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Chevrolet Tracker e Honda Civic disputam o mesmo bolso

Apesar de terem carrocerias bem diferentes, os dois modelos são opções para quem tem R$ 85 mil para gastar


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Comparar um SUV compacto, no caso o Chevrolet Tracker, a um sedã médio, o Honda Civic, a princípio parece sem propósito. Porém, um olhar mais minucioso revela semelhanças. Os dois investiram em design, estão no mercado há pouco tempo em suas gerações atuais, buscam atrair famílias jovens e são recheados em equipamentos de série. Até na parte mecânica trazem similaridades.

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Além disso, não se pode deixar de fora um dos pontos principais do embate, o preço. O Tracker, na versão LTZ, sai por R$ 79.990  e chega aos R$ 84.990 com teto solar e os airbags laterais. Já o Civic EXR é oferecido por R$ 83.990. Uma diferença de apenas R$ 1.000 em suas configurações mais completas. Ou seja, quem busca comprar um carro zero km nesta faixa de preço já deve ter batido os olhos em Chevrolet Tracker e Honda Civic.

No espaço interno, ambos servem bem a uma família de quatro pessoas. Cada um a seu estilo, é verdade. O Honda leva ligeira vantagem nas dimensões. No comprimento total, por exemplo, o Civic mede 4,55 metros contra 4,28 m do Tracker. No entre-eixos, são 11 centímetros a mais no modelo japonês. A resposta do Chevrolet está na maior altura: 1,64 metro contra 1,45 m do rival.

Apesar dos dois tratarem bem seus ocupantes, é na posição de acomodação dos passageiros a maior diferença entre os carros. No SUV, não há problemas para a cabeça e se viaja com o corpo mais ereto. Já no sedã, os ocupantes do banco traseiro com estatura elevada, acima de 1,90 metro de altura, terão certa dificuldade em se adaptar. Nem mesmo o piso plano resolve o problema. Já os bancos dianteiros do Civic são mais confortáveis e cansam menos em uma viagem mais longa.

No quesito porta-malas, os dois se assemelham. O sedã acomoda até 449 litros de carga, contra 306 litros do SUV. Apesar de menor em capacidade, o Tracker ganha em diâmetro de abertura do porta-malas e na possibilidade de rebatimento dos bancos traseiros (chega a 735 litros).

Mecânica

O Honda Civic EXR traz o motor 2.0 16v SOHC i-VTEC FlexOne que entrega até 155 cavalos de potencia máxima quando abastecido com etanol . Já o Chevrolet Tracker empresta o 1.8 16v DOHC MPFI do irmão Cruze, também flex, que gera até 144 cv com o mesmo combustível. Nesta configuração, o câmbio do Civic é automático de cinco velocidades com opção de trocas manuais por borboletas (paddle shifts) atrás do volante. No caso do Tracker, o câmbio é automático de seis velocidades com opção de trocas manuais na alavanca de câmbio (menos esportivas).

 Os dois modelos respondem bem ao toque no acelerador. No caso do Civic, 80% do torque máximo (19,5 kgf.m) estão disponíveis aos 2.000 giros. O câmbio trabalha em sincronia com o motor. As borboletas atrás do volante em conjunto com o botão S (esporte) se encarregam do ânimo a mais do sedã. Já no Tracker, o torque máximo (18,9 kgf.m) é conseguido aos 3.800 giros. O câmbio, apesar das seis marchas, é um pouco mais abrupto nas trocas. Porém, o SUV desenvolve bem e faz ultrapassagens em segurança.

Um deslize do Tracker na parte mecânica é trazer freios a tambor nas rodas traseiras. Para um veículo deste porte, o ideal seria ter freios a disco nas quatro rodas, como acontece com o Civic. Por outro lado, ambos são assistidos com ABS. Na parte de segurança, o Civic ainda traz controles de estabilidade e tração, e sistema de assistência em frenagem (Brake Assistent). A maior altura do solo permite ao SUV ainda utilizar rodas aro 18 (215/55), já o sedã traz rodas com aro 16 (205/55).

Por ter um centro de gravidade mais baixo, o Honda Civic leva vantagem na tomada de curvas. Já o Tracker se sai melhor no dia a dia das grandes cidades e seus congestionamentos quase inevitáveis, justamente por ser mais alto. A maior altura do solo ajuda o modelo da Chevrolet também em relação aos buracos (mesmo sendo calçado por rodas aro 18 e pneus de perfil esportivo 215/55).

No quesito consumo de combustível, o Civic, que traz a opção do botão eco, se saiu ligeiramente superior. Na cidade, o Tracker cravou média de 7 km/l com etanol e 9 km/l com gasolina. No mesmo teste, o sedã registrou 6,8 km/l e 11 km/l, respectivamente.

 

Equipamentos

Pelo preço elevado que pedem Tracker e Civic era de se esperar que os dois modelos venham bem equipados de fábrica. E ambos fizeram o dever de casa. O modelo da Chevrolet traz entre os seus principais equipamentos rodas de alumínio aro 18, tela de LCD sensível ao toque de 7 polegadas (My Link, que permite acessar fotos e GPS pela conexão do celular), câmera traseira, sensor de estacionamento, teto solar, freios ABS, controlador de velocidade, direção hidráulica, volante multifuncional e ar-condicionado.

Já a lista do Civic é parecida. Inclui teto solar, ar-condicionado digital, sensor crepuscular, sistema multimídia sensível ao toque de com GPS integrado, central de informações de cinco polegadas com controles no volante, sistema de tração e estabilidade.

Há uma década comprar um carro zero-quilômetro era simples. Quatro marcas dominavam o mercado (Fiat, Volkswagen, Chevrolet e Ford) e as opções eram limitadas. Agora, a história é outra. Temos mais de 50 marcas à disposição e um número ilimitado de carrocerias. Por isso, está cada vez mais difícil a compra.

Não é possível apontar um vencedor para o embate. São duas boas opções para quem dispõe de R$ 85 mil na carteira. O gosto do comprador é que vai definir a compra.

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