Duas voltas em uma pista de testes no campo de provas de Tochigi, da Honda, não foi nada que seja parecido com suficiente para explorar plenamente o muito aguardado carro esporte híbrido da marca japonesa, o NSX. Mas foi o suficiente para deixar os seis jornalistas, que experimentaram, com sorrisos largos.
O motor turbo V6 arranca com um quase rudimentar latido de um carro de corridas, exatamente como um Jaguar V8 ou uma Mercedes-Benz AMG maquiada – e ele transmite não somente uma sugestão de parcimônia em economia de combustível na medida em que coloca você de volta no assento em aceleração máxima, a transmissão de dupla embreagem de nove marchas conduzindo a ‘orquestra’ com competência e sem estardalhaço.
Duas unidades do NSX foram disponibilizadas para testes. Uma delas era com o volante do lado direito usando emblemas Honda, mas eu dirigi a versão Acura com volante à esquerda. Ambos os carros foram limitados a 180km/h em torno da pista, que era restritiva além do necessário, dado a tração dianteira do Jade wagon de 1.5, para o mercado chinês, ter sido bem estabelecida na menor faixa da pista demarcada a uma velocidade indicada de 183km/h.
A transmissão já mencionada é operada por botões localizados no centro do console, utilizando uma nova configuração que a Honda planeja introduzir em outras linhas de carros nos próximos anos. É muito simples de usar, mas sinaliza que a Honda está se juntando à Ferrari na liga de carros esportivos de alto prestígio que aboliram a terrivelmente arcaica alavanca de velocidades.
É evidente que o NSX foi altamente estável na entrada de cada curva. A compostura do carro foi uma peculiaridade em termos de segurança de dinamização, auxiliada em grande parte pela vetorização de torque disponibilizada pelos dois motores elétricos dianteiros. Na medida em que o carro detectava uma perda de aderência dianteira, não importando a rapidez, um motor proporcionava torque adicional para o lado externo das rodas dianteiras direcionando o carro mais para a curva - muito parecido com o diferencial ATTS do coupe Prelude da empresa a partir de 1997.
Como um bônus, este admirável carro elétrico ofereceu a sensação de condução tátil em velocidade, mas a sobrecarga poderia ser sinalizada em baixas velocidades optando por um dos modos de operação que mudam a assistência de direção e os parâmetros operacionais do sistema de transmissão. Este sistema possibilita vários modos diferentes, entre eles o Sport +, Sport, Normal, EV e o Quiet.
No modo Sport (e no modo mais arrojado Sport+), as borboletas de mudança poderiam ser usadas para maior travagem do motor, embora a travagem regenerativa tenha, de qualquer maneira, resultado em um grau significativo.
Por trás do volante, o NSX é como qualquer outro Honda - boa posição de condução que é rápida e facilmente selecionada, juntamente com assentos justos, mas confortáveis. As subidas provaram estar longe de representar qualquer problema ou desafio, apesar do NSX ser um carro com baixo centro de gravidade e de apenas duas portas.
Obviamente, há pouco a aprender sobre a condução do carro e NVH (noise, vibration, and harshness) e detonar em uma pista de testes, mas apesar do diluído berro abaixo do motor, o NSX é tranqüilo. Uma avaliação mais aprofundada do carro terá que esperar por um lançamento de mídia completo. O que fica evidente mesmo neste rápido teste é que o NSX passa mais a sensação de um real coupe esportivo de passeio do que o BMW i8.
Cada detalhe neste carro parece perfeito também. Ele é rápido e eficiente, mas também prático para o dia a dia. É possível que o seu único 'defeito' seja a falta de nervosismo inacabado de alguns carros esportivos de potencial e desempenho similar.
A decisão da Honda por híbrido provavelmente não trará mais vendas, mas é respeitável fazê-lo – e não custará nada à companhia sendo o NSX tão bom.
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