Fiat Idea Adventure

Segmento dos “off-road light” ganha a praticidade das minivans


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Gustavo Ruffo
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- Em 1999, a Palio Weekend Adventure criou um segmento de mercado que vem se mostrando cada vez mais bem-sucedido, o dos, segundo a Fiat, “off-road light”, apelidado, com alguma injustiça, de fora-de-estrada de butique. Não porque eles sequer se comparem a um veículo 4x4 em capacidade de vencer trilhas, mas sim porque as modificações não são, pelo menos nos veículos da marca italiana, apenas estéticas.

As principais são de suspensão, o segundo fator mais importante depois da tração nas quatro rodas em um percurso além do asfalto. Agora, sete anos depois, chega ao mercado a mais nova integrante do segmento, a Idea Adventure. A exemplo da pioneira, a minivan teve modificações importantes, mas sem perder a praticidade que caracteriza suas companheiras monovolume.

Por R$ 52,9 mil, a nova Idea Adventure traz um amplo pacote de itens de série. Isso para o consumidor é sempre um benefício, já que o carro, futuramente, terá seu preço cotado em tabela levando em consideração todos os seus itens de conforto, como ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, entre outras características já inerentes à Idea, como computador de bordo e o prático espelho retrovisor interno, que permite vigiar o que a molecada está fazendo no banco de trás.

A Fiat considera como concorrente do novo carro o Volkswagen CrossFox e o Ford EcoSport, mas, na verdade, a Idea Adventure tem uma proposta diferente das desses dois veículos. O EcoSport já nasceu com inspiração em utilitários esporte dificilmente ele poderia desempenhar o papel de um carro de passeio comum; enquanto o CrossFox é um Fox com suspensão mais alta.

Falando em suspensão, a da Idea Adventure é 3,5 cm mais alta, deixando a minivan com um vão-livre de 18,5 cm, contra os 15 cm da versão tradicional do modelo. Os pneus, 205/70 R15, calçados em belas rodas especialmente criadas para a minivan, acabaram ajudando a deixá-la com bons ângulos de ataque e de saída.

Por serem maiores, as rodas alongaram a transmissão da Idea em 8%. Para manter a agilidade do carro, a Fiat encurtou o diferencial em 9%, o que acabou deixando a Idea Adventure ainda mais esperta do que a versão 1.8 HLX da qual ela deriva.

Em termos de espaço, a Idea Adventure não difere do modelo normal a não ser pelo espaço que sobrou com a retirada do estepe do assoalho para tampa traseira. Com isso, a minivan ganhou um porta-objetos de 20 litros no lugar onde o estepe estava. A Fiat poderia ter aproveitado para encontrar espaço para cilindros de gás, já que a Idea Adventure certamente fará a alegria de muitos motoristas de táxis por sua suspensão mais forte. É fácil, de todo modo, entender por que a fábrica não fez isso, já que os custos poderiam ser proibitivos.

No que se refere ao visual, o novo carro traz todo o pacote já conhecido do público apreciador da linha Adventure, adotando, como o Doblò, uma grade dianteira um pouco mais parruda em vez de quebra-mato, equipamento que caiu em desuso por óbvias questões de segurança.

Uma das novidades externas fica por conta dos retrovisores maiores com repetidores de direção, a exemplo do que a Honda fez com o Fit 2007. Por dentro, a diferença básica está no grafismo do painel e nos bancos, que podem vir com couro em dois tons.

Na terra

No trajeto selecionado pela Fiat para avaliação do carro foi possível enfrentar percurso em estrada, cidade e terra. Nas três condições, a Idea mostrou qualidades.

No asfalto urbano, a regulagem de altura do banco, aliada à boa altura que o carro já tem, permite boa visibilidade. O câmbio mais curto garante a agilidade necessária para manobras rápidas.

Na estrada, o motor 1,8-litro de 114 cv a 5.500 rpm com álcool e torque de 18,5 kgm a 2.800 rpm torna as ultrapassagens seguras, mas não convida a nenhum ímpeto esportivo. Como no Palio 1.8R leia a avaliação dele aqui, esse motor, com DNA da Chevrolet, chega em seu limite de giro rápido demais. Como a Idea já é um veículo alto, torná-la ainda mais poderia comprometer a estabilidade, mas a Fiat aumentou a bitola do carro. Tudo bem que não foi muito, menos de 2 cm nos dois eixos, mas o ganho em altura também não foi excessivo.

Na terra, como é costume de veículos de tração dianteira, sente-se levemente o volante puxar mais para a direita, o que se chama de reação de torque, mas nada que comprometa a dirigibilidade da minivan.

Em razão da boa aparência do modelo pode-se esperar que a Fiat tem nas mãos mais um carro que vai vender bem. A resposta, confirmando ou não a tese, será dada pelas ruas em alguns poucos meses.

Gustavo Henrique Ruffo viajou a Betim a convite da Fiat


Gosta dos “off-road lights”?

Então veja abaixo as melhores ofertas dos veículos deste segmento:

  • Fiat Palio Weekend Adventure

  • Fiat Strada Adventure

  • Fiat Doblò Adventure

  • Volkswagen CrossFox

  • Volkswagen Parati Crossover

  • Volkswagen Saveiro Crossover

  • Ford EcoSport

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