeira vez aos mais velhos que um dia andaram na primeira geração. O visual retrô é, sem dúvidas, o grande responsável por isso. No entanto, faltava um algo a mais, ou melhor dizendo, um algo a menos: a versão sem teto rígido, conversível. Ela chega neste mês, apos a reestilização e custando R$ 239.900.

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A diferença não fica apenas nos R$ 17.900 a mais relação ao cupê. WebMotors rodou por cerca de 150 km a bordo do esportivo no litoral de São Paulo. Mas não demos sorte, ao menos no tempo, já que choveu durante a maior parte do tempo. Isso não impediu o teste de abertura da capota, que começa de uma maneira rústica até demais para um carro desta faixa de preço.


O primeiro passo é girar uma trava localizada próxima ao para-brisa. Dos dois modelos avaliados, um exigiu uma força até incomoda. Após isso, basta apertar o botão e aguardar 20 segundos para que ela seja recolhida. Feito isso, é necessário pegar uma capa de proteção localizada no porta-malas, para cobrir os mecanismos.


Para fechar, basta fazer todo o procedimento inverso. Novamente, a trava final causa algum desconforto pela força exigida e também pelo jeito, até que o teto se encaixe na posição correta. Vale lembrar que só é possível abrir ou fechar o teto com o carro parado e o câmbio na posição P (Parking).


A perda do teto acrescentou peso ao Camaro, que está 126 kg mais pesado por conta da nova estrutura adotada na carroceria para manter a rigidez do modelo. Segundo a Chevrolet, o modelo ganhou reforço em quatro pontos principais, dentre eles o assoalho central. Além disso, houveram reforços na estrutura do para-brisa e nas colunas laterais. Tudo isso gerou, de acordo com a marca, um melhor desempenho em vibração de carroceria e direção.


O modelo chega com o mesmo motor V8 4.6 do cupê, capaz de render 406 cv a 5.900 rpm de potência e 56,7 kgfm de torque a 4.600 rpm. E no quesito desempenho, ambos são muito parecidos. Apenas quem tiver uma direção muito apurada poderá perceber grandes diferenças num modelo que tem uma direção bastante peculiar. Isso porque devido ao grande tamanho, o Camaro é o carro estilo “barca”, que parece flutuar numa estrada em alta velocidade.


A visibilidade também continua ruim por conta dos vidros curtos, que privilegiam o estilo em detrimento da utilidade. Mas no quesito ronco, há evolução óbvia com a capota baixa. É possível ouvir muito melhor o ronco encorpado do V8, que junto do visual é o ponto mais forte do Camaro. O conversível mantém inclusive a boa relação custo/cavalo do cupê, sendo R$ 595 por 1 cv.


A montadora espera vender até 100 unidades do conversível até o final do ano, ou cerca de 10% do mix total do Camaro, que vende cerca e 1000 unidades anuais. E quem é o público do conversível? O mesmo do cupê, mas com uma vontade a mais, de acordo com vice-presidente da General Motors do Brasil, Marco Munhoz. “Quem tem o Camaro, gosta de dizer que tem. E quem comprar este aqui é porque quer ainda mais ser visto por quem está de fora”.

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