Já aceleramos o novo Hyundai Tucson

Completamente novo - e melhor -, SUV ainda não tem data para chegar ao Brasil


  1. Home
  2. Testes
  3. Já aceleramos o novo Hyundai Tucson
Mike Motoring
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon


O Tucson é o novo utilitário esportivo de médio porte da Hyundai. Não, não erramos o nome do modelo e o carro destas fotos ainda não chegou ao Brasil. Os nossos parceiros do Motoring, da Austrália, que tem mais sorte que os brasileiros, já tiveram acesso ao novo SUV da marca coreana, que será vendido por lá a partir do mês que vem. Por aqui, o modelo deverá chegar, com sorte, em 2016. Por enquanto, curta o teste feito pelos nossos amigos.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

O modelo substitui o bem-sucedido ix35 da marca, e em sua evolução de volta para o futuro tem novas dimensões e visual repaginado. Dizemos de "volta ao passado" devido à pródiga placa Tucson de identificação. A Hyundai usou o nome do modelo para o carro que precedeu o ix35. Uma readequação mundial – apesar de em alguns mercados esta mudança de nome nunca ter acontecido, como nos Estados Unidos.

A Hyundai não perde seu tempo lamentando a 'passagem' do ix35, nem dinheiro com marketing para trazer compradores para esta geração. Especialistas dizem que o novo visual do

">Tucson, a atualização tecnológica e o valor agregado serão mais do que suficientes para atrair para a festa os clientes novos e antigos. Nós concordamos...

Primeiro de tudo, o novo Tucson é ligeiramente maior e mais largo do que o ix35. É discutível se isso, na realidade, pode significar alguma coisa para os consumidores comuns. O que conta é que há mais espaço na cabine e mais capacidade de bagagem.

Em torno de 65 mm mais longo de comprimento, 30 mm mais largo e 30 mm mais alto e maior na distância entre os eixos quando comparado ao ix35, o Tucson é agora um concorrente direto do Subaru Forester e Toyota RAV4, de acordo com informações da própria Hyundai.


A capacidade do bagageiro é de 488 litros. Existe a possibilidade de rebater os bancos da segunda fileira (Tucson está rigorosamente na categoria de cinco lugares), aumentando a capacidade para 1.478 litros. A título de comparação, a capacidade de bagagem do Forester, de acordo com a fabricante, é 458/1.541.

IMAGE

A Hyundai está alardeando mudanças em categorização. No entanto, muito mais importante do que a semântica da rotulagem, o Tucson introduz uma nova plataforma ao segmento. Isto significa que o carro é novo - não somente em termos de componentes mecânicos ou pela sua estrutura, mas também em relação aos sistemas eletrônicos, projeto de suspensão e outras áreas que materialmente afetam o requinte.

É, praticamente por quase todos esses parâmetros, um produto mais refinado e mais elegante. A cada geração, o fabricante coreano elevou o seu patamar – correndo o risco de prolongar ainda mais uma metáfora, o Tucson aterrissa como o melhor da marca.


A Hyundai praticamente dobrou a utilização de aço de ultra resistência na carroceria. Há um uso mais extensivo de aços estampados a quente e mais 100m de agentes aglutinantes especiais. Isto significa mais resistência em uma colisão – e também estrutura superior para suportar a melhor qualidade da suspensão e componentes do chassi.

Há uma história de que os componentes desta suspensão tornaram-se bastante poderosos. Basta dizer que o Tucson era o projeto de ajuste local mais complexo da Hyundai até então. Isso graças não só ao modelo múltiplo e combinações de motorização, mas também pelo fato de os Tucsons Aussie serem construídos na Coréia do Sul e República Checa, usando peças de fornecedores diferentes.

No total, mais de 100 combinações de suspensão e vários ajustes de direção foram avaliados antes que o carro fosse aprovado. Embora tenhamos dedicado a ele tempo limitado, estamos preparados para dizer que ainda é o maior esforço da marca Tucson.

A resposta da direção é consistente, comunicativa e imediata, mesmo na combinação da especificação top do Highlander de 19 polegadas para rodas e pneus. No entanto, não falta controle da carroceria, nem equilíbrio - o resultado final apresenta manuseio previsível e confiável apenas com o suficiente movimento da carroceria para que se sinta estar em uma "perua de passeio de alto padrão"... Embora nem tanto, mas é certo que os passageiros ficarão surpresos com o progresso em comparação à geração anterior.



QUATRO VERSÕES


Disponível apenas como tração dianteira alimentada por motor 2.0 (quato cilindros) a gasolina (MPI) de 155 cv/19,5 kgf.m, o Active é o modelo básico. Com preço a partir de $27,990 (moeda australiana) – aproximadamente R$ 72,2 mil – para a opção com câmbio manual de seis velocidades ou $30.490 (R$ 78,7 mil) para o com transmissão automática, também de seis marchas.


Itens fundamentais, como câmera traseira, seis airbags, lanternas LED de circulação diurna e tela "touch screen" (sensível ao toque) de sete polegadas estão confirmados para este Tucson de baixo custo.

Já o Active X traz sob o capô um 2.0 a gasolina com injeção direta de combustível de 164 cv/20,7 kgf.m e a lista de equipamentos inclui estofamento em couro e rodas de liga leve de 18 polegadas, um incremento de $ 2,500 (R$ 6,4 mil) - manual $ 30.490 (R$ 78,6 mil) e automático $32,990 (R$ 85 mil) - comparado ao carro de baixo custo.


Novamente apenas com tração dianteira, o X também possui recursos de sensores traseiros de estacionamento, volante multifuncional com controles de áudio e navegação, espelhos retrovisores externos rebatíveis/térmicos e rack de teto, também como acabamento externo aprimorado.


O Active e o Active X também estarão equipados com Apple CarPlay e a funcionalidade Google Android Auto – uma vez que os operadores dos sistemas aprovam o hardware da Hyundai.



E é aqui que os tropeços de especificação mencionados na nossa visão geral mostram suas faces... É possível ter as melhores propulsões ou a melhor tecnologia que a Tucson dispõe - não as duas coisas. Ao subir para a versão Elite ou para o top de linha, Highlander, seus sistemas integrados de navegação e entretenimento de oito polegadas não são compatíveis ao CarPlay nem Android Auto. E não serão – por enquanto...


O Elite tem apenas configuração com câmbio automático, mas introduz a opção de tração integral. A variação com tração dianteira 2.0 custa $35,240 (R$ 90,7 mil). Como alternativa, com a estrela do Tucson em linha, o novo motor (T-GDI) a gasolina turboalimentado de 177 cv/27 kgf.m sob o capô, o modelo com tração nas quatro rodas  mais em conta custa $38.240 (R$ 98,5 mil).


Este motor é exclusivamente combinado com a transmissão automática da dupla embreagem de sete velocidades da própria Hyundai.


O convencional Elite 2.0 automático  de seis marchas turbodiesel AWD custa $40.240 (R$ 103,6 mil). A potência está classificada em 183 cv, com torque substancial de 40,7 kgf.m.


De maneira incongruente, o modelo Elite exige um rebaixamento de couro para tecido e retorno para rodas de liga de 17 polegadas a partir do Active X. Dito isto, há um aumento significativo dos níveis de equipamentos globais: Faróis de LED com lanternas curvas são padrão; ar-condicionado de duas zonas, sensor de chuva,  dez modos de regulagem elétrica do assento do motorista, entrada/partida sem chave e uma cartada mestra 'inteligente' no segmento da Hyundai que é a tampa do porta-malas motorizada.


Este último item permite abrir o bagageiro sem tocar no carro. Enquanto a chave inteligente estiver no seu bolso, ao se aproximar da parte traseira do carro a tampa se abrirá. Compradores de veículos pesados irão amar!


No topo da série está o Tucson Highlander AWD, disponível nas versões 1.6 turbo a gasolina e 2.0 turbo a diesel ao preço de $43,490 (R$ 112 mil) e $45,490 (R$ 117,1 mil), respectivamente.



Não falta muito para os compradores do Highlander. Rodando sobre rodas de liga leve de 19 polegadas com pneus Continental ContiSportContact5 de alta qualidade, o Highlander inclui sensor dianteiro de estacionamento, monitoramento da pressão dos pneus, aquecimento e resfriamento dos assentos de couro (incluindo oito regulagens elétricas dos assentos), direção multifuncional com controles de telefone e o maior teto solar panorâmico do mundo...Talvez seja um pouco de exagero, mas quem precisa de um SUV conversível quando se tem tantos vidros?


Do ponto de vista de segurança ativa, o Highlander é um dos que mais tem. Alerta para ponto cego, sistemas auxiliares para mudança e saída de faixa, alerta de tráfico transversal traseiro e detector de colisão são todos de série .


ALTA QUALIDADE

O Tucson de lançamento que avaliamos atravessou uma série de estradas incluindo algumas da Alpine Way cobertas de neve – exatamente o tipo de terreno que os compradores de SUV sentem a necessidade de 'conquistar'.


Nosso Highlander turbo-diesel AWD fez um breve trabalho em condições escorregadias, embora tenha sido necessário usar a combinação do AWD Lock e cancelar as funções de controle de tração para lidar com os percursos com mais gelo.


Apostando o Active X de tração dianteira em algumas estradas de cascalho de entretenimento na Brindabella Ranges, entre os campos de neve e Canberra, reforçou-se o valor do ajuste da suspensão realizado pelo time local da Hyundai.


Talvez a minha única crítica substancial esteja nos freios - não em termos de eficiência, mas sim no pedal um pouco longo. Você logo se acostuma com isso, mas eu prefiro um curso com menos toque ou com mais retardo inicial.


Não se engane, porém, de forma dinâmica, este estreante do novo segmento é de impressionar. E, sim, ainda estamos falando de um Hyundai.


Minha escolha do leque de opções é o 1.6 turbo a gasolina das versões Elite e Highlander. Combinado com a transmissão de dupla embreagem de sete marchas da Hyundai, o Elite que eu dirigi oferece uma requintada mistura em alta tecnologia em desempenho e dirigibilidade.


Na realidade, deveria também oferecer razoável economia. Vimos uma média de 10,6 km/l depois de conduzi-lo de uma forma bastante animada.


O 1.6 é uma versão do mesmo motor que a Hyundai estreou com o Veloster, mas aqui ele retorna para se adequar ao seu papel de utilitário esportivo. Não se preocupe muito com a pequena capacidade – o ajuste revisado, que proporciona pico de torque entre 1500 e 4500 rpm, garante desempenho adequado.



O 1.6 é mais equilibrado em relação ao turbo-diesel. E o que talvez seja mais importante ainda é a calibração da caixa de câmbio de dupla embreagem. A resposta é claramente mais nítida do que o automático de seis velocidades convencional utilizado no 2.0 turbodiesel.

No geral, o 1.6/DCT parece ser o mais vigoroso, mas de combinação mais razoável. A Hyundai afirma 12,9 km/l para o 1.6 no ciclo combinado (urbano/rodovia) em comparação com 15,6 km/l para o turbodiesel. Estes números poderiam ser melhorados no papel e na pista através da adição de stop-start automático. Esta é uma das omissões mais óbvias a partir do que é essencial para um veículo novo, partindo do zero.

Mas de alguma forma eu não acredito que será um tudo ou nada para a maioria dos usuários do Tucson. Eles estarão mais focados na beleza, no estilo atualizado (o primeiro modelo Hyundai completamente projetado sob o domínio do guru do estilo, Peter Shreyer, diz a sinopse da propaganda), postura muscular, níveis do equipamento e competência geral deste novo SUV.


Em sua evolução, a partir do ix35 para o Tucson, este carro movimentou a Hyundai. Não é barato e alegre como era antes, mas melhor em muitos quesitos. Quando contrastado com o ix35, o novo Tucson é um excelente exemplo de ritmo e magnitude dessa melhoria.


Os usuários deste muito disputado segmento estão procurando uma combinação de estilo e essência. O SUV mais recente da Hyundai possui ambas características.

IMAGE

Hyundai Tucson Highlander 1.6T GDI AWD 2015

GOSTAMOS  

Maior espaço na cabine 

Combinação 1.6-litro turbo e câmbio automatizado

Suspensão e ajuste da direção


NÃO GOSTAMOS

Freios precisam um pouco mais de pressão

Versões top sem o melhor da tecnologia oferecida                                                         

Cabine carece de charme na opção de entrada

Consulte preços de carros novos e usados na Tabela Fipe e WebMotors.

Comentários