Jeep Grand Cherokee CRD, a diesel, cobra caro pelo que oferece

Modelo parece ser a gasolina, tanto para o bem quanto para o mal


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Gustavo Ruffo
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- O que normalmente se espera de um utilitário esportivo movido a diesel? Primeiro, que ele seja econômico. Segundo, que ele não seja lá muito silencioso, e que vibre um bocado. Terceiro, que não seja lá muito barato. Pois o Grand Cherokee CRD, a versão a diesel do utilitário da Jeep, inverte as duas primeiras coisas e exagera na terceira. Vendido a R$ 179,9 mil, ele cobra caro pelo que oferece. Afinal, ele se parece demais com a versão a gasolina. Para o bem e para o mal.

Do lado bom, só se nota que o Grand Cherokee CRD é a diesel quando ele é abastecido e quando se dá a partida, que é um pouco mais brusca que a de um motor a gasolina. Com o motor ligado, o utilitário não vibra e não faz barulho, mesmo em marcha lenta. O Mercedes-Benz Classe ML a diesel, por exemplo, tem vibrações no volante tanto em baixas quanto em altas velocidades. E custa mais caro que o Grand Cherokee CRD.

Por outro lado, o Mercedes é econômico, algo que o Jeep não pode se gabar de ser. Em seu computador de bordo, o Grand Cherokee CRD marcou 17,7 l a cada 100 km, medida européia que representa 5,6 km/l. Na estrada, ele melhorou sua marca para 17,5 l a cada 100 km, ou 5,7 km/l. Para um veículo a diesel, é um consumo alto demais, semelhante ao de um modelo a gasolina com motor V8.

No que se refere a preço, não há como negar que o Grand Cherokee CRD é bem equipado. Vem com ar-condicionado, direção hidráulica, retrovisores, travas e vidros elétricos, sistema de som de alta fidelidade, tração nas quatro rodas com marcha reduzida mas com acionamento elétrico, bancos com regulagem elétrica e memória e seis airbags. Mesmo assim, faltam faróis de xenônio e sistema Bluetooth de telefonia, coisa que carros bem mais baratos oferecem como item de série no Grand Cherokee CRD, o chamado “U Connect” é opcional. O preço seria alto mesmo que os equipamentos que faltam fossem de série.

A favor do utilitário, pode-se dizer que ele oferece um bom acabamento, com aplicações de couro e plásticos de boa qualidade, alguns deles, como o do aro do volante, imitando madeira. A imitação, aliás, pode parecer sofisticada, mas o fato de esses plásticos serem meio transparentes tira todo o eventual glamur. Não sem motivo: ainda não inventaram madeira transparente...

Ao volante

Em termos de ergonomia, os comandos do Grand Cherokee estão bem colocados, com diversas possibilidades de regulagem, mas um problema sério do utilitário é o teto baixo demais. Para pessoas com mais de 1,80 m, nem a regulagem de altura do banco alivia a sensação de que a cabeça vai esbarrar no teto. O espaço no banco traseiro é bom, mas o teto baixo também atrapalha a sensação de conforto que as pernas folgadas poderiam transmitir.

Em movimento, o bom comportamento do motor a diesel dá ao utilitário um rodar macio. A suspensão, mais firme do que a de gerações anteriores do Grand Cherokee, torna seu comportamento em curvas mais confiável, mas não o suficiente para inspirar uma condução mais ousada. Ela continua mais voltada ao conforto que à esportividade, o que, em se tratando de um utilitário esportivo, tem toda a razão de ser.

Mais do que o preço, que o teto baixo ou o consumo, o que mais vai contra o Grand Cherokee CRD é o fato de uma nova geração do utilitário estar muito próxima do lançamento. Na melhor das hipóteses, chega em 2011. Na pior, em 2012. Com isso, o modelo atualmente à venda no Brasil ficará defasado em um período de tempo muito curto. Se isso já é prejudicial a um veículo nacional, que tende a desvalorizar bastante com essas mudanças, é ainda pior para um importado. Ainda mais para um tão caro.

FICHA TÉCNICA – Jeep Grand Cherokee CRD

MOTORQuatro tempos, seis cilindros em “V”, longitudinal, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, 2.987 cm³
POTÊNCIA218 cv a 4.000 rpm
TORQUE510 Nm a 1.600 rpm a 2.400 rpm gasolina
CÂMBIOAutomático de cinco velocidades
TRAÇÃO Nas quatro rodas, com marcha reduzida
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; hidráulica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 17”,de liga-leve
PNEUS Dianteiros e traseiros 245/65 R17
COMPRIMENTO 4,75 m
ALTURA 1,79 m
LARGURA 1,93 m
ENTREEIXOS 2,78 m
PORTA-MALAS 978 l até o teto
PESO em ordem de marcha2.235 kg
TANQUE78 l
SUSPENSÃO Dianteira independente, tipo SLA braço longo e curto; traseira multilink
FREIOS Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira
CORESazul escuro, cinza mineral, verde oliva, branco, prata e verde
PREÇOR$ 179,9 mil

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