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Mercedes-AMG GLE 53 esbanja requinte e desempenho

Carro da marca alemã tem o corpo robusto de SUV e alma de esportivo, com excesso de conforto e tecnologia

por Marcus Celestino

Existem duas formas de começar um teste sobre este carro do título. Dá para falar sobre sua dinâmica, mas prefiro encetar o texto com comentários sobre seu interior. O motivo, como você bem deve notar nas galerias que complementam essas palavras, é que esse automóvel, por dentro, é uma verdadeira nave.
Falo do Mercedes-AMG GLE 53. Um modelo com corpo de SUV e alma de esportivo capaz de transformar qualquer um, até mesmo este escriba, num galã e num baita de um patrão.
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Interior do Mercedes-AMG GLE 53

O Mercedes-AMG GLE 53 é um dos carros mais caros da Mercedes à venda no Brasil. Custa, hoje, módicos R$ 813.900. E isso a gente percebe na construção do habitáculo.

O ambiente remete aos sedãs da marca, mas não abdica das salpicadas de robustez típicas de um SUV desse porte. O console central é um bom exemplo disso.
O carro tem, além de excepcional acabamento com uso de couro, borracha e carbono, duas alças que remetem à proposta de utilitário esportivo. Além disso, aqui, condutor e passageiro dispõem ainda de duas saídas USB do tipo C, dois porta-copos devidamente climatizados e bancos com aquecimento e massageador.
O touchpad com apoio de mão da central multimídia, da qual falaremos um pouco mais adiante, fica nessa área. Aqui também estão os botões de ajuste de altura da suspensão, de escolha do modo de escapamento e de seleção de modo de condução. Para fechar, há ainda comandos para o teto-solar panorâmico, botões de memorização dos assentos e apoio de braço que tem, por baixo, generoso porta-objetos.

São muitos botões, né? Pois é, botões nós temos de sobra no habitáculo do AMG GLE 53. Para piorar, os comandos não são lá tão intuitivos, e leva algum tempo para o condutor se acostumar com tudo.
Os touchpads que ficam no raio o volante, por exemplo, servem para navegação no computador de bordo e na central multimídia. Facilitam, até, a vida do motorista. Mas até você, sem sequer saber por onde começar, entender qual é a função deles, já terá recorrido à tela da própria central.
Esta, aliás, é digna de elogios. As telas da central multimídia e do computador de bordo, ambas de 10,25 polegadas, são integradas. Isso dá a sensação de que você tem à disposição um tablet gigante, que conta com informações relevantes sobre o funcionamento do veículo. A central dispõe, ainda, do sistema MBUX, que reconhece funções por comando de voz.

Esse posto de comando criado por computador de bordo e central multimídia dá um charme adicional ao painel bem acabado e com filete de LED que separa as quatro saídas de ar da barra de comandos. Vai de porta a porta, e garante requinte e certo tom futurista ao habitáculo. O LED, vale frisar, também se faz presente no console central.
Os bancos, por sua vez, têm revestimento em couro sintético e microfibra. Já o volante é coberto por elegante couro napa, e as borboletas para trocas de marcha, assim como as pedaleiras, são em alumínio. O mesmo material está no estribo, devidamente iluminado.

Dimensões do Mercedes-AMG GLE 53

Aqui na segunda fileira de bancos do GLE, o espaço é considerável. Isso se dá, claro, graças às dimensões generosas do SUV. São 4,93 m de comprimento, 1,78 m de altura, 2,15 m de largura e 2,99 m de entre-eixos.

Os passageiros do banco traseiro têm ainda, veja você, ajuste elétrico dos assentos, ar-condicionado e porta USB do tipo C para dar aquele gás durante uma viagem mais longa.
Temos portinha USB do tipo C também para quem vai na terceira fileira. Na configuração para sete lugares, aliás, a capacidade do porta-malas é de 120 litros. Na configuração, digamos, habitual, o volume é de 630 litros.

Exterior e itens de conforto e segurança

O GLE tem linhas discretas, porém elegantes na dianteira. Os apoios da grade são verticais e já dão ao carro aquela cara de AMG.
Essa unidade aqui que está com a gente vem com rodas de 21 polegadas de liga leve com design de cinco raios duplos. São pintadas em preto fosco e diamantadas. Já na traseira, destaque para as ponteiras duplas cromadinhas, que deixam o AMG GLE 53, é evidente, mais nervosinho.

Passemos rapidamente também por alguns itens de segurança e conforto relevantes dentro da extensa lista de equipamentos que o GLE, claro, tem. O veículo dispõe, entre outros, de câmera 360 graus, faróis e lanternas de LED, monitoramento de pressão dos pneus, sete airbags, realidade aumentada para navegação e suspensão com sistema adaptativo de amortecimento.

Dinâmica

Mas agora vamos aos pormenores. Agora, como diria aquele apresentador do bigode, a cobra vai fumar. O GLE é pesadão. Pesadão mesmo. São 2,2 toneladas de gordurinha e muito amor. Mas, caros leitores, não se enganem.
O bicho é ardiloso, é sacana. Traíra. Assim que você dá partida no carro, já sente um ronco diferente. Dá para regular esse ronco gostoso, inclusive, por meio de botão ao volante. O Mercedes-AMG GLE 53 tem tecnologia híbrida leve. E é empurrado por um ditoso motor 3.0 de seis cilindros em linha de 435 cv e 53 kgf.m de torque. O câmbio é automático de nove velocidades, com tração integral. A distribuição do torque é 100% variável.

Aí, minha gente, com tudo isso, não tem jeito. Quando provocado, o GLE responde como um digno AMG. Claro que não é como os danados dos 63, mas o bicho é bruto.
As trocas de marchas são muito precisas e ainda podem ser feitas nas borboletas no volante. O motor responde sempre com muita agilidade e o conjunto parece sempre trabalhar com muita sobra.
Para se ter ideia, o 0 a 100 km/h é feito em 5,3 segundos. A velocidade máxima é limitada a 250 km/h, mas já é mais do que suficiente para brincar. Para conter essa devassidão, temos freios com discos perfurados e ventilados de 400 mm na dianteira e de 345 mm na traseira.

A direção é leve, na mão, e progride de maneira adequada - e pode ficar mais ou menos dura por causa dos quatro modos de condução que o carro tem. Cada um desses modos mexe no comportamento do veículo e podem, por exemplo, alterar amortecimento da suspensão e aquele paranauê a mais no motor.
A suspensão adaptativa, aliás, garante ao GLE comportamento excepcional nas curvas. Mesmo no modo que prima pelo conforto não evita batidas mais secas, mas nada que incomode tanto quanto, por exemplo, no GLA.
Quanto ao consumo, conseguimos médias até que razoáveis no teste. Foram 7,2 km/l em ciclo urbano e 9,8 km/l em ciclo rodoviário — isso pisando com certo gosto no acelerador. Então, além de dar aquela esticada gostosa na estrada, pode meter bronca e ir para o shopping sem medo de ser feliz com a família.

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