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Fiat Bravo aposta no estilo para ganhar mercado

Hatch começa a crescer nas vendas meses após seu lançamento

por Rodrigo Ribeiro

– Logo que vi o Fiat Bravo no Salão do Automóvel, pensei comigo mesmo: “doze anos depois, será que finalmente irá emplacar?” Nem todo mundo se lembra, mas a Fiat cogitou a possibilidade de lançar a primeira geração do Bravo – então um hatch duas portas derivado do Marea – no Brasil. A receptividade da versão quatro portas foi maior, e o Brava foi produzido por aqui até 2002, quando foi substituído pelo Stilo.
Bem, mais de uma década depois o Bravo volta ao País, desta vez “em definitivo”, de olho no filão dos hatches médios. E, de mansinho, vem conquistando seu espaço – até junho deste ano foram vendidos pouco mais de 4.200 carros, segundo a Fenabrave. É muito menos do que Hyundai i30 16.500 e Ford Focus 12.900, mas supera o Nissan Tiida e Peugeot 307.
Coisa de estilo Um dos motivos pelo qual o Bravo vem ganhando garagens já ocupadas pelo Fiat Tipo e Brava é seu desenho. Sem trocadilho, o estilo do médio supera de longe o visual cansado do Stilo. Apesar de já defasadas na Europa, as linhas arredondadas do modelo chamam a atenção no País, ainda mais em carrocerias brancas ou azuis – como a unidade a avaliada pelo WebMotors.
Ele pode não roubar corações à primeira vista, mas o Bravo agrada pelo desenho harmonioso. Outra diferença importante em relação ao Stilo é a troca do teto panorâmico SkyWindow por um mais tradicional, duplo. Continua sendo requintado, mas menos atrativo para a garotada que virou público cativo do agora descontinuado Stilo.
O interior repete a “austeridade moderna” da carroceria. Dá para ver que estamos dentro de um carro atual, mas sem ousadias ou botões em lugares estranhos, coisas que não agradam o público mais conservador. O acabamento repete materiais emborrachados e o bom acabamento encontrado no i30 e no Focus Titanium. O principal senão fica pelo GPS, similar ao do Citroën C3 Picasso e Aircross. Nele, nada de tela sensível ao toque ou sequer um controle para digitar o destino desejado: para tal tarefa o motorista deve acionar um comando giratório e selecionar letra por letra.
Bom de recheio e de controle Diferente no visual, parecido na ficha técnica. Com motor 1,8L de até 132 cv, o Bravo está igual aos seus principais rivais, oferecendo direção assistida, ar-condicionado, trio elétrico, ABS e airbag duplo de série. Derivado dos motores da antiga Tritec, o propulsor concilia torque a baixas rotações com fôlego constante nas acelerações. Para melhorar só faltava um comando de válvulas variável. Ponto negativo para o consumo urbano de 8,1 km/l – de gasolina.
Outro pênalti está na ausência de opção automática, mas a evolução pelo qual o Dualogic passou desde sua estreia no Stilo faz com que a variante automatizada a partir de R$ 59.470 possa ser cogitada. Não é suave como um automático “de verdade”, mas dá muito menos trancos do que os primeiros automatizados que vieram ao país.
Na hora de guiar o Bravo fica entre a esportividade do Focus e o conforto do C4. Como todo bom Fiat, a suspensão macia torna o passeio pelo pavimento brasileiro algo confortável, mas a inclinação apenas moderada da carroceria surpreende. A direção é mais direta do que no seu antecessor, mas manteve a leveza ao toque de um botão do Dual-drive. O câmbio tem engates suaves, apesar do curso longo, enquanto os freios transmitem confiança e possuem boa modularidade. Aqui o destaque fica pela ergonomia do volante, similar ao do Punto e de ótima empunhadura.
O espaço interno é bom para quatro adultos, mas o teto solar duplo rouba um precioso espaço para a cabeça, principalmente de quem vai atrás. O porta-malas armazena adequados 400 litros, mas o para-choque alto pode dificultar a colocação de bagagens mais pesadas. O subwoofer opcional oferecido pela fábrica não compensa no som o espaço que rouba no compartimento de bagagens.
Racionalmente o Bravo atende os requisitos do típico consumidor desse segmento. Superando lentamente a fama de “carro de boy” deixada pelo Stilo, o modelo vem ganhando espaço no mercado. Potencial para chegar às três mil unidades/mês o hatch tem, mas precisará de mais força da Fiat para conseguir isso. Afinal, não basta ser movido pela paixão para chegar ao topo do segmento.
Fiat Bravo Absolute 2011
Motor Quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 16 válvulas, 1.747 cm³
Potência 132 cv etanol / 130 cv gasolina a 5.250 rpm
Torque 185 Nm / 18,9 kgfm etanol - 180 Nm / 18,4 kgfm gasolina a 4.500 rpm
Câmbio Manual, com cinco marchas
Tração Dianteira
Direção Por pinhão e cremalheira, com assistência elétrica
Rodas Dianteiras e traseiras em aro 17” de liga-leve
Pneus Dianteiros e traseiros 215/45 R17
Comprimento 4,34 m
Altura 1,51 m
Largura 1,79 m
Entre-eixos 2,60 m
Porta-malas 400 l
Peso em ordem de marcha 1.360 kg
Tanque 58 l
Suspensão Dianteira independente, tipo McPherson; traseira dependente, tipo eixo de torção
Freios Disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira
Preço R$ 63.480

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