Mercedes-Benz inicia vendas do novo CLS AMG no Brasil

Equipado com um inédito V8 de 5,5L de 557 cv, sedã esportivo teve aceleração e velocidade máxima melhorados


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Rodrigo Ribeiro
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– Indaiatuba - SP – Seis meses após a apresentação estática para a imprensa especializada, a Mercedes-Benz começou a entrega dos primeiros CLS 63 AMG no Brasil. Com preço sugerido de US$ 268 mil, o sedã esportivo estreia a nova geração do modelo e o novo motor V8 biturbo da divisão esportiva da marca. Com 5,5L de deslocamento e dois turbos, o até então inédito propulsor é capaz de acelerar o esportivo de 0 a 100 km/h em 4,6 s, chegando à máxima limitada de 280 km/h.

Para mostrar a capacidade do modelo a jornalistas, concessionários e clientes, a Mercedes-Benz seguiu a onda iniciada recentemente por BMW e Audi e disponibilizou o esportivo para um veloz test-drive no autódromo da Fazenda Capuava, construído pelo já falecido empresário Alcides Diniz. As voltas rápidas eram conduzidas por instrutores da AMG, “importados” da Alemanha temporariamente somente para esta tarefa.

Sedã ou cupê?
Por fora o novo CLS em nada lembra o modelo anterior, responsável por inaugurar o segmento dos sedãs com cara de cupês. Apesar do desenho não ter o apelo de ousadia do primeiro CLS, a agressividade das linhas foi ampliada. A “cara de mau” ficou maior, mérito da grande grade do radiador e dos faróis em LEDs. Porém como a principal visão que a maioria das pessoas terá do CLS AMG será da traseira, a Mercedes optou por aplicar nessa região linhas mais arredondadas, inspiradas no conceito Shooting Break.

O interior manteve a austeridade típica de carros da marca, usando materiais nobres para compor o acabamento sem deixar a esportividade de lado. Na cabine contrastam o volante herdado do superesportivo SLS AMG e o relógio central produzido pela grife suíça IWC. Em relação ao Classe E, que usa a mesma plataforma, o CLS tem o interior mais envolvente e moderno. Os comandos do câmbio e do freio de mão, por exemplo, são totalmente elétricos.

O preço de quase meio milhão de reais é justificado pelos incontáveis mimos dentro do sedã: do Park Assist capaz de estacionar o carro sozinho até massagem nos encostos dos bancos, o CLS procura tratar seus passageiros com excelência. Até na hora de andar rápido.

Fugindo do calor
Todos os CLS 63 AMG vendidos no Brasil serão equipados com o Performance Pack, que adiciona 27 cv ao já potente V8 5,5L biturbo, totalizando 557 cv e 900 Nm de torque. A cavalaria é levada às rodas traseiras por um câmbio de sete marchas e embreagens múltiplas. Não é tão rápido quanto as transmissões automatizadas de duas embreagens, mas a diferença é quase imperceptível para os motoristas com alma de pilotos.

Em alta velocidade, seja nas retas ou nas curvas, o CLS 63 AMG surpreende. Com amortecedores de rigidez alterável em três níveis, o modelo passa de um sedã de luxo para um esportivo puro-sangue ao apertar de alguns botões. A rolagem da carroceria no modo mais esportivo é mínima, o que explica um dos mimos do CLS: em curvas rápidas, os encostos dianteiros inflam suas laterais para apoiar melhor o corpo dos passageiros.

No limite o CLS sai gradualmente de dianteira, um comportamento seguro para um modelo tão potente. Saídas de traseira só são possíveis com os controles eletrônicos desligados e uma boa dose de abuso ao volante – mesmo em saídas de curvas fechadas e com o motor em giros elevados as rodas traseiras se mantiveram grudadas no asfalto.

Mas o DNA da Mercedes, a mais luxuosa do trio alemão completado por BMW e Audi, se revelou no calor superior a 30ºC no interior paulista. Após menos de duas voltas rápidas no travado circuito de 2.100 metros, o V8 apresentou desempenho de quatro-cilindros 2,0L. A explicação veio pelos instrutores da AMG: a temperatura ambiente alta, associada com a tocada rápida dos carros elevou a temperatura do óleo do motor a níveis perigosos, acionando um modo de segurança do V8 para evitar danos permanentes ao conjunto. Um dos instrutores se mostrou surpreso. “Nunca aconteceu em nossos eventos na Europa”, explicou o piloto.

Considerando o fato de que dificilmente os proprietários desses modelos conduzirão de forma tão extrema, a refrigeração deficiente do modelo não deve ser considerada um defeito. O porém é que modelos como Audi RS5 e BMW M3 não tiveram esse problema no mesmo autódromo e em temperaturas semelhantes. Mas os 100 esperados consumidores do CLS esperados até o 2011 não precisam se preocupar: para acelerar legalmente e impressionar tanto quem está fora quanto quem está dentro, o CLS AMG é igual aos seus concorrentes: impressionante.

Test-drive feito a convite da Mercedes-Benz do Brasil

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