MINI Cooper ainda mais divertido ao volante

WebMotors acelerou as versões 'calma' e 'nervosa' do hatch em sua 3ª geração


  1. Home
  2. Testes
  3. MINI Cooper ainda mais divertido ao volante
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon


Simpático, carismático, bonitinho. O MINI é merecedor de todas estas classificações. No entanto, o automóvel ícone da Inglaterra e ‘pop’ por ser o carrinho – no bom sentido – do personagem Mr. Ben não se limita a estilo. Ser agradável e divertido ao volante são outras qualidades deste pequeno notável, que chega ao Brasil em sua terceira geração nas versões Cooper e Cooper S, e preços que vão de R$ 89.950 a R$ 124.950.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

O WebMotors avaliou as duas configurações durante lançamento ocorrido na pista da Fazenda Capuava, em Indaiatuba, interior de São Paulo.

Com novo motor 1.5 de apenas três cilindros, o MINI Cooper já entrega muita diversão. Nem tanto pelos 136 cv de potência disponíveis a elevados 6.000 rpm, mas especialmente pelo torque vigoroso de 22,4 kgf.m entre 1.250 e 4.500 giros, e pelo excelente trabalho da transmissão automática Steptronic de seis marchas. As saídas e retomadas são sempre intensa. Ao volante do ‘bólido’ – que está 98 milímetros maior que a geração anterior – não existe morosidade.

De acordo com a marca, o MINI Cooper vai de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 210 km/h. Excelentes números para quem está enxuto, pesando apenas 1.115 quilos (8,2 kg/cv).

No entanto, a principal evolução do novo MINI encontra-se na suspensão, que está mais macia, privilegiando o conforto – e entendendo melhor as condições das ruas e avenidas brasileiras. A geração anterior utilizava uma regulagem demasiadamente firme, promovendo batidas secas e incômodas ao encarar a buraqueira tupiniquim. Ao mesmo tempo, no entanto, a agradável dirigibilidade e a sensação de estar guiando um kart – características marcantes do MINI – foram preservadas. E neste sentido, ponto para a tecnologia. Explicamos…

O Cooper – assim como o Cooper S – é equipado com sistema Driving Modes. Com movimentações para esquerda e direita de um botão próximo à alavanca do câmbio, o motorista pode selecionar três formas de condução: MID (Normal), Green (Econômica) e Sport (Esportiva). Todas atuam e modificam as características do motor, transmissão, direção e suspensão.

No MID, tudo acontece de maneira mais ‘soft’. O conforto está em primeiro lugar. O propulsor funciona de maneira mais linear, as trocas acontecem em rotações mais baixas e de maneira quase imperceptível. A suspensão deixa os amortecedores com curso mais longo e a direção é suave. No Green, todos os parâmetros são otimizados para a economia de combustível. E na Sport, o bloco fala mais alto, as trocas de marchas acontecem em giros mais elevados, os amortecedores passam a trabalhar com curso mais curto e a direção assume personalidade mais firme e direta.

Importante destacar que desde a versão mais básica, os controles de tração e estabilidade estão presentes, assim como ABS nos freios e distribuição eletrônica de frenagem, entre outras tecnologias que atuam para corrigir eventuais abusos e erros do motorista. Ainda em termos de segurança, o MINI, independentemente da versão, traz seis air bags de série.

Internamente, o MINI Cooper traz novidades. O velocímetro, por exemplo, deixou de ocupar o grande mostrador localizado no centro do painel e passou para uma posição mais tradicional, atrás do volante e ao lado do conta-giros. Este leitor central agora traz somente outras informações do veículo. No caso do Cooper S há uma tela LCD de 6,5 ou 8,8 polegadas, dependendo da configuração (Exclusive ou Top) com dados extras, como do sistema de navegação por GPS.

A posição ao volante também é fácil de encontrar, apesar de as regulagens elétricas – principalmente do banco do motorista – não estarem disponíveis. Ponto para o ajuste de altura e profundidade da coluna de direção e para a excelente empunhadura do volante, revestido em couro. Os bancos, ao contrário, são em tecido.

E o conforto fica por conta da direção com assistência elétrica, o controle e limitador de velocidade, o ar-condicionado de duas zonas, sistema de som com conectividade bluetooth, entre outros mimos.

Cooper S

Como uma espécie de ‘cereja apimentada’ do lançamento do novo MINI, avaliamos o Cooper S. Internamente, as diferenças são pontuais – a tela de LCD, como dito acima, é o que mais salta aos olhos. Algumas das unidades à disposição dos jornalistas traziam detalhes estéticos da John Cooper Works (JCW), divisão esportiva da marca que deverá, em 2015, chegar com uma versão para este novo MINI.

É na pista, no entanto, que o S impressiona e diverte. E o principal responsável está sob o capô. Estamos falando de um motor 2.0 turbo de quatro cilindros que desenvolve interessantes 192 cv de potência a 6.000 rpm e 28,5 kgf.m entre 1.250 e 4.700 rotações. A transmissão, também Steptronic de seis velocidades, casa muito bem com bloco. Aliás, no modelo por nós avaliado, as aletas atrás do volante estavam disponíveis para fazer as trocas de marchas, elevando a esportividade no estilo de condução.

Como a intenção, neste caso, é desempenho, o Driving Modes não saiu durante as voltas que demos na pista da posição Sport.

E como o esperado, as acelerações são bastante saudáveis. O torque máximo linear em baixa e em ampla faixa de giros traz realmente a sensação de estar dirigindo um kart. As reações do MINI Cooper S são muito rápidas com o pé cravado no acelerador ou quando ‘montamos’ no freio. A direção, que no modo Sport fica mais firme, também é extremamente direta. Não há saídas de frente ou traseira mesmo dirigindo próximo ao limite.

O MINI Cooper S acelera de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos e atinge a velocidade máxima de 233 km/h. A relação peso-potência é de 6,1 kg/cv.

Resumindo, a terceira geração do MINI está ainda mais cativante para quem o dirige, independentemente de procurar conforto ou esportividade ao volante. As duas características, agora, convivem em perfeita harmonia. O visual agrada, mas os puristas farão ressalvas, principalmente quando comparado com os modelos antigos que ainda circulam com classe pelas ruas de Londres. Os preços, sim, são elevados. Mas o MINI, aqui no Brasil, sempre foi – e continua sendo – um carro para quem pode, não para quem quer...

Comentários