Citroën DS4 completa a família com muito luxo e esportividade

Modelo traz detalhes que o diferenciam dentro de sua categoria e elevam o nível de qualidade entre os cupês


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Daniel Magri
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Família boa é família reunida. Depois de lançar o DS3 e o DS5, a Citroën traz para o Brasil o último membro do clã DS, o cupê DS4. O modelo apresenta algumas características diferenciadas para a categoria que se encaixa e tem em seu DNA o luxo que seus irmãos já introduziram por aqui. Tudo isso pelo preço de R$ 99.900.

Um dos pontos de destaque no carro é o seu design. Um cupê de cinco portas elevado, mas com elementos que o fazem passar por um hatch graças as suas dimensões compactas (comprimento de 4,27 m, uma largura de 1,81 m e uma altura de 1,53 m).

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Design e luxo interno

Na dianteira, os faróis denotam uma aparência séria e contam com iluminação feita por LEDs.

Na lateral as portas acompanham o desenho da dianteira e um vinco dá o toque de robustez, reforçado pelas rodas de liga leve de 18 polegadas de diâmetro.

A traseira tem forma que lembra de uma bola, com grafismos bem marcados, que dão um ar musculoso. Há ainda a dupla ponteira de escape estilizada e lanternas com feixes também provenientes dos diodos emissores de luz. Discretos detalhes cromados dão o tom luxuoso final.

No interior nota-se como a marca trata bem os membros desta família. Cada detalhe apresenta um toque que reforça seu luxo e requinte. Desde o couro aplicado nos assentos, bem como o material utilizado para revestir o volante (de toque suave), ou mesmo o tecido visto nas portas, com textura e desenho diferenciados, com o logo do carro. O painel de bordo é robusto e o quadro de instrumentos tem três mostradores, com opção de seleção das cores da iluminação e até do esquema do som emitido quando acionada a seta.

O couro dos bancos concha pode ter suas cores trocadas de acordo com a tonalidade da carroceria e, como se já não bastasse o natural conforto, há um botão que aciona massagem na região lombar.

Recheio à francesa

A lista de equipamentos do DS4 – comercializado em versão única – é extensa e agrada. Nela encontram-se itens como alerta de ponto cego nos retrovisores, regulador e limitador de velocidade programável, faróis bixenon autodirecionais, ar condicionado bi-zone, GPS integrado com mapa brasileiro, central multimídia com CD, MP3, entrada USB, conexão com Bluetooth, seis airbags, espelhos retrovisores com iluminação externa, freios com ABS e controle eletrônico de estabilidade (ESP).

Há ainda um sistema de medição de espaço disponível na hora de estacionar. Graças aos sensores espalhados pelo carro, ele é capaz de analisar e avisar o condutor se será possível o estacionamento na vaga que ele está sondando entre dois outros carros.

Como anda

Um ponto do DS4 é que ele provavelmente já deve ter conquistado seus olhos quando você entra nele. E se não o fez, todos os detalhes descritos acima sobre o interior completarão o serviço. O resto da diversão é garantida quando a chave é ligada.

A posição de dirigir proporcionada é extremamente confortável, embora os ajustes dos bancos sejam manuais – o que destoa um pouco para um carro desse nível. Há também o acerto de altura e profundidade do volante.

O carro oferece boa visibilidade, reforçada pelo para-brisa panorâmico, com para-sol deslizante, que oferece ângulo adicional de visão para cima de 45º. Esse é um detalhe interessante, uma vez que cupês geralmente oferecem um campo de visão mais fechado pelas características de sua carroceria.

Sob o capô, o DS4 traz o motor THP 1,6L, quatro cilindros, 16 válvulas, com turbocompressor de alta pressão e intercooler. Este bloco oferece uma potência máxima de 165 cv a 6.000 rpm e um torque máximo de 24,5 kgfm. O câmbio é automático com seis marchas, possuindo modo esportivo e trocas sequenciais. O conjunto permite ao DS4 acelerar de 0 a 100 km/h em 8,6 segundos e atingir 212 km/h de velocidade máxima.

Este é um bloco conhecido do grupo PSA Peugeot-Citroën e é o mesmo utilizado por DS3 e DS5. No entanto, o acerto parece ter sido mais encaixado no DS4. As trocas de marchas são precisas e quando o modo esportivo é acionado o cupê fica mais arisco, uma vez que as rotações ficam sempre acima dos 2.500 giros. Mesmo no modo convencional, o torque máximo já aparece a 1.400 rpm, permanecendo constante até 4.000 rpm.

Durante test-drive realizado nas ruas da cidade de São Paulo, o DS4 mostrou bom controle de inclinação nas curvas. E é quase nítida a sensação de aderência que o modelo apresenta em todas as situações. Ponto positivo também para o baixo nível de ruído dentro da cabine.

Mercado

A lista de concorrentes do DS4 não é pequena e tem nomes como BMW Série 1, Audi A3 e A1, Sportback e o Mercedes-Benz Classe A (que vem aí em breve). E os planos da Citroën para este lançamento são bem ambiciosos. A marca francesa pretende comercializar 100 unidades do DS4 por mês. Tal ambição é vista nos olhos do Diretor Geral da Citroën Brasil, Francesco Abbruzzesi, quando o mesmo afirma que “o DS4 é o futuro do cupê para o setor automotivo”.

Opinião do repórter

Conforto, luxo, motor acertado. Trata-se, sim, de um modelo diferenciado. E talvez por isso a Citroën tenha deixado este lançamento por último. O DS4 pode perder o posto de top de linha para seu irmão DS5, mas com certeza ele é a cereja do bolo nesta festa em família.

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