Chevrolet altera detalhes do Captiva para enfrentar concorrência

Hoje a briga é mais acirrada. Chegaram desde o luxuoso BMW X1 e os belos coreanos Kia Sportage e Hyundai ix35


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- Nos últimos meses, o segmento de crossovers e SUVs médios é um dos que mais recebe novos representantes. Para se ter ideia, há um ano reinavam soberanos modelos como Honda CR-V, Toyota RAV4, Hyundai Tucson e Chevrolet Captiva. Hoje a briga é mais acirrada. Chegaram desde o luxuoso BMW X1 e os belos coreanos Kia Sportage e Hyundai ix35, passando pelo tecnológico Peugeot 3008 e o versátil Dodge Journey. E, para prevenir uma queda de participação em um nicho que vendeu cerca de 9 mil carros em março, a Chevrolet resolveu atualizar o seu representante.

Como esteticamente o carro ainda é bem atual, as mudanças foram primariamente mecânicas. A variante de entrada, a Ecotec, equipada com motor 2.4, ganhou injeção direta de combustível e com isso, um fôlego extra. Agora são 185 cv de potência, um aumento de 15 cv em relação à linha 2010. Essa configuração também passa a receber uma transmissão automática de seis velocidades, aposentando o ineficiente câmbio de apenas quatro velocidades. A topo de linha também teve grandes mudanças no motor. O 3.6 V6 foi substituído por um propulsor menor, de 3.0 litros, mas também com seis cilindros em "V". Mesmo assim, potência subiu 7 cv, alcançando os 268 cv. Já o torque caiu, de 32,9 kgfm para 30,0 kgfm a 5.100 rpm.

Quem procurar diferenças estéticas no exterior da Captiva 2011 vai demorar achar. A única foi reservada para o modelo mais potente da gama, e se resume à volta das rodas de liga leve cromadas. Por dentro, a Chevrolet também foi conservadora, mas instalou um freio de estacionamento elétrico, painel com cores mais escuras e iluminação azulada no painel de instrumentos, seguindo a linha do resto da marca. O rádio agora passa a contar com entrada USB, além da auxiliar que já equipava o modelo no ano passado.

Não existem opcionais na linha Captiva. A Ecotec 2.4 vem de série com airbags frontais, laterais e de cortina, ABS, controle de tração, ESP, ar-condicionado manual, direção hidráulica, computador de bordo, trio elétrico e cruise control com comandos no volante e parte de R$ 90.299. A configuração com motor V6 e tração dianteira ainda adiciona sensor de chuva, sistema de partida remota, ajuste lombar do banco do motorista, bancos dianteiros com aquecimento e rodas de liga leve cromadas de 17 polegadas, por R$ 96.774. A topo de linha, a testada V6 AWD, recebe também câmara de ré com display no retrovisor interno e som premium com 10 alto falantes e custa R$ 100.774.

E, dentro da configuração mais cara da Captiva, existem muitos concorrentes diretos. Desde crossovers urbanos como o Peugeot 3008, com preço de R$ 87.900 mil, BMW X1, que parte de R$ 115.930, até modelos de tração integral como Mitsubishi ASX 4X4, por R$ 98.990, Toyota RAV4 4X4, com valores de R$ 107 mil e Honda CR-V 4X4, por R$ 99.880.

Ponto a ponto
Desempenho – O motor 3.0 V6 da Captiva parece "enganar" o motorista. Isso porque quando se pisa fundo no pedal do acelerador, o torque de 30,0 kgfm só aparece aos 5.100 giros. E mesmo assim não chega a empurrar o motorista contra o banco. No entanto, uma olhada no velocímetro mostra que o carrão de 1.804 kg é um modelo ágil, com aceleração a 100 km/h em um tempo um pouco acima dos 9 segundos. Grande parte do bom desempenho é por causa do bom câmbio automático de seis marchas, bem escalonado e suave nas trocas. Nota 8.

Estabilidade – O Captiva é um carro com uma suspensão acertada, mas não dá para fazer milagres. Ele é um SUV pesado, com mais de 1,70 metro de altura e isso é diretamente sentido na hora de uma condução mais esportiva. Nessas situações a carroceria aderna consideravelmente, mesmo com a tração integral. Pelo menos, em casos extremos, estão lá o ESP e o controle de tração para evitar o pior. Por outro lado, o Chevrolet é um modelo correto nas retas e a comunicação entre rodas e volante é precisa até a faixa 140 km/h. Nota 6.

Interatividade – Ponto para o computador de bordo, com diversas funções, que mostra inclusive a pressão dos pneus. Além disso, o volante conta com comandos do sistema de som, e da conectividade com o celular. Já o câmbio automático é estranho. Até existe uma tecla para fazer as trocas manualmente, mas ela fica posicionadas na alavanca da transmissão, um lugar pouco usual e intuitivo. Nota 7.

Consumo – O Chevrolet Captiva V6 AWD continua "beberrão". Ele conseguiu uma média ruim de 5,0 km/l com gasolina em uso 2/3 na cidade e 1/3 na estrada. Nota 5.

Conforto – É aqui que o Captiva se destaca. A suspensão tem acerto voltado nitidamente para o conforto. Com isso, as esburacadas ruas brasileiras são superadas sem maiores dificuldades. O ótimo espaço interno ajuda a passar uma boa sensação aos ocupantes. A direção também é leve, favorecendo o conforto. O ponto negativo fica por conta dos bancos de couro, que quase não têm apoios laterais. Nota 8.

Tecnologia – Na linha 2011, o Captiva chegou com duas mudanças interessantes. A adoção da transmissão de seis marchas para toda a linha – que, em 2010, só estava na variante V6 – e do moderno motor V6 de 3.0 litros com injeção direta. O propulsor perdeu tamanho na virada de ano – tinha 3.6 litros em 2010 – mas mesmo assim ganhou potência. O modelo também é recheado de equipamentos, como computador de bordo completo e um rádio cheio de funções. Nota 8.

Habitabilidade – Outro boa qualidade do SUV da Chevrolet. As grandes dimensões do Captiva ajudam a entrar e sair do veículo. As portas também são amplas, o que auxiliam no acesso. Existe uma boa quantidade de porta-objetos no interior do modelo. Destaque para um compartimento sob os porta-copos que tem bom espaço e também abriga a entrada USB do rádio. O porta-malas é muito espaçoso – com 821 litros – e a abertura da tampa permite um bom acesso. Além disso existe um sistema de trilhos e redes que permite dividir o espaço do compartimento. Nota 8.

Acabamento – O interior do Captiva é correto. O acabamento de couro é de ótima qualidade e se espalha por boa parte do habitáculo. O painel também é bem feito e é emborrachado na parte superior. Os puxadores internos das portas são cromados, ajudando a passar uma imagem de requinte ao SUV. O console central, no entando, é feito de plástico rígido, o que deixa a desejar para um carro da categoria do Captiva V6. Nota 7.

Design – De novidade para a linha 2011, o Captiva V6 AWD só recebe – mais uma vez – as rodas de liga leve com detalhes cromados. No resto, o mesmo SUV de aspecto imponente que já era vendido. Destaque, portanto, para a dianteira com os faróis grandes e a grade com a já conhecida identidade visual da Chevrolet. Nota 7.

Custo/Benefício – Pela configuração topo de linha do Captiva, a Chevrolet cobra R$ 100.774, sem opcionais e com a tração integral já inclusa. Os rivais com 4X4 são o recém-chegado Mitsubihi ASX, por R$ 98.990, o Honda CR-V, por R$ 99.880, e o Toyota RAV4, por R$ 107 mil, ambos com motor de apenas quatro cilindros em linha. Nota 8.

Total – O Chevrolet Captiva V6 AWD somou 72 pontos em 100 possíveis.

Impressões ao dirigir - Mecânica distinta

As atualizações mecânicas promovidas pela General Motors em seu crossover são contrastantes, principalmente no que diz respeito ao motor. O novo propulsor 3.0 V6 da versão topo de linha ganhou potência em relação ao antigo 3.6 V6 – são 7 cv a mais –, mas o torque caiu. E, em se tratando de um carro pesado, de mais de 1.800 kg, esse é um ponto que prejudica as acelerações e retomadas do modelo.

Na prática, o Captiva V6 chega a ser um carro ágil e não tem problemas no trânsito urbano. M as não chega a incentivar ao motorista pisar mais fundo no pedal do acelerador. A transmissão de seis velocidades encaixa bem com o motor e funciona de maneira suave, mas as teclas para a troca de marchas de maneira manual poderiam ser mais bem colocadas. O câmbio também conta com a função ECO, que troca as marchas em rotações mais baixas para melhorar o consumo de combustível. Mas o seu uso parece ser em vão. O consumo anunciado pelo computador de bordo foi de elevados 5,0 km/l.

No resto, o Captiva V6 AWD 2011 é quase o mesmo modelo do ano passado. Portanto, destaque para o habitáculo com ótimo espaço interno para cinco adultos – apesar de o quinto ocupante não contar com apoio de cabeça. O acabamento interno é de boa qualidade, principalmente na parte superior do painel, emborrachada, mas o console central poderia ter recebido um plástico de melhor qualidade. Por dentro, as alterações da linha 2011 se resumem ao painel de instrumentos, na cor Ice Blue, como no resto da gama da Chevrolet, e pelo freio de estacionamento elétrico, que abre mais espaço para porta-objetos. Mudanças apenas pontuais para um bom carro, mas que enfrentará dura briga dentro de um segmento cheio e variado.

As opiniões expressas nesta matéria são de responsabilidade de seu autor e não refletem, necessariamente, a opinião do site WebMotors

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