Chevrolet Corsa 1.4 Maxx tem no preço seu trunfo

Bom conjunto e disposição do motor se aliam a valor extremamente competitivo


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Gustavo Ruffo
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- O Corsa é um caso emblemático para a Chevrolet. Além de ter sido rápida em perceber que o motor 1,4-litro beneficiaria e muito seu compacto premium, a empresa o lançou a um preço excelente. Com o espaço interno que oferece, o hatch custa meros R$ 30,99 mil em sua versão básica, a Maxx, avaliada pelo WebMotors.

Em termos de tamanho, os concorrentes diretos do Corsa, mesmo, são o recém-lançado Fiat Punto, que começa em R$ 37,99 mil, o VW Polo 1.6, que sai por R$ 40.645, mas vem com ar-condicionado e direção hidráulica de série, o Citroën C3 GLX 1.4, também bastante completo, por R$ 40.975, e o Fiesta, que parte de R$ 34.845. Como se vê, todos muito mais caros que o premium da Chevrolet.

A Volkswagen poderia facilmente equilibrar a briga e entrar na disputa com o Corsa por meio de um Polo 1.4, motor que já equipa a Kombi. É pena que a empresa insiste em não oferecer no Brasil essa versão. Não é à toa que a marca, uma vez líder absoluta de mercado, perdeu espaço. E pode continuar a perder, se não for mais ágil.

Por conta de seu preço, o concorrente mais direto do Corsa é um carro de segmento inferior, o Palio ELX 1.4, que também acaba sendo mais caro: começa nos R$ 32,51 mil. O mesmo vale para o Peugeot 206 Sensation, que custa R$ 33,05 mil e tem espaço interno e de porta-malas ainda menores que os do Palio.

O problema do Chevrolet é que, por esse valor, ele vem sem absolutamente nada que não seja motor, bancos e volante. Se o motorista quiser direção hidráulica, pagará R$ 32,69 mil. Se quiser ar, sem direção, vai ter de tirar do bolso R$ 34,49 mil. Para ter ambos, o valor é R$ 36,19 mil.

O Palio ELX, também com ar e direção, mantém a diferença de preço de cerca de R$ 2.000: R$ 38.299. Já o Peugeot, adequadamente, só oferece direção e ar-condicionado em uma versão superior, a Presence. O preço é que não é tão adequado: R$ 39,75 mil.

A favor do Fiat e do Peugeot estão a trava e os vidros elétricos, oferecidos no Corsa apenas como acessórios, uma prática que beneficia o concessionário, mas prejudica o consumidor. Em compensação, travas e vidros nunca superam os R$ 1.000, quando instalados. O Corsa continua em plena vantagem, pelo menos na hora da compra. Na venda, como se sabe, os itens instalados como opcionais não aumentam o valor do carro, servindo apenas para tornar a venda mais fácil.

Seja como for, o Corsa adota uma estratégia inteligente, de oferecer ao consumidor um carro mais espaçoso pelo valor de um mais apertado, a mesma que a Renault usou com o Logan e que a própria Chevrolet aplicou a seu sedã de luxo, o Omega. Para quem tem família grande, seja em número ou em altura, o Corsa é um excelente negócio, e isso apenas do ponto de vista econômico.

Melhor ainda andando

Em movimento, porém, é que o compacto premium com preço de popular mostra que merece bastante atenção do consumidor. Sua suspensão, muito bem acertada, absorve bem as irregularidades do piso, infelizmente comuns, e segura bem o carrinho em curvas, para o que contribui, e muito, seu subchassi dianteiro.

Apesar de já bem conhecido do público, o Corsa ainda é um carro atual, para os padrões brasileiros. Pena foi ele não ter mantido o mesmo desenho do europeu, que o identificava mais com o modelo antigo. Querendo se parecer com o Astra, acabou não sendo tão bonito quanto poderia. Nem tão original.

Espaçoso, o Corsa tem 2,49 m de entreeixos, contra 2,37 m do Palio, por exemplo. São 12 cm que fazem a diferença para as pernas de quem anda atrás e facilitam a vida de quem anda na frente, que não tem de ficar puxando o banco para a frente para não parecer egoísta.

O porta-malas é que poderia ser maiorzinho. Com apenas 260 l, ele é 30 l menor que o do Palio e apenas 15 l maior que o do Peugeot 206. O do Citroën C3 e o do Ford Fiesta são de bons 305 l.

No que se refere à dirigibilidade, o destaque fica para o câmbio, de engates extremamente precisos. Dá gosto guiar o Corsa: ele responde com precisão aos comandos do motorista e o motor 1,4-litro, se não é esportivo, também não nega força, apesar de ter concepção antiquada, como todos os motores da GM fabricados no Brasil. Mais do que mexer no que já existe, a marca bem que poderia estrear uma nova família de propulsores por aqui, como os Ecotec europeus.

Um dos sinais mais característicos de que um motor é GM é sua lentidão em subir de giro. Não pense que ele não responde: mesmo com rotações baixas o carro se move, ainda que pareça que pode morrer. Isso se deve ao bom torque do Econo.Flex, de 13,4 kgm quando abastecido com álcool. Mas que o motor podia girar um pouco mais alto, podia.

Pesados prós e contras, o que o Corsa 1.4 Maxx oferece é um carro simples, sim, mas extremamente interessante tanto do ponto de vista econômico quanto do de dirigibilidade. Se você estiver pensando em um carro na faixa dos R$ 30 mil, vale fazer uma visita à concessionária Chevrolet mais próxima, nem que seja apenas para matar a curiosidade.

FICHA TÉCNICA – Chevrolet Corsa 1.4 Maxx


MOTOR Quatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, duas válvulas por cilindro, refrigeração a água, 1.389 cm³
POTÊNCIA105 cv a álcool e 99 cv a gasolina a 6.000 rpm
TORQUE 13,4 kgm a álcool e 13,2 kgm a gasolina a 2.800 rpm
CÂMBIO Manual de cinco velocidades
TRAÇÃO Dianteira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 14”
PNEUS Dianteiros e traseiros 175/65 R14
COMPRIMENTO 3,83 m
ALTURA 1,43 m
LARGURA 1,65 m
ENTREEIXOS 2,49 m
PORTA-MALAS 260 l
PESO em ordem de marcha 1.026 kg
TANQUE44 l
SUSPENSÃO Dianteira independente, tipo McPherson; traseira com barra de torção
FREIOS Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira
PREÇO R$ 30,99 mil


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Ford Fiesta

VW Polo

Citroën C3

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