Citroën C3 XTR é bem equipado e ágil na cidade

Motor 1,4-litro gosta muito mais de álcool do que de gasolina


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Gustavo Ruffo
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- Quem escolhe o Citroën C3 XTR já sabe, desde o modelo anterior a este, que o carro não é voltado ao off-road, um recado que a propaganda bem-humorada da empresa francesa já deu. E muito bem. O XTR é todo voltado à aparência e a um bom nível de equipamentos, algo que, aliás, o próprio C3 preza bastante. O modelo novo não mudou tanto assim. No caso do XTR, isso pode ser uma coisa boa.

As mudanças mais significativas, além das já efetuadas no C3, com a grade dianteira em preto, foram nos protetores do parachoque dianteiro e nas saias laterais. O carro também recebeu melhorias na suspensão, mas a diferença em termos de comportamento dinâmico só é perceptível em velocidades mais altas. No dia-a-dia, a mudança é bastante sutil.

De resto, o XTR se vale das qualidades e padece dos defeitos do C3 comum. Oferecido com o motor de 1,4-litro a R$ 42,9 mil, seu valor salta para R$ 45,88 mil com os itens com que o carro de teste veio equipado. Não é um valor que compense muito a não ser para aqueles que prefiram ter um veículo com aparência mais arrojada. Fora os airbags de série ABS não é nem opcional, o XTR é inteiramente dedicado ao estilo.

Para ser mais vistoso que o modelo GLX, ele vem com barras de teto longitudinais, pára-choques X-TR Style, ponteira do escapamento cromada, protetores de paralamas dianteiros e traseiros, saias laterais e soleira “Citroën”. E só é oferecido com pintura metálica, mas ela não vem incluída no preço, um problema sério do configurador do site da Citroën. Só faria sentido se o preço básico passasse a ser R$ 43.585, que é a soma do preço básico R$ 42,9 mil com o valor da pintura metálica R$ 685, ou se a Citroën entregasse o carro vendido a R$ 42,9 mil na chapa, sem tinta...

Espaçoso, o C3 XTR tem excelente ergonomia, favorecida pelo volante com regulagem de altura e distância, assim como o banco. O único pecado são os comandos dos vidros traseiros, centralizados no console central tanto para o motorista quanto para os passageiros do banco de trás. Não é uma posição cômoda para ninguém, a não ser para o departamento financeiro da marca, feliz com a contenção de custos e com a eliminação de dois interruptores.

A visibilidade também é exemplar. O estilo arredondado da carroceria favorece tanto o conforto dos passageiros quanto o porta-malas, que tem bons 305 l. Quando se pensa que a plataforma é a mesma do Peugeot 206, isso é um benefício e tanto.

Ao volante

Abastecido com álcool, o XTR com motor 1,4 litro se mostra muito esperto. Ágil, com uma direção rápida, ele é um bom companheiro para o trânsito pesado das grandes cidades, especialmente porque ajuda o motorista a sair dele sempre que isso é possível.

Abastecido com gasolina, o hatch nitidamente perde rendimento. Para quem acaba de pegar o carro, a sensação é que as marchas poderiam ser mais curtas, mas não se trata de nenhum problema com o câmbio. É a disposição do motor que caiu, mesmo.

Na estrada, o motor 1,4-litro também se mostra um belo companheiro. Responde com mais disposição do que se poderia esperar dessa cilindrada. E é acompanhado por um carro que, se não é dinamicamente brilhante, pelo menos cumpre seu papel e faz curvas direitinho.

Econômico, o motor 1,4-litro pode chegar a fazer 10 km/l de álcool, mas nós mantivemos uma média de 7 km/l. Com gasolina, o desempenho pior e uma única medição nos deram a média de 8,3 km/l.

No mais, só fica o reparo aos constantes problemas de acabamento que a Citroën vem apresentando. O C3 XTR deste teste não apresentou problemas, mas depois recebemos um, para um período de avaliação de três meses, que teve de ser trocado pouco depois de chegar. O ar-condicionado não funcionava.

Há relatos de que a abraçadeira da mangueira do gás do sistema é frouxa em algumas unidades, o que permite que o gás escape e o equipamento perca a capacidade de refrigerar.

Com o segundo modelo, cujo convívio pretendemos relatar em matérias semanais, um barulho seco na suspensão dianteira dá a impressão de que um dos amortecedores perdeu a ação. Na porta do motorista, a capa interna do retrovisor externo se soltou e não tem o que a coloque de volta no lugar. Em sendo um carro de teste, falamos do caso sem paixão nenhuma, mas é fácil entender se os donos de um carro tão novo ficarem “chateados” por ele apresentar problemas dessa natureza. Se o carro fosse nosso, nós ficaríamos.

FICHA TÉCNICA – Citroën C3 XTR

MOTORQuatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal, refrigeração a água, 1.360 cm³
POTÊNCIA80 cv gasolina e 82 álcool a 5.250 rpm
TORQUE124 Nm gasolina e álcool de 3.250 rpm
CÂMBIOManual de cinco velocidades
TRAÇÃODianteira
DIREÇÃOPor pinhão e cremalheira; elétrica
RODASAro 15”, de liga-leve
PNEUS185/60 R15 na dianteira e na traseira
COMPRIMENTO3,85 m
ALTURA1,52 m
LARGURA1,67 m
ENTREEIXO2,46 m
PORTA-MALAS305 l
PESO em ordem de marcha1.125 kg
TANQUE47 l
SUSPENSÃODianteira independente, tipo MacPherson; traseira interdependente, tipo barra de torção
FREIOSDiscos ventilados na dianteira e tambor na traseira
CORESGris Aluminium prata, Nocciola verde, Perla Nera preta, Rouge vermelha e Gris Cendré pérola
PREÇOR$ 42,9 milR$ 45,88 mil, conforme avaliado e R$ 49,99 mil Exclusive


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