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Com o Novo Fiesta
1.0 Supercharger a Ford prova que para um carro ser
rápido e ágil não é preciso
necessariamente ter turbina; basta bom motor e um compressor
mecânico.
Das três versões do Novo Fiesta que a
Ford apresentou recentemente ao mercado, a mais divertida
e interessante é a 1.0 Supercharger. Ao contrário
de outros propulsores de "mil" cilindradas
e 16V, e até mesmo dos motores turbo, que são
mais eficientes em giros altos, o 1.0 Supercharger de
oito válvulas da Ford responde prontamente a
partir de baixas rotações, e continua
crescendo na mesma proporção em que o
motorista pressiona o acelerador.
Descendente direto da consagrada linha de motores Zetec
Rocam, o motor 1.0 V Supercharger que equipa o Novo
Fiesta é quase tão eficiente quanto um
propulsor de 1.6 litro. Com 95 cv de potência
máxima (6.000 rpm) e 12,6 kgfm de torque (4.250
rpm), o "Baby Focus" Supercharger pode, segundo
a Ford, acelerar de 0 a 100 km/h em 13,3 segundos e
atingir velocidade máxima de 176 km/h, embora,
nessa faixa de velocidade, o nível de ruído
interno aumente bastante.
Na prática, esses números podem nem fazer
tanta diferença assim. Afinal, dá para
contar nos dedos o número de vezes em que você
precisa (ou deve) sair premendo fundo o acelerador até
o conta-giros atingir a faixa vermelha, ou arregalar
os olhos constatando que o ponteiro do velocímetro
oscila entre 160 e 170 km horários.
Bom mesmo é sentir o carro respondendo ao menor
toque no acelerador, como faz o Novo Fiesta 1.0 Supercharger.
Embora nosso teste-drive, por ocasião do lançamento
da nova linha, tenha se restringido a trechos de estrada
praticamente planos e com poucas curvas, a positiva
reação do motor é notável
e divertida.
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texto:
Ricardo Panessa
fotos: Divulgação
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MELHOR QUE TURBO
Compressor
amplia faixa de torque e aumenta potência a partir
de baixos giros
O desempenho em baixas rotações é
igual ao de um carro comum, com motor aspirado. O Novo
Fiesta não refuga nas saídas, o que faz
prever uma boa performance no pára-e-anda do
trânsito urbano. Por outro lado, disponibiliza
torque e potência iguais as de um motor turbo
comprimido e, segundo a Ford, 25% a mais do que um motor
aspirado de 16 válvulas com a mesma litragem.
O resultado prático é um carro gostoso
de dirigir e ao mesmo tempo econômico. Não
medimos o consumo durante o teste, mas a Ford garante
que o modelo faz quase 12 km/litro na cidade e passa
de 15,5 km/litro na estrada. Não duvido.
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BOA DIRIGIBILIDADE
Volante não oferece regulagem de altura, mas
posição de dirigir é agradável
Dirigir o Novo Fiesta é gostoso não somente
porquê o motor Supercharger é potente,
elástico e silencioso. Embora o volante da direção
não ofereça regulagem de altura, a posição
de dirigir é boa, a visibilidade é ampla
devido à grande área envidraçada
tanto para frente quanto para trás e para os
lados, e pelas respostas precisas da direção
e do câmbio. Aliás, a alavanca do câmbio,
a mesma utilizada no Fiesta antigo e, se não
me engano, igual a do extinto Escort, é única
coisa que restou do antigo modelo.
O painel também facilita as coisas. Com desenho
bem mais moderno (e bonito!), oferece fácil visualização.
O quadro de instrumentos, cinza "chic" escuro,
destaca o velocímetro (até 200 km/h!)
e o contagiros, outro equipamento de série do
modelo, com fundo cinza claro, ponteiros alaranjados
e novo grafismo. O hodômetro, o marcador de combustível
e o relógio são digitais.
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VISUAL É
Estilo "new edge" segue a linha
do Ka e Focus, com design limpo e moderno
Carro, de certa forma, é como mulher. A primeira
coisa que chama a atenção são as
formas. E se o Novo Fiesta fosse uma mulher, diria que
é uma mulher belíssima; do tipo "mignon",
pequena, mas com um corpão bem delineado e esbelto,
esbanjando sensualidade e juventude.
Seu desenho, totalmente diferente do modelo antigo,
embora lembre bastante o Focus Hatch, tem personalidade
própria. O capô é curto e baixo
e o pára-brisa dianteiro é enorme, colaborando
para a ampla área envidraçada que oferece.
Na dianteira, o destaque são os grandes faróis,
bem marcantes, incorporando os piscas. O desenho da
frente é marcado, ainda, pela grade inferior
e pára-lamas envolventes pintados na cor da carroceria.
A traseira, por sua vez, chama a atenção
pelas lanternas verticais nas colunas. Os pára-lamas
em formato de arco, em conjunto com rodas de liga leve
aro 14 completam o belo desenho.
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Acabamento não é dos melhores,
mas conforto para passageiros aumentou
O novo Fiesta é maior do que o Fiesta Street
vendido atualmente. A distância entre-eixos aumentou
42 mm - agora tem 2.488 mm - o que garante bom espaço
para os ocupantes do banco de trás. Além
disso, é 80 mm mais comprido, 67 mm mais largo
e 131 mm mais alto, o que o torna maior por dentro do
que por fora.
O acabamento, embora não seja deplorável,
já não pode mais ser considerado uma marca
registrada Ford, como já foi nos áureos
tempos. Na unidade testada, o console, bem desenhado
e resolvido, estava mal fixado, mas esse detalhe pode
ser relevado considerando tratar-se de um veículo
pré-série. Mas o acabamento do porta-malas,
esse sim, deixa muito a desejar. Totalmente em desacordo
com as boas forrações internas, o porta
malas é coberto por uma paupérrima forração,
solta e de péssimo aspecto.
Por outro lado, o espaço para a bagagem, de
305 litros, pode ser considerado bom. Além disso,
na lista de equipamentos de série estão
inclusos cintos de segurança dianteiros com ajuste
de altura, banco traseiro bipartido, porta-mapas nas
portas e bancos dianteiros, espelho de cortesia no quebra-sol
esquerdo, espelhos retrovisores com controle remoto
manual, relógio digital e sistema antifurto.
Na lista dos opcionais, pode ser encontrada direção
hidráulica, ar-condicionado, ajuste de altura
do banco do motorista, vidros elétricos, entre
outros.
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SUPERCHARGER,
Compressor mecânico faz a diferença
no desempenho
O Supercharger funciona basicamente como uma turbina,
mas é na realidade, basicamente, um compressor
mecânico acionado por correia através do
virabrequim, aumentando assim o rendimento volumétrico
do motor. Esse componente foi desenvolvido pela Eaton,
em conjunto com a Ford, especificamente para otimizar
o desempenho desse propulsor.
Com o Novo Fiesta, a Ford se torna a primeira montadora
nacional a utilizar o compressor mecânico num
automóvel. Na prática, isso resulta para
o motorista na possibilidade de obter respostas mais
rápidas do acelerador, e menos trocas de marcha
na cidade, com o mesmo consumo. Além disso, mesmo
com o compressor,
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