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Fiat eleva categoria do Uno Sporting 2017

Mas o crescimento também afetou os preços. E isso não é nada bom.

por Iago Garcia

No primeiro facelift dessa nova geração, em 2014, o Uno partia de R$ 30 mil. Para a linha 2017, a Fiat preparou mais uma atualização e agora ele parte de R$ 41.480. Se em dois anos os preços subiram, e muito, será que a qualidade do modelo também cresceu? Avaliamos a versão Sporting 1.3 do novo Uno para descobrir se o Uno está apenas mais caro ou se está oferecendo mais ao consumidor.


Além do facelift, que mudou bem pouco a cara do compacto, a grande novidade dessa linha está debaixo do capô. As opções de motor são completamente novas: uma 1.0 de três cilindros – o mesmo que acaba de equipar o Mobi – e outra 1.3 de quatro cilindros.


Na versão Sporting, apenas o 1.3 está disponível. Com até 109 cv de potência – contra 88 cv do antigo 1.4 – e 14,2 kgf.m de torque, esse novo motor oferece uma série de tecnologias que visam deixá-lo mais eficiente.



Diferente da maioria das concorrentes, a Fiat continua optando por comando com duas válvulas por cilindro. A justificativa da marca é a maior facilidade para manutenção – os preços de revisão ainda não foram definidos - e a melhor oferta de torque em baixas rotações. Nesse caso, ela tem razão. O único motor 1.3 do mercado é o da Toyota, usado no Etios, e o torque máximo dele é de 13,2 kgf.m.


A altíssima taxa de compressão, de 13,2:1, também contribui nesse aspecto. Para ser mais econômico, o 1.3 tem comando de válvulas com variados de fase hidráulico. Esse sistema alterna o ciclo de funcionamento do motor em situações de pouca exigênca do conjunto.



A variação de ciclo Otto para o Miller, altera o tempo de abertura de válvulas, diminuindo a etapa de compressão do cilindro. No ciclo Miller, a válvula de escape fica aberta por mais tempo, diminuindo o esforço do pistão na primeira fase de compressão do ar. A Fiat diz que essa tecnologia pode deixar o 1.3 do Uno até 7% mais econômico.


As velas são mais finas, feitas de Iridium e possuem bobina independente. O óleo mais fino, de viscosidade 0W20, também diminui o esforço do motor e busca a economia de combustível. Em números, o resultado é um 0 a 100 km/h em 9,8 s – com etanol – e consumo de 13,7 km/l em ciclo rodoviário com gasolina.


Se os números são bons, esse novo motor também é bom para rodar. Silencioso, de funcionamento suave, o 1.3 também é esperto na entrega de potência. Mesmo com o péssimo câmbio Dualogic da versão avaliada – que eleva o preço para R$ 53.690, com controle de tração e estabilidade de série – o propulsor se destaca.



A versão Sporting também recebe rodas de aro 15 exclusivas, suspensão com acerto mais firme e 170 mm de altura livre do solo. Start-stop, assistente de partida em rampa, direção elétrica, ar condicionado, rádio com conexão USB e Bluetooth, vidros elétricos nas quatro portas e sensor de ré também são de série. Com o pacote Tech, que adiciona a central multimídia Uconnect e câmera de ré, e o pacote Comfort, o Uno pode chegar aos R$ 57.550.



A Fiat se esforçou para “adequar” o Uno no novo preço. O acabamento interno melhorou, principalmente na qualidade dos materiais utilizados. O isolamento acústico também recebeu uma boa atenção, capaz de esconder os barulhos do câmbio Dualogic inclusive. Mas ainda é muito pagar mais de R$ 50 mil no Uno.


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