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Hyundai Creta Limited é completo e bem-acabado

Aceleramos a versão Limited do SUV compacto, a segunda em uma escala de um a quatro, que usa o motor 1.0 turbo de 120 cv

por André Deliberato

O teste de hoje é sobre o Hyundai Creta Limited, a segunda versão - em uma escala de um a quatro - da nova geração do SUV compacto da empresa coreana, lançada em agosto do ano passado.
O carro custa hoje R$ 134.590 em São Paulo e R$ 130.090 em outras cidades e, podemos dizer, vem de série com um bom pacote de equipamentos e acabamento interno de fazer inveja a muito SUV mais caro.
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O único ponto que tem gerado discussão sobre o modelo é o design, mas isso a gente deixa para vocês opinarem - no campo de comentários, que fica no "pé" desta página!

Hyundai Creta Limited, a versão mais vendida

Vamos começar pelo design, justamente o maior causador de intriga desta nova geração do modelo. Para muita gente - e diria que a maioria, já que o carro vende bem (são 12,6 mil unidades emplacadas de janeiro a março deste ano, média de 4,2 mil unidades por mês, segundo a Fenabrave) -, o carro ganhou aspecto futurista e ousado.
Para uma outra galera, os visuais da frente e da traseira não conversam e há exageros nas linhas. Foi o que achei quando vi o carro pela primeira vez, principalmente pelo ângulo traseiro.
Mas tem gente que adora, como um amigo que veio me consultar a respeito de seu futuro carro: ele estava em dúvida entre o Hyundai Creta Limited e o novo Jeep Renegade com motor turboflex - falei sobre as virtudes e os vacilos de cada um deles e deixei que tomasse sua própria decisão. A resposta foi direta: "Então vou de Creta, preciso de porta-malas e achei lindo esse novo".

Pacote digno

Gostei da oferta da configuração Limited. Não é recheada como a Ultimate (topo de linha) ou mesmo a Platinum (que fica no meio das duas versões citadas nesse parágrafo), mas vem com o básico necessário hoje em dia.
Vale lembrar que o novo Creta vem de série desde a versão Comfort com ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, alarme, rodas de liga leve aro 16"; luzes de posição em LED (DRL); sensor de monitoramento de pressão dos pneus; câmera de ré; entrada USB para os bancos traseiros e volante com ajuste de altura e profundidade.

O sistema multimídia blueMedia com tela de oito polegadas também é ofertado desde a versão mais barata. E entre os itens de segurança, o SUV da Hyundai vem com 6 airbags, freios a disco nas quatro rodas e piloto automático com limitador de velocidade.

No carro que aceleramos, o Creta passa a contar com rodas de 17 polegadas diamantadas; volante revestido em couro; sensor de estacionamento traseiro; faróis de neblina; ar-condicionado com display digital; borboletas para trocas de marcha atrás do volante; chave presencial e carregador de celular sem fio no console. Já a central multimídia passa a poder incorporar o sistema bluelink.

Aqui vamos apenas pontuar que na versão mais cara com o motor 1.0 turbo, a Platinum (de atuais R$ 154.090), o Creta tem tudo que já foi mencionado e ainda oferece bancos de couro; quadro de instrumentos digital de sete polegadas colorido; console central mais elevado e a central multimídia blueNAV maior, com tela de 10,25 polegadas - que, segundo a Hyundai, é a maior da categoria -; câmera de monitoramento de ponto cego; freio de estacionamento por botão; banco do motorista com ventilação; câmeras 360º; teto solar panorâmico e seletor de modos de condução.
Mais uma vez: são equipamentos confortáveis de se ter, claro, mas que já podem ser considerados  mimos, uma vez que vários deles você já não encontra em rivais dessa mesma faixa de preço.

A versão topo de linha, a Ultimate - que usa outro motor, o 2.0 flex aspirado, (de R$ 166.790) -, tem proposta de equipamentos muito parecida com a da versão Platinum, mas passa a ter rodas de 18 polegadas; banco de couro em dois tons; faróis full-LED e vários equipamentos de auxílio à condução, como detector de fadiga, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência na faixa (com aviso sonoro e atuador), farol alto adaptativo, piloto automático adaptativo (ACC) e sensor de estacionamento dianteiro.

Em suma, podemos dizer que o Hyundai Creta Limited tem o necessário para agradar uma família ou quem quiser levar para casa um SUV compacto completo e muito bem-acabado. E é sobre isso que vamos falar agora.



Acabamento bem-feito

A evolução do nível de acabamento do Creta é nítida, principalmente para quem já andou ou mesmo já teve um da geração anterior - que não era ruim, diga-se. Materiais nobres e aquela sensação de conforto acústico são sentidos desde a versão mais básica e logicamente melhoram na Limited.
Materiais de porta agradáveis, revestimentos do console e detalhes emborrachados são destaques de uma cabine que recebe bem os ocupantes. E nesse sentido, o Creta também é digno de elogios, já que cresceu de tamanho na atualização do ano passado - são 4,30 m de comprimento (1 cm a mais), 1,79 m de largura (1 cm a mais) e 2,61 m de entre-eixos (2 cm maior) na comparação com o anterior.

Isso significa mais espaço para quem senta no banco de trás. Em nosso teste, dois adultos puderam viajar com conforto no banco traseiro - três já passariam aperto. Agora, se forem crianças, dá para ir de boa, com o conforto de uma USB para carregar um tablet e uma saída de ar exclusiva. Mas há um pênalti: para privilegiar esse conforto, o carro perdeu volume no porta-malas, que caiu de 431 litros para 422.



E como anda?

O motor 1.0 turbo é mais que suficiente se você roda somente na cidade. E o câmbio automático de seis marchas colabora para essa sensação, pois é muito bem escalonado para o conjunto. Mesmo se você costuma dirigir em uma tocada mais nervosa, o SUV reage bem - embora, como em todo carro turbo, haja um lag natural de resposta por conta do tempo de enchimento da turbina.
Também dá para pegar estrada de final de semana de boa, mas é preferível viajar com o carro leve e com pouca gente - com cinco e porta-malas cheio, o Creta Limited já começa a penar. E isso também se reflete no consumo - segundo dados oficiais, o Creta 1.0 turbo faz 8,3 km/l na cidade e 8,7 km/l na estrada com etanol e 11,6 km/l e 12 km/l, respectivamente, com gasolina.
Em nossas mãos, o computador de bordo registrou média de 8 a 8,5 km/l, de acordo com a tocada - sempre com ar-condicionado ligado e pelo menos duas pessoas a bordo.

Suspensões também merecem nota alta, ainda que a traseira seja do tipo mais comum, por eixo de torção. O carro absorve bem os solavancos do prejudicado asfalto brasileiro e não deixa que quem está lá dentro sofra os impactos - e diria que faz isso como muitos SUVs médios, e não como a maioria de seus rivais, compactos.
Mas o que eu realmente gostei foi da ergonomia da cabine. Tudo muito bem ajustado e à mão do motorista, repleto de materiais nobres e bem cuidados, além de vários equipamentos que hoje não são tão comuns de se ver em carros desse valor, como os botões de ignição e de ligar e desligar o start-stop e o sistema de farol automático. Faltou só o teto solar...
Em resumo, o Hyundai Creta Limited é a versão mais vendida da nova geração do carro justamente por isso: é completo, bem-acabado, seguro, gostoso de dirigir e muito bem-feito. Tá de olho em um SUV compacto? Se você curtir o design, dê uma olhada com carinho.

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