Dodge Journey R/T AWD é opção interessante

Entre os veículos V6 para 7 ocupantes., crossover tem preço atraente e muito recheio


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Para os admiradores de um típico carro da família norte-americana - de corpo, alma e principalmente 'coração' -, o Dodge Journey é a opção mais acessível disponível no mercado brasileiro. Com design robusto, motor de seis cilindros e capacidade para até 7 ocupantes, o crossover tem preço inicial de R$ 124.900 (SXT). Recentemente, no entanto, para ampliar a gama de versões do seu modelo mais vendido por aqui, a Dodge passou a oferecer configuração R/T com tração integral (nas quatro rodas), por R$ 144.900 (3 anos de garantia, sem limite de quilometragem) - R$ 10.000 a mais que a R/T com tração dianteira.

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Revelado ao mundo em 2007 durante o Salão de Frankfurt, na Alemanha, o Journey não passou por modificações profundas, recebendo desde então somente atualizações pontuais - e nada indica que uma revolução em seu desenho deva acontecer tão cedo. Suas linhas não são mais robustas como antigamente, mas permanecem discretas. A grade frontal com a grande cruz, típica dos carros da marca, é o que mais chama a atenção. A lateral tem linha de cintura reta e relativamente baixa para um crossover. A traseira, por sua vez, mantém a mesma configuração de sempre.

O Journey é um veículo completo em termos de equipamentos de série, trazendo de fábrica airbags frontais, laterais (bancos dianteiros) e tipo cortina, ar-condicionado de três zonas, bancos, volante e manopla do câmbio revestidos em couro, banco do motorista com ajustes elétricos, aquecimento dos assentos dianteiros, rodas de liga leve de 19 polegadas (pneus 225/55 R19), controles de estabilidade e tração, freios a disco nas quatro rodas com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), câmera de ré, teto solar elétrico, volante multifuncional, sistema de entretenimento com telas sensível ao toque de 8,4 polegadas, navegação por GPS, entrada USB e conexão via bluetooth. O destaque fica por conta das telas de 10 polegadas fixadas no encosto de cabeça dos bancos dianteiros para utilização dos passageiros da segunda e terceira colunas (também estão disponíveis dois fones de ouvido sem fio e um controle remoto).

Mas a principal diferença deste Journey para os outros é a tração integral sob demanda. Na realidade, em condições normais, a maior parte dos 34,8 kgf.m de torque do motor 3.6 V6 a gasolina está nas rodas dianteiras com um simples objetivo: economizar combustível. No entanto, em situações em que há perda de tração por conta de um piso escorregadio, por exemplo, automaticamente o sistema faz a transferência da força para as rodas traseiras em busca de um maior equilíbrio. Esta força nas rodas traseiras pode passar dos 50%.

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Apesar de o motor de seis cilindros ter bastante força é fôlego interessante de 280 cv, o crossover feito na cidade de Toluca, no México, não é um assombro de desempenho. Atinge os 208 km/h de velocidade máxima, mas leva 9,5 segundos para sair do 0 e chegar aos 100 km/h. A culpa por esta morosidade não está nos 4,88 metros de comprimento, mas pelos 2.067 quilos. Mas performance não é o foco deste carro 100% focado na família, este é um ponto que podemos relevar ou deixar lá para o final da lista de exigências.

No entanto, é preciso fazer um alerta: a combinação de um 'coração' V6 em um corpinho acima do peso ideal não é saudável. E quem sofre com isso? O consumo! De acordo com a fabricante, o índice é de 5,5 km/l na cidade e 7 km/l na estrada - números nem um pouco amigos do bolso.

O silêncio interno agrada. O ronco do motor invade muito pouco a cabine, permitindo que os passageiros conversem sem ter que alterar o volume da voz.

Lista esta que tem que ter logo nos primeiros pontos a questão espaço interno. E neste ponto o Dodge agrada. Para o motorista, os controles elétricos do banco e os ajustes de altura e profundidade da coluna de direção ajudam a encontrar a melhor posição para dirigir. Na segunda fileira há espaço de sobra para ombros, joelhos e cabeça - além do requinte extra do sistema de entretenimento e a possibilidade de reclinar levemente o encosto. Para os ocupantes da terceira fileira, o espaço é um pouco mais acanhado - ideal para a criançada. Graças à possibilidade de rebatimento dos bancos da segunda fileira (bipartidos assim como os da terceira), o acesso fica menos complicado - não chega a ser algo simples, mas também não é necessário fazer yoga para conseguir entrar...

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CONCLUSÃO

Por ser uma compra racional, focada na família, o Dodge Journey agrada. E seu principal trunfo - e pode parecer estranho - é o preço (isso, claro, diante da concorrência). O Hyundai Santa Fe, por exemplo, tem uma configuração para 7 ocupantes e motor V6 também, mas com preço de R$ 185.990. A Kia tem a minivan Carnival para 8 pessoas. O motor também é 6 'canecos', mas o preço também é maior: R$ 163.900. O concorrente mais próximo é o Kia Sorento, SUV que parte de 149.900 na opção para 7 pessoas. A Chevrolet Trailblazer, também com propulsor de 6 cilindros em 'V', parte de 156.650.

No entanto, a ressalva vai para a versão R/T AWD, que cobra R$ 10.000 a mais apenas por conta da tração integral (AWD), já que o pacote de equipamentos de série é exatamente o mesmo da R/T com tração dianteira. E vou um pouco mais longe. Para quem abre mão de rodas de 19 polegadas e não faz questão de sistam de entretenimento exclusivo para os passageiros da segunda fileira com fone de ouvido sem fio e controle remoto (equipamentos exclusivos da configuração R/T), a versão de entrada SXT é ideial, partindo de mais vantajosos R$ 124.900.

ADENDO

Existe ainda a opção do Fiat Freemont, que é o Journey da marca italiana. Na configuração com 7 lugares, chamada Precision, o preço é de R$ 119.900. Realmente bem mais em conta. Mas este carro, além de não contar com tração integral, tem motor 2.4 de quatro cilindros apenas que desenvolve somente 172 cv de potência e 22,4 kgf.m de torque, fugindo um pouco da proposta do modelo da Dodge.

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