Chevrolet S10 evolui na medida certa

Destaque para novo motor 2.5 Flex com injeção direta de combustível e 206 cv


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Para agradar a gregos e troianos - àquelas que a utilizam para o trabalho pesado ou apenas para o lazer -, a Chevrolet promoveu importantes mudanças técnicas na linha 2015 da S10, picape que chega às concessionárias em 14 versões e preços a partir de R$ 69.800. Entre as principais alterações, destaque total para o novo motor 2.5 Flex de injeção direta de combustível (quatro cilindros), capaz de gerar 206 cv de potência e 27,3 kgf.m de torque, quando abastecido com etanol, e que o WebMotors teve a oportunidade de rodar pela região de Foz do Iguaçu, no Paraná.

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Este novo propulsor tem como base o 2.5 Ecotec utilizado pela Captiva, mas com muitas melhorias focadas em reduzir os índices de emissões e consumo, como duplo comando de válvula continuamente variável. De acordo com a marca, este propulsor por ser até 6% mais econômico que o 2.4 Flex, que continua sendo ofertado, assim como o 2.8 a diesel.

“Hoje, desempenho sem eficiência não adianta”, afirmou Paulo Riedel, diretor de Powertrain da marca, que destacou que a adoção de injeção direta de combustível eliminou, por exemplo, a necessidade do famoso tanquinho, utilizado para as partidas a frio.

Este motor é ofertado apenas com transmissão manual de seis marchas. Há duas opções de acabamento (LT ou LTZ) e de tração (4x2 ou 4x4), mas apenas uma de cabine (dupla). A configuração avaliada foi a LTZ 4x4 (seletor eletrônico de tração), que custa R$ 103.700.

VISUAL

Logo de cara, a S10 2015 não impressiona. E isso por um simples motivo: esteticamente, a picape não passou por alterações. Algo, no entanto, que não a desabona, afinal, em 2012 ela passou por uma reestruturação de para-choque a para-choque e que, admitimos, ainda está bem atual – ao contrário de Nissan Frontier, Toyota Hilux…

Por dentro, ao contrário, algumas novidades pontuais foram incorporadas. Nada, porém, revolucionário. Destaque apenas para os novos materiais utilizados, já que o design de painel, console e painel central foram mantidos os mesmos. O acabamento continua acima da média, com peças bem encaixadas e sem rebarbas, algo que deve ser obrigação para um veículo acima de R$ 100.000, convenhamos.

Com relação aos itens de série, a S10 2.5 Flex LTZ é bem completa, oferecendo direção hidráulica, ar-condicionado digital (poderia ser de duas zonas), computador de bordo, controlador de velocidade, bancos revestidos em couro, rodas de liga leve de 17 polegadas, computador de bordo, volante multifuncional, central de entretenimento MyLink com tela sensível ao toque, navegação GPS, sensor de estacionamento traseiro, airbag duplo frontal e freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem).

Em termos de eletrônica, a picape oferece controles de tração, estabilidade e balanço de reboque. Assistentes de partida em rampa e de descida estão inclusos no pacote tecnológico.

RODANDO

A posição ao volante da S10 não é das mais confortáveis. Com o assento elevado e a baixa amplitude da regulagem de altura (fica devendo profundidade) da coluna de direção, o volante fica muito baixo, próximo das pernas. Nem mesmo abaixando o máximo possível a altura do assento – a regulagem é elétrica -, a postura fica ideal. O volante tem boa empunhadura, e o câmbio está bem posicionado, estando à mão do condutor.

Rodando, o novo motor deixa a S10 muito agradável e suave, sem, porém, perder a robustez que uma picape pede. As acelerações acontecem de forma gradativa. Ponto positivo para o escalonamento das primeiras marchas, que permite que os 27,3 kgfm de torque máximo – disponível a 4.400 giros – esteja sempre à disposição para as retomadas. Trafegando a 120 km/h, o conta-giros estaciona na casa de baixos 2.800 rpm.

Impressiona o silêncio no interior. Com todo revestimento acústico reforçado, o barulho do motor que anteriormente invadia o habitáculo, agora não incomoda mais. O som do vento externo também melhorou, mas ainda continua perceptível – nada, porém, que cause desconforto ou obrigue os ocupantes levantar o tom de voz para conversar.

Em comparação à S10 2014, a principal evolução, no entanto, está no comportamento da suspensão. Antes molenga demais, o que causava grande desconforto em curvas acentuadas e frenagens bruscas devido à inclinação acentuada da carroceria, agora o conjunto está bem mais firme, sem, no entanto, apelar para o desconforto. “Vocês (jornalistas) andaram com a caçamba vazia, mas quando se transporta 500 kg, 700 kg, o comportamento permanece o mesmo”, revelou William Bertagni, vice-presidente de Engenharia.

A S10 por nós avaliada, tem caçamba de 1.520 litros e é capaz de transportar até 771 quilos.  

CONCLUSÃO

Tecnicamente a Chevrolet S10 2015 evoluiu de uma maneira objetiva e nítida aos olhos do consumidor com a adoção deste novo motor – e moderno – motor 2.5 bicombustível. Torna-se uma excelente opção, especialmente para aqueles que utilizam a picape nos centros urbanos. Para o trabalho, as configurações com motor 2.4 Flex (para quem não tem muito dinheiro para investir) e 2.8 a diesel (para quem precisa de mais força) continuam sendo alternativas mais interessantes. A S10 tem tudo para se consolidar ainda mais como líder entre as picapes grandes.

Consulte preços da Chevrolet S10 na Tabela Fipe WebMotors.

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