Kia Magentis

Sedã coreano, equipado e andador, tem preço competitivo: R$ 69,9 mil


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Gustavo Ruffo
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- Que o mercado de sedãs médio-grandes anda crescendo um bocado não é mais novidade para ninguém. O que talvez seja para muita gente é que a Kia oferece um competidor nesse segmento que, seja pelo preço, seja pelo nível de equipamentos, seja pela qualidade de construção, deve ser levado bem a sério por qualquer pessoa que esteja pensando em comprar um carro novo na faixa dos R$ 70 a R$ 80 mil: o Kia Magentis.

Como se trata de um carro importado, definição que normalmente faz as pessoas pensarem que o custo é inacessível, convém começar a descrever o Magentis pelo preço: R$ 69,9 mil. Considerando sua faixa de mercado, é um preço muito bom. Se a consideração abranger também o nível de equipamentos do sedã coreano, pode-se dizer que ele, na relação entre custo e benefício, é uma das melhores opções do mercado.

O Mégane Sedan, avaliado recentemente pelo WebMotors leia mais sobre ele aqui , é disparado o nacional com o preço mais vantajoso do mercado. Com ABS e EBD distribuição eletrônica de frenagem, airbags para motorista e passageiro, vidros, travas e retrovisores elétricos, toca-CD, controlador de velocidade, comandos do rádio e do controlador de velocidade no volante, ar-condicionado, direção hidráulica, motor 2-litros de 138 cv, câmbio automático de quatro marchas e um porta-malão de 520 l, o sedã da Renault sai por R$ 65,99 mil.

Pois o Magentis tem o mesmo pacote de itens de série, fora o porta-malas, que é um pouco menor, com 420 l, mas oferece a mais bancos e revestimento das portas de couro, suspensão traseira multilink, mais moderna que a do Renault, com barra de torção, e motor mais potente, de 145 cv a 6.000 rpm e 19,3 kgm de torque a 4.250 rpm, com comando de válvulas variável. É mais caro R$ 3.910. Por essas vantagens, é um custo adicional aceitável, ainda mais considerando que ele é importado, com um imposto de importação de 35%. Fosse esse imposto mais baixo, provavelmente haveria uma quantidade enorme de Magentis nas ruas.

O sedã coreano oferece outra vantagem que pouca gente percebe e que só será reconhecida por quem ficar com o carro por muito tempo, ou por seu segundo ou terceiro dono: a garantia de cinco anos.

Existem marcas que utilizam esse argumento para prender o consumidor a suas redes de serviço, já que a garantia obriga o dono do carro a fazer todas as revisões recomendadas, todas elas muito caras. A Kia jura que não pretende fazer isso nem cobrar um preço alto por cada revisão, apenas assegurar que o carro está sendo mantido em boas condições.

Se a promessa se cumprir, isso é duplamente vantajoso: primeiro porque a marca tem uma confiança danada na qualidade do seu produto, o que pode convencer até o mais desconfiado dos consumidores; segundo, porque o Grupo Gandini já deu provas mais do que suficientes de que não quer deixar de distribuir os carros da Kia no Brasil. Se não o fez quando o dólar estava a quase R$ 4, com imposto ainda mais alto do que hoje, não o faria agora, quando as condições do câmbio a favorecem. E, no caso de um aperto, o grupo sempre vai poder recorrer ao plano de ter uma fábrica nacional, que foi temporariamente engavetado.

Andando com o Magentis

Um pênalti que o carro eventualmente poderia ter seria o câmbio de quatro marchas, mas, excluindo o Fusion, que pertence a uma categoria superior, apesar de custar o mesmo que seus concorrentes menores, e o Civic, ambos com câmbios automáticos de cinco marchas, todos os outros, como Vectra, Corolla e Mégane Sedan, têm câmbios de quatro marchas. E o do Magentis permite trocas manuais.

Essas transmissões não casam bem com motores pequenos e mesmo com alguns 2-litros elas podem deixar a desejar, o que não é o caso do sedã da Kia. É certo que o test-drive foi bastante restrito, não tendo sido possível avaliar o Magentis em condições reais de dirigibilidade, apenas no circuito pequeno reservado à imprensa pela Kia, mas a primeira impressão foi bastante boa.

O motor 2-litros apresenta bom torque em baixa rotação, o que se pode creditar ao comando variável de válvulas e dinamicamente se mostrou melhor inclusive que o modelo com motor V6, ainda não lançado no Brasil. Em curvas fechadas, o Magentis com motor 2-litros se mostrou mais bem equilibrado e gostoso de dirigir.

Sempre que foi exigido, o motor respondeu prontamente, o que mostra um acerto mais puxado para o esportivo que para o confortável, com uma suspensão nem mole demais, como costumam ser os carros feitos para o mercado americano, nem excessivamente dura, à moda dos esportivos puros. E o carro pesa 1.432 kg, o que não é pouco.

Se não visa exclusivamente ao conforto, o Magentis se sai bastante bem na tarefa de proporcioná-lo. Os bancos são amplos e confortáveis e o espaço interno para os passageiros de trás parece mais amplo que o de seus concorrentes, apesar de o entreeixos do Magentis estar na mesma faixa do utilizado por eles, 2,70 m.

Enquanto roda, o máximo que se escuta de som dentro do sedã coreano é o rumor dos pneus em contato com o asfalto ou o ronco do motor, muito suave, quando ele é acelerado um pouco mais forte.

Aqui se nota a qualidade de construção do Magentis, surpreendente para quem tinha por referência da indústria coreana os primeiros Hyundai que chegaram ao Brasil, como o Excel. As distâncias entre os painéis da carroceria são mínimas e o carro ganhou, nos EUA, a certificação máxima de segurança em choques dianteiros e laterais, conferida pela exigente entidade NHTSA National Highway Traffic Safety Administration.

O desenho do Magentis é agradável e menos ousado que o do Mégane Sedan. Discreto sem ser careta, com linha de cintura alta, ele é bastante parecido com sedãs grandes alemães, como o Volkswagen Passat, mas bem mais barato.

Os comandos do rádio no volante são de fácil acesso, mas até seriam dispensáveis devido ao uso de botões grandes no console, que favorecem o manuseio. Todos os restantes, como o dos vidros elétricos, o do ar-condicionado etc. seguem a mesma receita de acionamento tranqüilo.

O porta-malas, apesar de não ser o maior de sua categoria, comporta bem a bagagem de uma família de cinco pessoas. O acesso para dentro é dos melhores, com ampla abertura, uma reclamação constante de quem tem de utilizar o compartimento com freqüência, ou que tem malas grandes a carregar. Para fora, caso alguém fique preso no porta-malas, também: há um dispositivo que permite abri-lo por dentro, como na maioria dos concorrentes.

Boa construção, bom preço, ampla garantia. A não ser por questões de gosto pessoal, essa é a receita mínima para uma boa compra. E o Kia Magentis certamente é um ingrediente a considerar.

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