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Fiat Strada Sporting é o retrato da eficácia do marketing da Fiat no País

A estratégia da Fiat para manter a picape Strada na liderança entre os comerciais leves por 11 anos seguidos é simples: diversificar

por Auto Press

- A estratégia da Fiat para manter a picape Strada na liderança entre os comerciais leves por 11 anos seguidos é simples: diversificar. Mesmo sendo praticamente igual desde seu lançamento, em 1998, e sem passar por nenhuma evolução significativa na plataforma, a picape da marca italiana vem se consolidando em 2011 mais uma vez como a principal representante do segmento no Brasil. Até o mês de setembro, a Strada já tinha acumulado 90.835 unidades vendidas, praticamente o dobro da segunda colocada, a Volkswagen Saveiro e abocanhando quase 50% de todo o segmento. E para conseguir isso, a Fiat oferece uma grande variedades de configurações para a Strada. Além das três configurações de carroceria – cabine simples, estendida e dupla – ela tem várias versões. Começa na econômica Fire, vai para a pela “trabalhadora” Working, passa pela intermediária Trekking, chega na aventureira Adventure até alcançar a mais nova da turma, a Sporting, lançada na virada do ano.
Com essa, a tentativa foi de atrair um público jovem para o modelo, ao resgatar a tradição das picapes preparadas que viraram febre nas grandes cidades durante os anos 90. O problema é que tática não deu muito certo. Desde o seu lançamento, em dezembro, a versão Sporting só representou cerca de 1% do share total de vendas da Strada, algo em torno de 100 exemplares por mês – bem diferente da meta de 500 que a fabricante havia traçado durante o lançamento.
E isso não pode ser explicado pelo seu desempenho. Até porque entre o desenvolvimento e os primeiros protótipos, a Strada Sporting teve uma grande mudança: ganhou o motor 1.8 16V E.TorQ no lugar do antigo 1.8 8V de origem GM. Ele desenvolve 132 cv a 5.250 rpm e 18,9 kgfm de torque com etanol a 4.500 giros. Junto com o câmbio manual de cinco marchas, o conjunto leva a picape da imobilidade aos 100 km/h na faixa dos 10 segundos. Para diferenciar a configuração da Adventure, que usa o mesmo propulsor, a Fiat também promoveu alterações mecânicas para dar um comportamento mais esportivo para o modelo. A suspensão foi rebaixada em 10 mm e os amortecedores e molas ficaram mais rígidos, enquanto o diferencial recebeu uma nova relação.
A fabricante italiana ainda promoveu algumas alterações estéticas. A configuração Sporting ganhou faróis com máscara negra, saias laterais, molduras nas caixas de roda mais pronunciadas, spoiler dianteiro, rodas de liga leve exclusivas e outros detalhes de pintura espalhados na carroceria. Por dentro, volante e cobertura do freio de mão ganharam couro com costura vermelha e o painel de instrumentos novos grafismos.
Posicionada abaixo da Adventure dentro da linha da Strada, a Sporting vem relativamente bem equipada de fábrica. Conta com ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura, janela traseira corrediça, protetor de caçamba e rodas de liga leve de 16 polegadas. Com isso, o modelo “esportivado” já custa elevados R$ 46.270. Mas completo, como a unidade testada, o preço fica ainda mais estratosférico. Adicionando sensor de chuva, luminosidade, retrovisor eletrcrômico, retrovisores elétricos, teto solar, capota marítima, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, airbag duplo e ABS, a Strada Sporting vai a R$ 52.735. O desempenho no mercado pode ser um sinal de que o chamariz esportivo não é suficiente para superar o espanto provocado pelo preço.
Impressões ao dirigir A criação de uma versão esportiva de algum carro no Brasil geralmente significa apenas a adoção de alguns itens estéticos e cores berrantes da carroceria. Dentro da própria Fiat há o exemplo do Uno Sporting, que de diferente tem apenas um ajuste da suspensão – mantém o mesmo motor 1.4 do resto da linha. Com a Strada Sporting a história é um pouco diferente. Apesar de também ter os tais adereços visuais e pequena modificação da suspensão, é equipada com o motor mais potente da lin ha Palio, o 1.8 16V E.TorQ de 132 cv e 18,9 kgfm de torque.
A combinação da boa potência com o peso de pouco mais de 1.100 kg torna a picape bem divertida de dirigir. As arrancadas são vigorosas e seriam até mais se não fosse o tempo perdido na “procura” das marchas no impreciso câmbio manual. Mesmo assim, dá até para botar um sorriso no rosto de quem pilota o carro. Na arrancada, basta uma debreagem mais rápida ou uma aceleração mais forte para cantar pneu.
As curvas também podem ser encaradas de maneira mais arrojada. A adoção de uma suspensão mais rígida em conjunto com os pneus 185/55 R16 dão melhor estabilidade à picape e faz com que a carroceria pouco role nas curvas. No entanto, a boa impressão que a parte dinâmica proporciona perde um pouco a força quando se olha o interior. A pintura em preto da parte central do painel parece ser malfeita. O acabamento segue o resto da linha Palio e não é lá grande coisa. Os plásticos não aparentam muita qualidade e o seu encaixe não é dos melhores. O teto solar é outro que deixa a desejar, pois não abre por completo – é apenas basculante . Achar a melhor posição de dirigir também não é uma tarefa das mais facéis – a falta de ajuste de altura do banco atrapalha um bocado.
Ficha técnica Fiat Strada Sporting 1.8 16V Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.747 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples de válvulas no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração. Potência máxima: 130 cv com gasolina e 132 cv com etanol a 5.250 rpm. Aceleração 0–100 km/h: 10,3/10,0 segundos gasolina/etanol. Velocidade máxima: 182/184 km/h gasolina/etanol. Torque máximo: 18,4 kgfm com gasolina e 18,9 kgfm com etanol a 4.500 rpm. Diâmetro e curso: 80,5 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 11,2:1 Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores, braços oscilantes inferiores transversais e barra estabilizadora. Traseira semi-independente, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos verticais e barra estabilizadora. Não oferece controle de estabilidade. Pneus: 185/55 R16 Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS como opcional. Carroceria: Picape em monobloco com duas portas e dois lugares. Com 4,40 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,57 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais como opcional. Peso: 1.138 kg com 500 kg de carga útil. Capacidade da caçamba: 800 litros. Tanque de combustível: 58 litros. Produção: Betim, Minas Gerais. Lançamento: 2010. Itens de série: Ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, vidros e travas elétricas, volante com regulagem de altura, janela traseira corrediça, protetor de caçamba e rodas de liga leve de 16 polegadas. Preço: R$ 46.270. Opcionais: Sensor de chuva, luminosidade, retrovisor eletrcrômico, retrovisores elétricos, teto solar, capota marítima, rádio/CD/MP3/USB/Bluetooth, airbag duplo e ABS Preço da unidade testada: R$ 52.735.
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