O carro custa hoje R$ 134.590 em São Paulo e R$ 130.090 em outras cidades e, podemos dizer, vem de série com um bom pacote de equipamentos e acabamento interno de fazer inveja a muito SUV mais caro.
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O único ponto que tem gerado discussão sobre o modelo é o design, mas isso a gente deixa para vocês opinarem - no campo de comentários, que fica no "pé" desta página!
Hyundai Creta Limited, a versão mais vendida
Vamos começar pelo design, justamente o maior causador de intriga desta nova geração do modelo. Para muita gente - e diria que a maioria, já que o carro vende bem (são 12,6 mil unidades emplacadas de janeiro a março deste ano, média de 4,2 mil unidades por mês, segundo a Fenabrave) -, o carro ganhou aspecto futurista e ousado.Para uma outra galera, os visuais da frente e da traseira não conversam e há exageros nas linhas. Foi o que achei quando vi o carro pela primeira vez, principalmente pelo ângulo traseiro.
Mas tem gente que adora, como um amigo que veio me consultar a respeito de seu futuro carro: ele estava em dúvida entre o Hyundai Creta Limited e o novo Jeep Renegade com motor turboflex - falei sobre as virtudes e os vacilos de cada um deles e deixei que tomasse sua própria decisão. A resposta foi direta: "Então vou de Creta, preciso de porta-malas e achei lindo esse novo".
Pacote digno
Gostei da oferta da configuração Limited. Não é recheada como a Ultimate (topo de linha) ou mesmo a Platinum (que fica no meio das duas versões citadas nesse parágrafo), mas vem com o básico necessário hoje em dia.Vale lembrar que o novo Creta vem de série desde a versão Comfort com ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, alarme, rodas de liga leve aro 16"; luzes de posição em LED (DRL); sensor de monitoramento de pressão dos pneus; câmera de ré; entrada USB para os bancos traseiros e volante com ajuste de altura e profundidade.
O sistema multimídia blueMedia com tela de oito polegadas também é ofertado desde a versão mais barata. E entre os itens de segurança, o SUV da Hyundai vem com 6 airbags, freios a disco nas quatro rodas e piloto automático com limitador de velocidade.
No carro que aceleramos, o Creta passa a contar com rodas de 17 polegadas diamantadas; volante revestido em couro; sensor de estacionamento traseiro; faróis de neblina; ar-condicionado com display digital; borboletas para trocas de marcha atrás do volante; chave presencial e carregador de celular sem fio no console. Já a central multimídia passa a poder incorporar o sistema bluelink.
Aqui vamos apenas pontuar que na versão mais cara com o motor 1.0 turbo, a Platinum (de atuais R$ 154.090), o Creta tem tudo que já foi mencionado e ainda oferece bancos de couro; quadro de instrumentos digital de sete polegadas colorido; console central mais elevado e a central multimídia blueNAV maior, com tela de 10,25 polegadas - que, segundo a Hyundai, é a maior da categoria -; câmera de monitoramento de ponto cego; freio de estacionamento por botão; banco do motorista com ventilação; câmeras 360º; teto solar panorâmico e seletor de modos de condução.Mais uma vez: são equipamentos confortáveis de se ter, claro, mas que já podem ser considerados mimos, uma vez que vários deles você já não encontra em rivais dessa mesma faixa de preço.
A versão topo de linha, a Ultimate - que usa outro motor, o 2.0 flex aspirado, (de R$ 166.790) -, tem proposta de equipamentos muito parecida com a da versão Platinum, mas passa a ter rodas de 18 polegadas; banco de couro em dois tons; faróis full-LED e vários equipamentos de auxílio à condução, como detector de fadiga, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência na faixa (com aviso sonoro e atuador), farol alto adaptativo, piloto automático adaptativo (ACC) e sensor de estacionamento dianteiro.
Em suma, podemos dizer que o Hyundai Creta Limited tem o necessário para agradar uma família ou quem quiser levar para casa um SUV compacto completo e muito bem-acabado. E é sobre isso que vamos falar agora.
Acabamento bem-feito
A evolução do nível de acabamento do Creta é nítida, principalmente para quem já andou ou mesmo já teve um da geração anterior - que não era ruim, diga-se. Materiais nobres e aquela sensação de conforto acústico são sentidos desde a versão mais básica e logicamente melhoram na Limited.Materiais de porta agradáveis, revestimentos do console e detalhes emborrachados são destaques de uma cabine que recebe bem os ocupantes. E nesse sentido, o Creta também é digno de elogios, já que cresceu de tamanho na atualização do ano passado - são 4,30 m de comprimento (1 cm a mais), 1,79 m de largura (1 cm a mais) e 2,61 m de entre-eixos (2 cm maior) na comparação com o anterior.
Isso significa mais espaço para quem senta no banco de trás. Em nosso teste, dois adultos puderam viajar com conforto no banco traseiro - três já passariam aperto. Agora, se forem crianças, dá para ir de boa, com o conforto de uma USB para carregar um tablet e uma saída de ar exclusiva. Mas há um pênalti: para privilegiar esse conforto, o carro perdeu volume no porta-malas, que caiu de 431 litros para 422.
E como anda?
O motor 1.0 turbo é mais que suficiente se você roda somente na cidade. E o câmbio automático de seis marchas colabora para essa sensação, pois é muito bem escalonado para o conjunto. Mesmo se você costuma dirigir em uma tocada mais nervosa, o SUV reage bem - embora, como em todo carro turbo, haja um lag natural de resposta por conta do tempo de enchimento da turbina.Também dá para pegar estrada de final de semana de boa, mas é preferível viajar com o carro leve e com pouca gente - com cinco e porta-malas cheio, o Creta Limited já começa a penar. E isso também se reflete no consumo - segundo dados oficiais, o Creta 1.0 turbo faz 8,3 km/l na cidade e 8,7 km/l na estrada com etanol e 11,6 km/l e 12 km/l, respectivamente, com gasolina.
Em nossas mãos, o computador de bordo registrou média de 8 a 8,5 km/l, de acordo com a tocada - sempre com ar-condicionado ligado e pelo menos duas pessoas a bordo.
Suspensões também merecem nota alta, ainda que a traseira seja do tipo mais comum, por eixo de torção. O carro absorve bem os solavancos do prejudicado asfalto brasileiro e não deixa que quem está lá dentro sofra os impactos - e diria que faz isso como muitos SUVs médios, e não como a maioria de seus rivais, compactos.
Mas o que eu realmente gostei foi da ergonomia da cabine. Tudo muito bem ajustado e à mão do motorista, repleto de materiais nobres e bem cuidados, além de vários equipamentos que hoje não são tão comuns de se ver em carros desse valor, como os botões de ignição e de ligar e desligar o start-stop e o sistema de farol automático. Faltou só o teto solar...
Em resumo, o Hyundai Creta Limited é a versão mais vendida da nova geração do carro justamente por isso: é completo, bem-acabado, seguro, gostoso de dirigir e muito bem-feito. Tá de olho em um SUV compacto? Se você curtir o design, dê uma olhada com carinho.
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