Fiat Punto é o compacto mais atual do país

Novo hatch compacto marca pontos preciosos para a empresa


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Fernando Calmon
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- Lançado na Europa em 2005, o Punto chega para se tornar o mais atualizado compacto em produção no Brasil. Para a Fiat significa um passo adiante em termos de sofisticação. Não constitui, porém, uma nova categoria. Vai apenas disputar com VW Polo e Citroën C3 o segmento convencionado como premium, embora na Europa os três sejam apenas modelos comuns. Coisa de marqueteiros e sua criatividade ilimitada, aqui se cunhou a expressão de que o Punto seria um sporthatch, apesar de só estar disponível na versão de quatro portas.

O estilo é um dos pontos fortes do carro. Tanto que há um pequeno emblema com a assinatura de Giorgetto Giugiaro nas portas traseiras. Entre os toques de mestre do designer italiano destacam-se desenho dos faróis, marcante linha de cintura ascendente, espelhos fixados nas portas e minijanelas junto às colunas dianteiras. O Punto marca, também, a estréia no Brasil do novo logotipo da Fiat – o escudo de fundo vermelho, em substituição ao azul.

A generosa distância entre eixos de 2,51 m igual à do Idea ajuda na harmonia do conjunto, mas não se reflete em espaço extra para as pernas no banco traseiro. É que a forte inclinação do pára-brisa obriga a reposicionar para trás os bancos dianteiros. Com 280 litros de capacidade, o porta-malas é 10 litros menor do que o do Palio, mesmo este tendo 20 cm a menos de comprimento total.

Os preços ficam dentro do esperado pela proposta de nível elevado de acessórios e materiais de acabamento adequados. Partem de R$ 37.900 e vão a R$ 41.600 motor 1,4 L; depois sobem para R$ 44.400 e R$ 51.900 motor 1,8 L. Impressionante é a variedade de equipamentos.

Destaque para os comandos de voz do sistema de som e do telefone celular Bluetooth, desenvolvido em parceria com a Microsoft. É o denominado “Blue&Me”, que permite realizar chamadas, operar o sistema de som – inclusive alternando as pastas de CDs ou pen-drive com arquivos MP3 – e ler mensagens SMS, tudo por comando de voz. Não estranhe se vir alguém na rua falando sozinho dentro do Punto – ou melhor, com o Punto.

A segurança está em plano destacado: o Punto é o primeiro automóvel nacional a dispor de cortinas infláveis e encostos de cabeça dianteiros com efeito antichicote. Além disso, os vidros laterais são laminados nas versões HLX e Sporting. Elogiável a decisão da Fiat de oferecer o conjunto de seis airbags, mais ABS por R$ 2.500,00, contra o preço normal de R$ 5.100,00. É o pacote HSD, que não é oferecido para a versão de entrada, a “1.4”.

A esse pacote HSD é vinculado o acessório Blue&Me. Para ter o recurso de comunicação sem-fio, é necessário, portanto, adquirir ABS e airbags. Isso eleva o custo total nas versões ELX e HLX para R$ 3.900. Na Sporting, que já vem de fábrica com os recursos de segurança, o preço do Blue&Me é de R$ 500. Sentido inverso, o Punto básico não terá o equipamento de comunicação, pois a ele não é oferecido o pacote HSD.

A empresa italiana, finalmente, entrou no clube que dispensou o motor de 1.000 cm³, a exemplo dos seus concorrentes diretos. Afinal é o mais pesado – de 1.090 kg a 1.170 kg – e o motor de 1.400 cm³ teve que melhorar, subindo a potência em 5 cv para 85/86 cv. Foram adotados novos coletores de admissão e escape central eletrônica também foi recalibrada, o que elevou a potência. O torque é de 12,4/12,5 kgfm a 3.500 rpm, com gasolina e álcool. A linha Palio receberá em breve esse motor mais potente – a versão atual rende 80/81 cv a 5.500 rpm, com 12,2/12,4 kgfm de torque a apenas 2.250 rpm.

Bom mesmo para o carro é o de 1.800 cm³ de 113/115 cv, das versões HLX e Sporting, por sua capacidade de aceleração e relativa suavidade, como percebido depois de avaliação pelas ruas e no autódromo de Buenos Aires. A cidade foi escolhida para marcar a reabertura da linha de montagem da Fiat no país vizinho em 2008, após sete anos de paralisação.

Destaca-se também o bom acerto de suspensão independente tipo McPherson na dianteira, por eixo de torção na traseira – utiliza o mesmo componente do Stilo e da Idea, com pequenas diferenças de instalação. Em curvas o Punto mostra esperada tendência ao subesterço sair de frente, controlada facilmente com redução da aceleração, e inclinação da carroceria pouco acentuada, mas sem comprometer seu desempenho.

De acordo com a Fiat, o Punto equipado com motor 1,4-litro atinge 162/163 km/h de velocidade máxima e acelera de 0 a 100 km/h em 13,8/13,6 segundos sempre na ordem gasolina/álcool. Ainda segundo a fábrica as versões com o motor menor rodam com gasolina 12,9 km/l na cidade e 16,8 km/l na estrada; com álcool, são 9,1 km/l e 12,4 km/l. Com tanque de combustível com 48 litros de capacidade, tem-se boa autonomia na estrada, roda 806 km com o tanque cheio de gasolina ou 595 km com álcool.

O HLX, como de se esperar, anda mais. Vai a 181/183 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em 10,8/10,6 segundos. O Punto Sporting é pouca coisa melhor, chegando a 182/184 km/h e atingindo os 100 km/h em 10,5/10,3 segundos. A Fiat aponta números de consumo idênticos para as versões equipadas com o 1,8-litro: com gasolina, 12,1 km/l na cidade e 16,2 km/l na estrada; com álcool, 8,3 km/l e 11,2 km/l.

Permanece no Punto a “questão da plataforma”. O modelo europeu é construído sobre a plataforma do Opel Corsa – fruto do acordo entre a Fiat e a GM, já dissolvido. É um caso específico que não poderia ser estendido ao Brasil. Aqui a fábrica italiana afirma que o hatch tem plataforma nova, exclusiva, que combina elementos da européia com outros da Idea. Logo, nada mais é do que uma derivação da plataforma do Palio.

O mix previsto pela fábrica é de 70% das vendas com o motor de menor cilindrada, que vai bem em localidades de topografia plana. Ainda assim apresenta qualidades dinâmicas, comandos macios e precisos e boa posição ao volante.

Frente aos adversários diretos, as duas versões mais em conta do Punto certamente perderão em desempenho, embora se imponha quando receber o motor de maior potência. De qualquer modo se manterá à frente, se os critérios forem presença, conforto e requinte. Vender 3.000 unidades/mês, como prevê a Fiat, é ponto pacífico.

Colaboração de Luís Felipe Figueiredo


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