Honda City se mostra aguerrido, mas oferece acabamento mediano

Com o mesmo valor da versão topo de linha (R$ 71.095) dá para comprar um sedã maior e mais equipado


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Rodrigo Samy
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- O WebMotors rodou com o novo Honda City por cerca de 50 km na região de Indaiatuba, interior de São Paulo. O carro foi lançado na semana passada, como adiantou o WebMotors.

Ao contrário do que se imaginava, o City é um modelo inferior, no acabamento, ao Honda Fit, ficando também bem longe do Civic. Mesmo assim, o valor da versão intermediária fica bem próximo do preço de ambos. Mas os planos da Honda para o City são ambiciosos. A partir deste ano, a Honda pretende distribuir o City em 91 países, número bem superior aos 42 que comercializavam a geração anterior do automóvel. A planta de Sumaré, interior de São Paulo, por exemplo, exportará para os mercado argentinos e mexicanos.

Rodamos com o City nas versões LX automático R$ 60,01 mil, EX manual R$ 61,65 mil e EXL automático R$ 71.095. Nos três casos a potência é a mesma: 115 cv a 6.000 rpm gasolina e 116 cv a 6.000 rpm álcool, com torque de 145 Nm a 4.800 rpm álcool ou gasolina.

Apesar de ter a mesma largura do Fit 1,70 m, o City tem um interior menos ergonômico. Mesmo com o banco regulado na altura mais baixa, a cabeça do motorista de 1,80 m fica a menos de um palmo do teto. O volante, que conta com regulagem de altura e profundidade, pode ser ajustado facilmente. A visibilidade é favorecida graças à boa área envidraçada e à posição de condução. Por ser equipado com direção elétrica, o sedã oferece volante bem leve e ao mesmo tempo seguro quando a velocidade é superior.

O acabamento é espartano e é possível encontrar rebarbas no acabamento do console e do som integrado. Mesmo na versão topo, o City escorrega um pouco. A diferença é que na EXL o banco tem revestimento em couro, gerando um requinte mais elevado diante dos modelos intermediários.

Para os ocupantes do banco traseiro o espaço é suficiente. Ficaria melhor se o mesmo sistema ULT Utility, Long e Tall do Fit fosse aplicado. Além de contar com o vão do escapamento, faltando um assoalho plano, a Honda optou em colocar um guarda-volume embaixo do banco traseiro. Um pouco sem sentido, principalmente porque o espaço não funciona como uma gaveta. Outro empecilho é que você não tem a possibilidade de acessar o espaço levantando os bancos.

O porta-malas de 506 l tem fácil acesso, porém conta com o sistema pescoço de ganso, de dobradiças na tampa, que acaba roubando um pouco do volume do compartimento. Outro ponto falho é que o estepe de serviço, que serve apenas para rodar em situações de emergência, é separado por uma tampa de compensado. A abertura pode ser feita internamente por um botão colocado no assoalho, ao lado do banco do motorista.

Em todas as versões, o City apresentou um ruído elevado proveniente do propulsor, detalhe que ao mesmo tempo gera uma conotação esportiva. A suspensão, composta por McPherson na dianteira e barra de torção na traseira, é firme, lembrando muito a reação dos carros compactos mais esportivos da Honda. Esta sensação ficou mais evidente nas versões EX e EXL, ambas equipadas com pneus 185/55 de aro 16”.

O desempenho do City é bom para um carro equipado com motor 1,5-litro. A versão manual oferece uma relação peso/potência de 9,6 kg/cv. Já a automática apresenta 9,8 kg/cv. Estruturalmente o carro está bem equilibrado. A uma velocidade de 120 km/h, o automóvel se demonstrou estável e seguro. O câmbio automático de cinco velocidades ficou bem ajustado: oferece trocas rápidas sem perder a potência. Neste ponto, o City se saiu superior ao Fit. A versão topo é a única equipada com Paddle-Shift, que permite trocas de marcha manuais com o acionamento de alavancas localizadas no volante.

A transmissão manual conta com manopla parecida com a usada pela Volkswagen, mas o seu escalonamento é um pouco mais longo. Mesmo sendo bem ajustada e precisa, o tempo de troca é maior. A embreagem é firme e oferece segurança nos engates. O motor entra em ação rapidamente, evitando que o City “morra” na largada, como ocorre com alguns propulsores de 16 válvulas. Aí está o pulo do gato do City: seu motor conta com a tecnologia i-VTEC Flex Controle Eletrônico Variável de Sincronização e Abertura de Válvulas. O sistema é bem perceptível, tanto que chega a remeter à abertura de um segundo estágio. A vantagem é que o sistema varia tanto o tempo quanto a profundidade de abertura das válvulas, para máxima eficiência em diferentes regimes de marcha.

Gols pros e gols contra

Apesar de ter valor “salgado” perante os concorrentes, o City oferece de série sistema de som com rádio, ar-condicionado, digital nas versões EX e EXL e manual na LX, e airbag frontal duplo motorista e passageiro. Mas o ABS e EBD não estão presentes nas versões de entrada. Outro pênalti nos veículos LX é o sistema de freios a tambor nas rodas traseiras.

Com o valor equivalente do Honda City topo de linha - R$ 71.095 EXL AT - dá para comprar modelos superiores, tanto em tamanho como em motor. O exemplo está nos testes elaborados pelo WebMotors: Comparativo entre sedãs ou Fiat Linea Dualogic enfrenta Fiat Linea T-Jet

Outro concorrente do sedã da Honda é o Volkswagen Polo Sedan I-Motion, um carro já consagrado no mercado por sua confiabilidade, que chega agora com câmbio robotizado. O valor sugerido para a versão topo deste sedã da VW é de R$ 53.815.

FICHA TÉCNICA – Honda City AT e MT

MOTORQuatro tempos, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, SOHC i-VTEC, 1.496 cm³
POTÊNCIA115 cv gasolina e 116 álcool a 6.000 rpm
TORQUE145 Nm a 4.800 rpm
CÂMBIOManual e automático de cinco velocidades
TRAÇÃOdianteira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; elétrica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 15” versão LX e 16” versões EX e EXL
PNEUS Dianteiros e traseiros 175/65 R15 versão LX e 185/55 R16 versões EX e EXL
COMPRIMENTO 4,40 m
ALTURA 1,48 m
LARGURA 1,69 m
ENTREEIXOS 2,55 m
PORTA-MALAS 506 l
PESO em ordem de marcha LX AT 1.160 kg, EX MT 1.122 kg e EXL 1.178 kg
TANQUE42 l
SUSPENSÃO Dianteira com McPherson, amortecedores telescópicos e molas helicoidais. Traseira com barra de torção
FREIOS Discos ventilados na dianteira e na traseira com tambor LX. Discos nas quatro rodas com ABS e EBD Versões EX e EXL
CORES Branco Taffeta Sólido, Dourado Poente Metálico, Prata Global Metálico, Grafite Magnesium Metálico, Cinza Paladium Metálico, Verde Vermont Perolizado, Vermelho Rally Sólido, Preto Cristal Perolizado e Verde Deep Perolizado
PREÇO Preços públicos sugeridos são de R$ 56.210,00 LX MT, R$ 60.010,00 LX AT, R$ 61.650,00 EX MT, R$ 65.450,00 EX AT, R$ 65.375,00 EXL MT e R$ 71.095,00 EXL AT com frete incluso base Estado de São Paulo


DERRAPAMOS: as versões de acabamneto do Honda City são LX entrada, EX intermediária e EXL topo. Texto devidamente atualizado. Na ficha técnica, os pneus estavam respectivamente 16 e 17. O correto é 15 e 16. Tabela devidamente atualizada.

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