Citroën C4 Lounge

E se fosse chamado de 'Toyota' C4 Lounge?

Avaliamos o Citroën, que agora tem motor 1.6 Turbo de 173 cv, ganhou nova 'cara' e foi recheado com novos equipamentos

    • Desempenho
    • Desempenho
    • 24,5/1400 kgfm/rpm
    • Consumo Gasolina
    • Consumo Gasolina
    • Cidade: 7,1 km/litro
      Estrada: 9 km/litro
    • Consumo Álcool
    • Consumo Álcool
    • Cidade: N/A
      Estrada: N/A
    • Porta Malas
    • Porta Malas
    • 450 litros
    • Câmbio
    • Câmbio
    • N/A
8.8

Overview

Novo Citroën C4 Lounge ganhou motor THP Flex, passou por atualização no visual e ganhou novos equipamentos para dobrar suas vendas.


  • + Conjunto motor e câmbio
  • + Custo-benefício competitivo
  • + Espaço interno
  • - Projeto um pouco defasado
  • - Custo das revisões fixas
  • - Porta-malas em relação aos rivais
 
  • 4.8 Estrela icone
  • 4.8 de 5 estrelas
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Procurando um sedã médio, pois precisa de bom espaço interno, porta-malas grande, equipamentos de série acima do ‘básico’ e um prazer ao volante minimamente superior às minivans e aos SUVs? Bom, possivelmente já pensou em Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Cruze, Volkswagen Jetta e até Nissan Sentra, porém, aposto que nunca passou pela sua cabeça colocar nesta lista o renovado C4 Lounge, correto? Então vamos fazer o seguinte: ‘vamos dar uma volta’ neste Citroën e no final da matéria você me diz se vale a pena ou não tê-lo como uma opção. Combinado?

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Traseira passou por poucas modificações.
Crédito: Divulgação
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DESIGN EXTERNO

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Vamos começar por onde as mudanças estão na cara. Ou seja: design! O visual recebeu um tapa interessante. Não chegou a ser uma revolução, mas fato que o C4 Lounge atual está diferente do anterior. A frente ganhou para-choque redesenhado, novos faróis em Full-Led, grade em novo formato e o Chevron – a assinatura da marca – ganhou mais destaque.

As laterais não passaram por modificações. A única novidade, olhando de perfil, é as novas rodas de 17 polegadas. Muito bonitas, por sinal. A traseira ganhou alterações quase que imperceptíveis no grafismo das lanternas e no para-choque, que, assim como o dianteiro, ganhou novos traços.

 Dianteira ganhou novos faróis em Full-Led, para-choque redesenhado e chevron mais marcante
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Legenda: Dianteira ganhou novos faróis em Full-Led, para-choque redesenhado e chevron mais marcante
Crédito: Divulgação
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VISUAL INTERNO

O interior também passou por modificações interessantes, mas nada de impressionar. Destaque para o painel de instrumentos 100% digital, mas 0% configurável. Não é possível mudar o formato ou mesmo a cor da iluminação de nenhum dos leitores – conta-giros ou velocímetro, por exemplo. Ponto positivo, porém, para estaque para uma espécie de ‘econômetro’ do lado direito, que por meio de luzes horizontais mostra se o motorista está dirigindo de forma eficiente – salvando combustível – ou não.

Outra novidade é a central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque. É a mesma do Peugeot 3008. Por intermédio dela, por exemplo, podemos controlar o ar-condicionado, que é de duas zonas – e tem saída de ar para os ocupantes do banco traseiro. A central também vem com sistema de navegação e é compatível com Android Auto e Apple CarPlay.

 Interior tem design mais sóbrio
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Legenda: Interior tem design mais sóbrio
Crédito: Divulgação
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ACABAMENTO

Gosto do acabamento do C4 Lounge. Bancos, volante e manopla do câmbio são revestidos em couro e há material emborrachado, por exemplo, sobre o painel central. Isso denota requinte e diminui o ‘bate-bate de peças’ quando o Citroën estiver com algumas dezenas de milhares de quilômetros rodados. Tudo está bem encaixado também.

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Os bancos são revestidos em couro.
Crédito: Divulgação
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RODANDO

Performance é um dos pontos altos do C4 Lounge. Incrível como este motor 1.6 16v THP (Turbo High Pressure) é polivalente. Dá emoção ao 208 GT, por exemplo, e faz bem seu trabalho de empurrar o grandalhão 5008.

No caso do C4, o bloco agora é bicombustível, gerando 166 cv de potência com gasolina e 173 cv com etanol, sempre a 6.000 rpm. O torque é de bons 24,5 kgf.m entre 1.400 e 4.000 giros. No entanto, 16 kgf.m já estão no acelerador a 1.000 rotações, o que ajuda a amenizar o pequeno legue que existe antes do turbo encher!

 Silhueta do novo C4 Lounge continua a mesma. Destaque para as novas rodas de liga leve de 17 polegadas.
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Legenda: Silhueta do novo C4 Lounge continua a mesma. Destaque para as novas rodas de liga leve de 17 polegadas.
Crédito: Divulgação
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Como comparação, no 1.4 16V Turbo do Cruze, o torque é de 24,5 kgf.m também, mas a potência máxima estaciona em ‘meros’ 153 cv. Já o 1.5 16V Turbo do Civic tem ‘apenas’ 22,4 kgf.m de torque, mas os mesmos 173 cv de potência do C4 Lounge. Nesse quesito, a referência é o Jetta e seu 2.0 TSI de 211 cv e mais de 28 kgf.m de força.

A transmissão é automática de seis marchas, com conversor de torque normal – nada de CVT. Este câmbio tem um bom relacionamento com o motor, conseguindo extrair 'fôlego' em retomadas e acelerações, e aliviar as rotações em velocidades constantes, privilegiando uma condução mais eficiente e menos ‘beberrona’. Existe opção de trocas manuais pela alavanca, mas não tem aletas nem como opcionais.

VÍDEO RELACIONADO

Esta transmissão apresenta dois botões junto à manopla. Um deles é o ECO, que faz as mudanças de marchas em rotações mais baixas, proporcionando economia de combustível. E a ‘S’,Sport, que faz o oposto, trabalhando as trocas em giros mais elevados. É uma tentativa de entregar uma ligeira esportividade. Nada, porém, que empolgue!

Ao contrário de seu antecessor, o C4 Pallas, o ajuste da suspensão do C4 Lounge foca no conforto, mas não é molenga. O que agrada. Na dianteira, o sistema é independente, tipo McPherson, e a traseira trabalha com eixo de torção.

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Legenda: Media 8887
Crédito: Divulgação
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Os freios são a disco nas quatro rodas. Há controles de tração e estabilidade de série em todas as versões, assim como ABS (antitravamento das rodas) e EBD (Distribuição Eletrônica da Força de Frenagem), e auxílio de partida em rampa.

Em termos de segurança, nesta versão topo de linha Shine há seis airbags – frontais, laterais e de cortina – e ISOFIX para fixação da cadeirinha. Tem câmera de ré, mas ficou faltando o sensor de estacionamento traseiro para complementar.

ERGONOMIA

O C4 Lounge oferece boa posição ao volante. Tem ajustes amplos do banco e da coluna de direção, tanto em altura quanto em profundidade. Só o volante que é muito grande. Interessante como em um mesmo grupo, se tem este volante gigante e se tem o i-cockpit, de alguns modelos da Peugeot, que é moderno e cheio de personalidade.

A direção é eletro-hidráulica e não é anestesiada. Chama atenção, porém, o peso ligeiramente maior em manobras de estacionamento, por exemplo. As direções elétricas atuais são muito mais leves e confortáveis.

Volante grande chama a atenção negativamente
Crédito: Divulgação
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ESPAÇO INTERNO

O espaço interno do Citroën não deve em nada para os demais concorrentes. Enquanto Cruze, Corolla, Civic e Sentra têm 2,70 metros de distância entre os eixos, o C4 Lounge tem 1 centímetro a mais. E sabe o que isso significa? Nada! O Jetta, nessa disputa, é carta fora do baralho com 2,65 metros, somente.

O porém do Citroën, que não chega a ser um problema, é mesmo porta-malas. Definitivamente 450 litros não é pouco. Aliás, é muito bom. No entanto, em comparação à concorrência, fica atrás da japonesada – Corolla (470 litros), Sentra (503 litros) e Civic (519 litros).

 Painel de instrumentos é 100% digital e 0% configurável
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Legenda: Painel de instrumentos é 100% digital e 0% configurável
Crédito: Divulgação
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CUSTOS

O Citroën C4 Lounge parte, na versão Feel, de R$ 93.920. Na configuração Shine, que esta que testamos, o preço é de R$ 102.790. As seis primeiras revisões – até 60.000 km – custam R$ 4.252. Só como forma de comparação, as mesmas seis primeiras revisões periódicas para o Corolla, líder do segmento e uma referência em pós-venda, sai por R$ 3.254,04. Diferença de quase R$ 1.000.

Central multimídia tem tela de 7 polegadas sensível ao toque.
Crédito: Divulgação
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VALE A COMPRA?

Em termos de produto, o C4 Lounge não deve em relação aos seus concorrentes diretos. Tem um bom conjunto mecânico, não deve em nada em espaço interno – só o porta-malas é um pouco menor em relação aos ‘japas’ – e os itens de série estão em pé de igualdade, também. O problema do sedã fabricado na Argentina está no pós-venda. Apesar da Citroën estar trabalhando com diversas ações e programas, seus carros sofrem uma depreciação superior a alguns de seus adversários – e aqui estamos falando de Corolla e Civic, especialmente – e o serviço pós-venda ainda não é visto com o mesmo brilho no olhar de clientes de modelos de Honda e Toyota.

Por isso, deixo a seguinte pergunta: você compraria este sedã se ele fosse chamado de 'Toyota' C4 Lounge?

Ancora: Conclusão Score

 

Ficha Técnica

CITROËN - C4 LOUNGE - 2019
1.6 THP FLEX SHINE BVA
R$ 103990

Motor / Desempenho / Consumo +

  • Cilindrada cm³
  • 1598
  • Disposição dos cilindros
  • Linha
  • Número de cilindros
  • 4
  • Taxa de compressão
  • 10,2:1
  • Número de válvulas por cilindro
  • 4
  • Comando de Válvulas
  • DOHC
  • Comando de válvulas variável
  • Sim
  • Combustível (comercial)
  • Flex
  • Combustível secundário
  • Gasolina
  • Alimentação
  • Turbo
  • Intercooler
  • Sim
  • Nomenclatura do motor (comercial)
  • THP
  • Potência (cv/rpm)
  • 173/6000
  • Torque (kgfm/rpm)
  • 24,5/1400
  • Potência secundária (cv/rpm)
  • 166/6000
  • Torque secundário (kgfm/rpm)
  • 24,5/1400
  • Velocidade máxima (km/hora)
  • 215
  • Aceleração 0-100 km/h (segundos)
  • 9,1
  • Consumo cidade (km/litro) - Combustível 1
  • 7,1
  • Consumo estrada (km/litro) - Combustível 1
  • 9
  • Consumo cidade (km/litro) - Combustível 2
  • 10,5
  • Consumo estrada (km/litro) - Combustível 2
  • 13,2
  • Fonte consumo
  • INMETRO

Transmissão +

  • Transmissão
  • Automática
  • Número de marchas
  • 6
  • Nomenclatura da transmissão (comercial)
  • BVA
  • Localização do câmbio
  • Console
  • Modo manual (p/ AT)
  • Sim
  • Tração
  • Dianteira

Freios / Suspensão / Direção +

  • Freios dianteiros
  • Disco ventilado
  • Freios traseiros
  • Disco sólido
  • Freio de estacionamento
  • Manual
  • Suspensão - Dianteira
  • McPherson
  • Suspensão - Molas dianteiras
  • Helicoidal
  • Suspensão - Traseira
  • Eixo de torção
  • Suspensão - Molas traseiras
  • Helicoidal
  • Direção - Assistência
  • Eletro-hidráulica
  • Direção - Ajustes
  • Altura e profundidade

Dimensões e Capacidades +

  • Comprimento (mm)
  • 4621
  • Largura (mm)
  • 1789
  • Altura (mm)
  • 1505
  • Entre-eixos (mm)
  • 2710
  • Diâmetro de giro (mm)
  • 11100
  • Capacidade tanque de combustível (litros)
  • 60
  • Capacidade do porta-malas (litros)
  • 450
  • Peso líquido em ordem de marcha (kg)
  • 1487
  • Carga útil (kg)
  • 400

Tecnologia / Conectividade +

  • Sistema de áudio - Tipo
  • Multifunções
  • USB
  • Sim
  • CD/MP3 player
  • Sim
  • AUX-in
  • Sim
  • Bluetooth
  • Função Streaming
  • Tela de entretenimento - Tamanho da tela (pol.)
  • 7
  • Tela de entretenimento - Sensível ao toque
  • Sim
  • Controle de áudio
  • No volante
  • Alto-falantes - Quantidade
  • 6
  • Alto-falantes - Tweeters
  • 2

Rodas e Pneus +

  • Tipo de roda - Tipo de roda
  • Liga leve
  • Tipo de roda - Design/cor
  • Diamantada
  • Dianteira - Aro (pol.)
  • 17
  • Dianteira - Pneus (largura/perfil/aro)
  • 225/45
  • Traseira - Aro (pol.)
  • 17
  • Traseira - Pneus (largura/perfil)
  • 225/45
  • Estepe
  • Convencional
  • No Bolso8.6
  • Tecnologia9.0
  • Vida a bordo8.8
  • Desempenho8.8
  • Opinião do repórter8.7
  • + Conjunto motor e câmbio
  • + Custo-benefício competitivo
  • + Espaço interno
  • - Projeto um pouco defasado
  • - Custo das revisões fixas
  • - Porta-malas em relação aos rivais
 
8.8

  • Marcelo Monegato
  • Jornalista automotivo especializado em produtor. Com passagens por Portal G1, Volkswagen e revista Autoesporte, cobriu diversos eventos internacionais para a Webmotors. Hoje, além de testar carros e analisar o mercado, é estrategista de conteúdo do WM1.
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